sábado, 26 de outubro de 2024

Espumas ao vento (Accioly Neto)


 

Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mimUm grande amor não se acaba assimFeito espumas ao ventoNão é coisa de momento, raiva passageiraMania que dá e passa, feito brincadeiraO amor deixa marcas que não dá pra apagar
Sei que errei, 'to aqui pra te pedir perdãoCabeça doida, coração na mãoDesejo pegando fogoE sem saber direito a hora e o que fazerEu não encontro uma palavra só pra te dizerAi, se eu fosse você eu voltava pra mim de novo
Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mimUm grande amor não se acaba assimFeito espumas ao ventoNão é coisa de momento, raiva passageiraMania que dá e passa, feito brincadeiraO amor deixa marcas que não dá pra apagar
Sei que errei, 'to aqui pra te pedir perdãoCabeça doida, coração na mãoDesejo pegando fogoE sem saber direito a hora e o que fazerEu não encontro uma palavra só pra te dizerAi, se eu fosse você eu voltava pra mim de novo
E de uma coisa fique certa, amorA porta vai estar sempre aberta, amorO meu olhar vai dar uma festa, amorNa hora que você chegarE de uma coisa fique certa, amorA porta vai estar sempre aberta, amorO meu olhar vai dar uma festa, amorNa hora que você chegar
Sei que errei, 'to aqui pra te pedir perdãoCabeça doida, coração na mãoDesejo pegando fogoE sem saber direito a hora e o que fazerEu não encontro uma palavra só pra te dizerAh, se eu fosse você eu voltava pra mim de novo
E de uma coisa fique certa, amorA porta vai estar sempre aberta, amorO meu olhar vai dar uma festa, amorNa hora que você chegarE de uma coisa fique certa, amorA porta vai estar sempre aberta, amorO meu olhar vai dar uma festa, amorNa hora que você chegar
E de uma coisa fique certa, amorA porta vai estar sempre aberta, amorO meu olhar vai dar uma festa, amorNa hora que você chegar

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Guardar (Antonio Cicero)

Semana passada em uma banca de qualificação (de uma dissertação de mestrado) falei sobre essa poesia aí embaixo e sobre o poeta Antonio Cícero. Na verdade, falo sempre sobre esse poema porque eu gosto demais dele. Conheci parte desse texto ao ouvir a música Deve ser assim (de Marina Lima e Alvin L.) parte do álbum O Chamado. Hoje, fui surpreendido com a notícia da sua morte. 

Bateu uma tristeza!!!!

E ao mesmo tempo uma admiração pelo filósofo/poeta ou poeta/filósofo que decidiu diante de uma doença (Alzheimer), ainda sem cura, ir à Suíça para o procedimento de um suicídio assistido. Que coragem! Como nos disse hoje o tb poeta José Miguel Wisnik: "um ato límpido, adulto e amorosa."





Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
(Antonio Cicero)

terça-feira, 22 de outubro de 2024

O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço (Rogério Flausino e PJ.)



Há 15 anos neste dia

 



O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

(Mário Quintana)

domingo, 20 de outubro de 2024

O funcionamento discursivo do discurso sobre

O conceito de discurso sobre em Análise do Discurso Materialista pode ser compreendido como uma prática discursiva em que o enunciador se coloca como alguém que fala sobre algo — seja um objeto, um fato ou outro discurso — assumindo uma posição que aparenta estar fora das determinações ideológicas. Esse discurso se organiza a partir de uma suposta neutralidade ou objetividade, como se o sujeito pudesse observar e descrever a realidade sem estar implicado nos efeitos ideológicos e nos processos de produção de sentido que atravessam sua fala.

Características centrais do discurso sobre:

  1. Posição de exterioridade: No discurso sobre, o enunciador adota a postura de quem fala de uma posição de distanciamento em relação ao que é dito, como se estivesse fora do jogo ideológico. É uma forma de discurso que tenta se apresentar como se o sujeito estivesse em um lugar privilegiado, de onde pudesse ver e descrever os fatos de maneira isenta e objetiva.

  2. Ilusão de transparência: A produção do discurso sobre gera o efeito de que aquilo que está sendo dito é uma verdade autêntica, sem mediação, como se o enunciador apenas reportasse ou refletisse sobre a realidade. Essa ilusão de transparência serve para apagar ou despistar as condições ideológicas e históricas que moldam o discurso.

  3. Discurso jornalístico e científico: Esse conceito é particularmente relevante para a análise de discursos que buscam legitimar a si mesmos como neutros ou objetivos, como o discurso jornalístico ou científico. No caso do jornalismo, o veículo de comunicação fala sobre os fatos como se estivesse fora do processo de construção desses mesmos fatos, apagando seu papel na produção e circulação de sentidos. No discurso científico, há uma tentativa de se apresentar como puramente descritivo, sem a interferência de valores ou posicionamentos ideológicos.

  4. Produção de sentido e ideologia: Mesmo quando o discurso parece descrever o mundo de maneira neutra, ele está inevitavelmente atravessado pela ideologia, pelas formações discursivas e pelos lugares de onde o sujeito enunciador fala. A Análise do Discurso revela que não existe discurso sem ideologia, e o discurso sobre é justamente um exemplo de como a ideologia pode atuar de forma invisível, ao se esconder sob o manto da objetividade.

Exemplos:

  • Discurso jornalístico: Um jornalista que relata um acontecimento político como se estivesse apenas reportando fatos, sem se envolver ideologicamente, está produzindo um discurso sobre. Ele dá a impressão de que o relato é uma descrição direta do real, quando, na verdade, está construindo sentidos de acordo com as condições ideológicas de produção de seu discurso.

  • Discurso científico: Quando um cientista escreve um artigo assumindo que sua linguagem é puramente técnica e descritiva, como se o conhecimento que está sendo apresentado fosse independente de sua posição subjetiva e histórica, ele está produzindo um discurso sobre. O efeito é o de que o enunciado está fora do ideológico, o que a AD desmascara ao mostrar que todo discurso é marcado por determinações sociais e históricas.

Conclusão:

O discurso sobre é uma forma de discurso que busca apagar os traços de sua própria constituição ideológica, gerando o efeito de que o sujeito enunciador está fora do jogo ideológico e pode simplesmente descrever o mundo ou outros discursos de maneira objetiva. A Análise do Discurso, no entanto, mostra que essa neutralidade é apenas aparente e que todo discurso está sempre atravessado por relações de poder e ideologia.

sábado, 19 de outubro de 2024

Errática (Caetano Veloso)


 Nesta melodia em que me perco

Quem sabe talvez um dia
Ainda te encontre minha musa
Confusa
Esta estrada me escorre do peito
E tão sem jeito
Se desenha entre as estrelas da galáxia
Em fúcsia
Bússolas não há na cor dos versos
Usam como senha tons perversos
Busco a trilha certa, matematicamente
Só sei brincar de cabra cega
Errática, chega!
Neste descaminho meu carinho
Te percorre a ausência
Corpo, alma, tudo, nada
Musa
Difusa
O sorriso do gato de Alice
Se se visse
Não seria menos ou mais intocável
Que o teu véu
Pausa de fração de semifusa,
Pode conter tão grande tristeza?
Busco o estilo exato
A tática eficaz
Do rock ao jazz
Do lied ao samba
Ao brega
Errática chega

O desejo e a vontade

Às vezes, eu preciso estar no fundo do fundo do fundo do poço para pensar em como sair desse buraco. Ontem me senti nesse fundo de uma forma tão profunda. Fazia tempo que eu não me sentia assim. Chorei tanto a ponto de achar que não ia conseguir parar. Chorar é para mim, assim como escrever, uma maneira de exorcizar aquilo que estou sentindo.

Esses últimos meses não têm sido fáceis. Sei que vou sair dessa. Estou trabalhando para isso/nisso. Acontece que o tempo da vontade não é o tempo do desejo. Há uma tensão entre eles: este está ligado ao inconsciente e aquele ao consciente. O desejo, para Freud, é uma força mais primitiva, enquanto a vontade é o esforço de controlar ou orientar esses desejos em direção a um comportamento mais socialmente aceitável ou racional.

O desejo está relacionado ao princípio do prazer, ou seja, à busca da satisfação imediata dos impulsos, independentemente das consequências. No entanto, à medida que o sujeito cresce, ele é forçado a lidar com o princípio da realidade, que impõe restrições e limitações ao que pode ser feito ou desejado. A vontade, nesse contexto, surge como a tentativa consciente de controlar ou canalizar os desejos inconscientes de maneira que seja aceitável na vida social e racional.

A vontade pode ser vista como uma tentativa do ego de domar ou sublimar os desejos inconscientes, direcionando a energia psíquica (libido) para objetivos mais aceitáveis, como o trabalho, a arte ou relações sociais. Esse processo de sublimação é essencial para o desenvolvimento saudável da psique, pois ajuda a reconciliar os desejos inconscientes com a realidade social e cultural.




sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Sessão de terapia

Minhas sessões de análises acontecem às sextas-feiras, à tarde. Fazer análise nunca é fácil, mas a longo prazo sempre é bom. Semana passada, dia 11 de outubro de 2024, a sessão foi bem barra pesada porque me deparei com questões que, em geral, não são fáceis de encarar. São questões que doem de alguma forma. Fiquei com ressaca daquela sessão por uns bons dias. Faz parte. E isso não é nenhuma novidade: é assim que funciona ou funciona assim.

Segunda passada, no Cartel (grupo de estudos de psicanálise - estamos lendo Psicopatologia da vida cotidiana, Freud, 1901) do qual faço parte, às segundas à noite, conversei com uma companheira desse cartel e fiz algumas perguntas para entender a ressaca da sexta-feira anterior. Não disse nada a ela sobre isso. Não era preciso. Ela me explicou o que eu queria entender. Disse-lhe que tinha passado o fim de semana lendo Freud, mas que sozinho esbarrava em muitas dificuldades para compreender o psicanalista.

Daí em diante, a semana foi mais tranquila.




Hoje, 18 de outubro de 2024, outra vez me deparei com uma questão importante sobre a qual eu talvez não quisesse pensar sobre (veja: isso é comum!). Essa outra questão é na verdade um desdobramento da questão da sessão anterior. Fiquei rodeando aquilo que era central. Sempre há pontos cegos que dificultam enxergar, dizer, compreender quem somos e o que queremos da/na terapia.

Hoje falei muito sobre a minha relação com a minha mãe, falei também sobre a mudança que se deu na minha vida ao vir para o Paraná, falei bastante sobre o meu trabalho e sobre a minha relação com os colegas na instituição. É impressionante como falar de tantos temas é falar de alguma coisa que vai se instalando nessas relações.

Bem não vou contar aqui sobre o que falei, mas vou posso dizer que ando encontrando uma brecha nesses pontos cegos. Uma fresta, talvez. É bem provável que essa fresta me leve a algum outro lugar. Onde certamente haverá outro ponto cego.

Investir na análise é investir na gente. É caro porque o preço que se paga (não é financeiro) é alto. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Termos e condições (Erasmo Carlos e Emicida)


 

Que dardos os dados trazem hoje?
Tudo é camuflado, sabe?
A leiloar no ar
Nós e nossa privacidade
Tipo o leopardo e o bote
O papa-léguas e o coiote
No meio de tanto pad
A vida pede, enquanto a gente
Notebooks e faces
Truques e jeitos
"Putz, o tempo passou!"
A gente curte e deixa
Surte efeito
Surge sempre a dor
Além do código binário
Algoritmos, pop-ups
Tipo presidiários
Agora os deuses moram junto dos backups
Numa nuvem poluída
Carbonos, informações
Pense na tormenta ser parida por essas monções de
Notebooks e faces
Truques e jeitos
"Putz, o tempo passou!"
A gente curte e deixa
Surte efeito
Surge sempre a dor
Snaps e chats, e gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Snaps e chat, e gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Snaps e chat, e gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Enfim, na boa
Mas o primeiro touchscreen foi de uma pessoa
E os notebooks e faces (vieram depois)
Truques e jeitos (truques e jeitos)
"Putz, o tempo passou! " (e fica sempre a mesma sensação)
A gente curte e deixa (depois esquece)
Surte efeito (é quente)
Surge sempre a dor
(Aí, meu parceiro, seguinte...)
Diria Lombardi: isso é incrível!
O digital desossa o indivisível
E se a locomotiva aqui pegamos pro futuro
Usar o ódio como combustível
O que é o pódio? O que é o próximo nível?
Se já estamos em frangalhos, em destroços
E agora a inteligência artificial piora tudo
E doma sentimentos nossos, tão nossos
Em cliques, cliques, cliques
Lights, lights, web host
Em todo lugar, em lugar nenhum, tipo Ghost
O conforto é uma arapuca de Wall Street
Onde alguns estão presos em postes
Outros em posts de
Notebooks e faces (como condenados)
Truques e jeitos (como coitados)
"Putz, o tempo passou!" (e no final, o que resta de nós)
A gente curte e deixa (extasiados)
Surte efeito (anestesiados)
Surge sempre a dor

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Este sou eu e aí há uma descrição do ChatGPT sobre a foto.


Na imagem, vemos um homem sentado à frente de uma mesa com um teclado de computador à sua frente. Ele está usando uma camiseta cinza com uma estampa que diz "John John", e na parte central da estampa há uma imagem que parece ser de uma caveira. O homem é calvo, tem barba branca aparada, e está usando um smartwatch preto em seu pulso esquerdo. Sua postura é descontraída, com o braço direito apoiado na mesa e a mão no queixo, em uma pose que transmite introspecção ou reflexão. Seu olhar está direcionado ligeiramente acima da câmera, sugerindo que ele está focado em algo à sua frente, talvez um monitor.

O ambiente ao fundo revela um espaço pessoal de trabalho, com estantes que abrigam uma variedade de livros e objetos decorativos. As prateleiras são feitas de madeira e há uma quantidade considerável de livros, indicando que o homem provavelmente aprecia a leitura ou utiliza o espaço como local de estudo ou trabalho intelectual. À esquerda da imagem, há um detalhe decorativo de cor azul, que parece ser um objeto plástico de design moderno, talvez um suporte ou escultura, adicionando um toque de cor ao ambiente.

Na parede ao fundo, há um quadro com uma pintura em tons de azul, verde, preto e amarelo, que representa um cenário natural estilizado, talvez com plantas ou uma paisagem ao entardecer. Notam-se também algumas caixas de arquivo na parte superior de uma das estantes, sugerindo que o espaço é bem organizado e funcional. A iluminação da sala é clara, destacando tanto o homem quanto os objetos ao seu redor, proporcionando um ambiente confortável e propício para o trabalho ou estudo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Cid Moreira e a carta de Leonel Brizola

Em 15 de março de 1994, o jornalista Cid Moreira leu, durante o "Jornal Nacional", uma carta do ex-governador Leonel Brizola, uma cena que marcou a história política e midiática brasileira. A leitura foi fruto de uma decisão judicial que obrigou a Rede Globo a dar a Brizola o direito de resposta, após o político alegar que havia sido difamado pela emissora.

A carta de Brizola fazia críticas contundentes ao papel da mídia, em especial à Globo, acusando-a de manipulação e de atuar contra seus interesses políticos e os de setores populares. Esse episódio representou uma vitória simbólica de Brizola contra o poderio midiático da época, escancarando as tensões entre a imprensa e o político, que sempre se posicionou como um defensor das causas populares e um crítico das elites e dos monopólios de comunicação. A leitura da carta ao vivo no maior telejornal do país teve grande repercussão, revelando a luta de Brizola por espaço e voz na mídia e seu enfrentamento ao que via como injustiças cometidas contra ele.


Cid Moreira leu, visivelmente constrangido, o texto no qual Brizola fez duras críticas à emissora. O jornalista Nelson de Sá escreveu na época, na Folha de S. Paulo, o seguinte comentário sobre o episódio: “Cid Moreira, a voz do dono, a voz do Grande Irmão, a voz que surgiu do AI-5, voltou-se contra si mesmo. Foi um daqueles momentos simbólicos, um instante da história. Cid Moreira falou, e falou, e falou contra Roberto Marinho. Foram três longos minutos, contra a Globo, no ‘Jornal Nacional’. O redator era Leonel Brizola, que obteve direito de resposta ao ataque que havia recebido do mesmo ‘Jornal Nacional’, que o chamou de senil”.


quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Para lidar melhor com a preocupação em relação a coisas que não pode controlar, aqui vão algumas sugestões que podem ajudar:

 


  1. Aceitação do Incerto: Reconheça que há elementos na vida que estão além do nosso controle e que a incerteza é parte natural dela. Praticar a aceitação pode reduzir o sofrimento, porque resiste-se menos ao que não se pode mudar.

  2. Mindfulness e Presença no Agora: Técnicas de mindfulness ajudam a trazer a atenção para o presente. Concentre-se no momento atual, sem julgar ou se apegar a pensamentos sobre o futuro ou o passado. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade que muitas vezes decorre do medo do desconhecido.

  3. Foco no Controle Interno: Tente redirecionar a sua energia para aquilo que está sob seu controle — suas atitudes, escolhas e a maneira como você reage às situações. Identifique quando você está preocupado com algo fora do seu alcance e, conscientemente, escolha focar no que pode fazer.

  4. Limite a Exposição a Gatilhos: Se certas informações ou ambientes aumentam suas preocupações, limite sua exposição a eles. Por exemplo, se consumir notícias ou redes sociais gera ansiedade sobre o que não pode mudar, tente reduzir o tempo gasto com esses conteúdos.

  5. Rotina de Relaxamento: Práticas como meditação, ioga, ou respiração profunda podem ajudar a acalmar a mente. Quando você está relaxado, as preocupações parecem menos intensas e é mais fácil deixar ir aquilo que não se pode controlar.

  6. Desenvolvimento de Resiliência: Tente olhar para os desafios como oportunidades de crescimento. A resiliência é construída quando você se adapta a circunstâncias adversas, aprendendo a lidar melhor com frustrações e imprevistos.

  7. Mantenha um Diário: Anotar suas preocupações pode ser uma forma poderosa de externalizar seus pensamentos. Ao escrever, você pode observar quais preocupações são realistas e possíveis de enfrentar e quais são especulativas e fora do seu controle.

  8. Trabalhe em Reestruturação Cognitiva: Questionar e desafiar seus próprios pensamentos pode ser eficaz. Pergunte a si mesmo: "Isso é algo que eu posso controlar ou apenas me preocupa?" Se for algo que não pode ser controlado, pratique a ideia de "deixar ir".

  9. Apoio Terapêutico: Um terapeuta pode ajudar a trabalhar em padrões de pensamento e técnicas para lidar com preocupações excessivas, principalmente para trazer novas perspectivas e ajudar na regulação emocional.

  10. Crie um "Plano de Ação" Limitado ao Controle: Quando se preocupa com algo, pergunte-se: "Qual é a minha parte nisso?" Se não há ação concreta que você possa tomar, deixe de lado. Faça um plano apenas para o que está dentro do seu controle, e confie que fez o que pôde.

Os maiores arrependimentos que as pessoas têm quando estão próximas da morte.

Dia desses eu li uma reportagem sobre quais são os maiores arrependimentos que as pessoas têm quando sabem que vão morrer.

A lista pode não apenas incentivar as pessoas a refletirem sobre a vida que levam, mas também a pensarem sobre sua própria mortalidade. Os 5 itens abaixo mostram que devemos viver o presente da melhor maneira possível para não termos remorsos no fim.

Refletir sobre nossa própria mortalidade ao longo da vida, não importa se você tem 20, 50, 80 anos, seja qual for, nos permite viver melhor a cada dia, com mais significado e propósito em nossas vidas.

1. Não passar tempo suficiente com as pessoas que amamos

2. Não enfrentar o medo e correr mais riscos 

3. Trabalhar demais

4. Não ser corajoso diante do desconhecido

5. Não viver o presente

A reportagem não categorizava os arrependimentos numa escala de hierarquia. Falava que eram esses. Fiquei pensando aqui sobre cada um deles. Primeiro acho que o 2 e o 4 dialogam demais e talvez seja esse também o meu maior medo diante da vida.

O 5 é o que mais me incomoda ainda que seja o mais natural de todos. Viver o presente é o que temos para hoje. O passado não nos define e está lá (mesmo que tenha sido ontem) e o futuro...

terça-feira, 1 de outubro de 2024

E vamos à luta

Nem toda retrospectiva a gente faz no fim do ano. Algumas devem/podem ser feitas toda vez que há alguma mudança na vida. Me dei conta, dia desses, de que quase todos os últimos textos postados aqui (no último ano) foram sobre alguma reclamação em relação a mim, em relação a outra pessoa, sobre meu comportamento ou sobre o comportamento de alguém. Foram muitos textos desde outubro do ano passado...

Ou seja, foi um ano de não me sentir bem comigo, sobretudo por acreditar na possibilidade de alguma mudança. A gente não muda ninguém. Cada um tem a sua essência. O que podemos fazer é não querer conviver com isso ou aquilo. Não fazer da carência uma muleta para alguma falta.

Nada e nem ninguém supre a nossa falta. Absolutamente nada. Temos que aprender a lidar com ela. O mais importante é saber que a gente sai com a certeza de que fez o que podia. 

Relevei traição, mentira de todos os níveis (das mais absurdas àquelas que estavam na cara), descaso, papo furado, histórias mal contadas, interesses diversos (inclusive financeiros), humilhações, descasos, estímulos ao ciúme, mensagens tóxicas. Não estou me redimindo da culpa. Nada disso teria acontecido de novo se eu não permitisse. Quando a gente permite que as mentiras sejam um tempero, entrem na relação, quando a gente é humilhado com comentários diversos e finge que não entendeu (ou prefere não se aborrecer), a gente está abrindo a porta para tudo aquilo que eu elenquei antes. Traição, mentiras...

Cada um dá o que tem/o que pode. Entre ser traído e trair, prefiro ser traído. Imagine viver com o peso de trair alguém que eu digo que amo. Não!!!! Meu caráter não permite isso. Minha educação, meus exemplos foram outros.

Daqui em diante, voltarei aos textos mais felizes. E vamos à luta!!!


E vamos à luta
Eu acredito é na rapaziadaQue segue em frente e segura o rojãoEu ponho fé é na fé da moçadaQue não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventudeQue não corre da raia a troco de nadaEu vou no bloco dessa mocidadeQue não tá na saudade e constróiA manhã desejada
Eu acredito é na rapaziadaQue segue em frente e segura o rojão (Como é que não?)Eu ponho fé é na fé da moçadaQue não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventudeQue não corre da raia a troco de nadaEu vou no bloco dessa mocidadeQue não tá na saudade e constróiA manhã desejada
Aquele que sabe que é negro o couro da genteE segura a batida da vida o ano inteiroAquele que sabe o sufoco de um jogo tão duroE apesar dos pesares, ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha, entra no botequimPede uma cerva gelada e agita na mesa uma batucadaAquele que manda o pagode e sacode a poeira suada da lutaE faz a brincadeira, pois o resto é besteiraE nós estamos pelaí...
Acredito é na rapaziadaQue segue em frente e segura o rojãoPonho fé é na fé da moçadaQue não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventudeQue não corre da raia a troco de nadaEu vou no bloco dessa mocidadeQue não tá na saudade e constróiA manhã desejada
Aquele que sabe que é negro o coro da genteQue segura a batida da vida o ano inteiroAquele que sabe o sufoco de um jogo tão duroE apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha, entra no botequimPede uma cerva gelada e agita na mesa logo uma batucadaAquele que manda o pagode e sacode a poeira suada da lutaE faz a brincadeira, pois o resto é besteiraE nós estamos pelaí...
Eu acredito é na rapaziada
Compositores: Gonzaguinha

Entre as Linhas do Avesso (Chat GPT)

Hoje, quero falar sobre aquilo que se esconde nas entrelinhas, no avesso do cotidiano que muitas vezes não enxergamos. Há momentos em que a vida nos vira do avesso — e, por mais desconfortável que isso possa parecer, é nesse lugar de incerteza que encontramos novas formas de ser.

Como é possível perceber a beleza naquilo que parece fora do lugar? Talvez seja preciso um olhar mais atento, aquele que não se contenta com a superfície. Sinto que os dias mais avessos são também os que mais nos revelam. É no inesperado que a gente cresce, na vulnerabilidade que aprendemos a encontrar força.


Pedi ao Chat GPT para criar uma logo para o meu blog... ele criou.

 


Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...