segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Assim funciona o comércio, sobretudo, em tempos de Natal

Não há novidade alguma no que eu vou dizer, mas dizer alivia.
O comércio sempre faz o mesmo com a gente: na hora de vender promete mundos e fundos, mas na hora de entregar ou de trocar um produto é sempre a mesma ladainha. "Te entrego amanhã sem falta, troco o produto ainda hoje e entrego em seguida."
Para entender o (meu) caso: comprei um bar amarelo e me entregaram na cor bege. Achei que ele estava embrulhado num papel qualquer e assim que o tal papel fosse retirado ... Não! Tudo o que eu não preciso é um bar bege em casa. Preciso de cor! De vida. E bege não funciona! Além disso, uma cabeceira de cama que me entregaram, mas não conseguiram colocá-la aonde deviam. Ah, como assim?! Eu tb me perguntei isso. Estou com a cabeceira atravessada no quarto.
Bem, estou faz uns dias nessa espera. Entro de férias na sexta-feira. Viagem marcada. Coisas para resolver antes de viajar e eu preso em casa a espera do contato da loja.
Como por telefone tudo parece mais difícil ou mais fácil, depende do ponto de vista. Resolvi falar cara a cara para ver a reação do vendedor, que me prometeu toda aquela agilidade na entrega e na troca de um produto.
A reação tb sempre é igual: "Mil desculpas, mas vamos resolver ainda hoje". E estou eu aqui mais um dia sem poder sair de casa a espera do serviço.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Por isso eu corro demais

Tenho notado, nos últimos dias, que eu ando elétrico demais, como se não me restasse muito tempo. A impressão é a de que se eu demorar mais do que cinco minutos para resolver qualquer coisa, o mundo pode acabar e eu posso perder a entrada do ônibus espacial que vai me levar para um outro lugar.
A cidade, por outro lado, está calma. E eu destoo dessa paisagem. Hoje, é o meu primeiro final de semana na casa nova. Descobri a sacada do apartamento: um bom lugar para ler o jornal online, tomar um cafezinho e olhar o que se passa. 
Muita coisa se passa por aqui, muita gente, muitos carros. As pessoas passam e não me notam no terceiro andar.
Fazia muito tempo que eu não curtia estar num lugar como estou curtindo estar por aqui: uma moça anda tranquilamente falando ao telefone; um rapaz atravessa calmamente a rua; duas senhoras com um carrinho de criança atravessam sem pressa para o lado oposto daquele rapaz. Eles se cruzam em um ponto da rua, mas nem se olham.
Passarinhos voltam para algum lugar num voo rasante. Essas observações me acalmam. 
De repente, motos em alta velocidade, carros correndo demais passam por mim. Um grupo de ciclistas pedala numa velocidade alucinante: não sou capaz de reconhecer um rosto. Venta um pouco. Meu café num último gole. Minha vontade era a de poder ficar por ali durante toda a manhã. Queria que o dia fosse apenas essa manhã. Apenas essa manhã.

Da Série Contos Mínimos

A fotografia no smartphone me paralisou. Ela não era de qualquer amigo, conhecido ou coisa parecida. Ela apenas me avisava do presente.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

Ficou por horas tentando decidir para onde ir num sábado ensolarado. Pensou, pensou e decidiu ir para dentro de um abraço. Daqueles bem fortes, apertados feito um laço. Do tipo que dissolve qualquer desânimo e cansaço.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

A vida é engraçada. Para uma criança o tempo sempre se arrasta. Mas de repente você tem 50 anos. Tudo o que resta da sua infância cabe em uma caixinha enferrujada.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Uma parada para um pequeno texto

Estou por aqui, em casa, me organizando para me mudar de endereço. Me mudo na próxima semana para o apartamento novo. Novo apenas no sentido de "outro". Ele, ao contrário disso, é um apartamento bem antigo: prédio sem elevador, 3º andar, muitas escadas para subir e descer. Estou, é claro, cheio de expectativas para quando eu estiver por lá. Não vejo a hora da casa nova ficar do jeito que eu gostaria que ficasse. Mas não é bem sobre isso que queria escrever.
Como eu disse, estou me organizando para a mudança. Isso quer dizer que ando encaixotando os livros, os CDs, os DVDs, primeiramente. E aí, encontrei um livro de tarô que pertencia a minha mãe (o livro e as cartas do Tarô mitológico). Parei, é claro, o que eu estava fazendo para folhear o livro e encontro em diversas páginas anotações dela sobre as leituras propostas para as cartas, presentes no livro.
Minha mãe tinha uma letra linda. Letra de professora primária. Letra de quem alfabetiza. 
Em uma das páginas estava sobrescrito na página da CARTA DA SACERDOTISA: "sonhos - o elo que se chega ao inconsciente;" Na página seguinte: "O inconsciente: potenciais a serem desenvolvidos; diante de nós que conhece o segredo do mundo interior"; No pé da página: "intuições".
Sempre que eu pedia ela jogava tarô pra mim. É claro que tudo sempre era muito bom. Sempre eu ia ganhar algum dinheiro, encontrar algum amor, ter sorte no trabalho, ter uma vida longa, viajar (naquela época eu devia adorar viajar), ter saúde, muitos amigos por perto. Bem, algumas dessas previsões aconteceram sim. Vai ver que As cartas não mentem!
Bateu aquela saudade. Mas não saudade de tristeza. Apenas a saudade de estar perto. Saudades de ouvir a voz. Saudades de poder ligar para contar as novidades: foram tantas depois que ela morreu. Vai ver que ela, assim como as cartas, sabe de tudo. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

"O estudo não combateu minha timidez, mas me ajudou a ser feliz", disse-me João. Ainda sob o impacto da repercussão, na imprensa, em relação à sua nota no Exame Nacional do Ensino Médio.

domingo, 30 de novembro de 2014

True - Jamiei Lancaster


(Spandau Ballet)
So true
Funny how it seems always in time,
But never in line for dreams
Head over heels, when toe to toe
This is the sound of my soul
This is the sound
I bought a ticket to the world
But now i've come back again
Why do I find it hard to write the next line
When I want the truth to be said

Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true
Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true

With a thrill in my head an a pill on my tongue
Dissolve the nerves that have just begun
Listening to marvin all night long
This is the sound of my soul
This is the sound
Always slipping from my hands
Sand's a time of t's own
Take your seaside arms and write the next line
Oh I want the truth to be known

Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true
Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true

I bought a ticket to the world
But now i've come back again
Why do I find it hard to write the next line
When I want the truth to be said

Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true
Oh, oh, oh, oooh, oh
I know this much is true
This much is true

Da Série Contos Mínimos

Ontem, me lembrei de uma vez que te encontrei chorando no quarto. A maquiagem escorria pelo rosto e eu não sabia por qual tristeza você chorava. Sabia que devia ficar por ali para compreender, apenas.

Ron English - Exposição na Caixa Econômica - Centro - Rio de Janeiro

Admirado por sua criatividade e obras provocativas, Ron English faz uso de figuras e marcas bastante conhecidas do público para analisar a cultura ocidental. "Ele usa técnicas da propaganda para questionar a orientação consumista da sociedade, apropriando-se de outdoors, reconfigurando e ressignificando a iconografia pop com surrealismo e humor ácido", conta Rafael Ferraz, curador da mostra.
Ron é um dos três grandes nomes do Surrealismo Pop, ao lado de Robert Williams e Mark Ryden, e um dos mais importantes da arte contemporânea. É considerado um dos criadores da street art e das intervenções urbanas.
Na opinião do artista, seu trabalho tem o objetivo de “recontextualizar” as imagens do consumismo pop e revelar sua visão do que é a alma americana. “Começo modelando cenários em 3D, que funcionam como um mundo interior povoado por imagens esculpidas, encontradas e fabricadas por mim. Ilumino e fotografo esses cenários e, usando as fotos como estudos, pinto à tinta óleo na tela. Tenho criado novos personagens que se originaram do meu processamento da iconografia pop, mas que se tornaram uma fusão do pessoal com o universal”, explica Ron English.
 









 

domingo, 23 de novembro de 2014

Quando a novela das 19h se traveste de novela das 21h.

Bem, não é novidade alguma que eu gosto muito de assistir as novelas das 19h. É o meu horário de descanso. A hora em que como alguma coisa e a novela me distrai.
Mas quando a novela das 19h (que, por "natureza" é uma novela bem mais light do que a das 21h, porque investe no humor como uma forma de alcançar a audiência, porque não trata de assuntos sérios e nem faz campanhas para isso ou aquilo que "incomoda" a sociedade) começa a trazer personagem que perde a memória como alternativa para segurar a trama ou aquele esquema de irmãos apaixonadas pela mesma mulher (um bonzinho e o outro mauzinho), uma mocinha sonsa que não percebe um palmo a frente de seu nariz. Tá na hora de mudar de canal!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Da Série Contos Mínimos


Uma sensação de medo e alegria, de insegurança e felicidade me engoliu como uma onde engole um surfista. Fiquei sem saber ao certo o que fazer diante das chaves de casa.

domingo, 9 de novembro de 2014

Conto não conto

“Nesse nosso mundo onde tudo fenece, tudo perece, há uma coisa que se deteriora, que se desfaz em pó até de forma mais completa, deixando para trás ainda menos traços de si do que a beleza: a saber, a dor”. Proust

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

Acabamos de nos falar. É sempre um misto de alegrias e tristezas: de um lado, um tempo bom de caminhadas e conversas pelas ruas de Lisboa. Por outro, um tempo de saudade e melancolia e da certeza de saber que aquilo tudo ficou em algum lugar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

A sua história era sempre a mesma: o lugar do coitadinho. "Por que comigo tudo sempre é dessa maneira?" Ele apenas não percebia que o gozo estava justamente nesse percurso do "meu-grande-sofrimento".

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Tendo a lua - Paralamas do Sucesso



Eu hoje joguei tanta coisa fora
E vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que eu fiz
Querendo ver o mais distante sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que eu fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Entre mortos e feridos

Sobrou pouco da eleição de 2014. Fora o próprio exercício da democracia, que se assegura apenas no dia a dia, mas que em geral acredita-se consolidada, sobrou mesmo muito pouco. 
Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas próximas, inclusive, com um velho/sempre/atual/discurso/de/ódio apontado para tudo e todos que, de alguma forma, se opunham ao seu ponto de vista: vi/li uma onda de rancor ocupar espaços destinados ao exercício do embate, das discussões políticas saudáveis. Acho que não preciso dizer que de ambos os lados.
Fiquei horrorizado diante de jovens que se informam apenas e exclusivamente através de fontes conservadoras: Veja, O Globo, Folha de São Paulo, Estadão, IstoÉ como se estivessem lendo uma verdade absoluta. E pior, reproduzindo-as sem qualquer senso crítico, sem um distanciamento do que ali é posto como notícia.
Fiquei mais do que chocado com as atualizações preconceituosas a respeito do nordeste/nordestino com base em leituras de estatísticas sobre os votos de certas regiões. 
Boquiaberto diante de amigos que reforçaram a ideia de que no sul/sudeste encontram-se as pessoas mais informadas e por isso eleitores do PSDB. Meu deus!
Acompanhei os argumentos de que mudança significaria sem sombra de dúvida votar no Aécio, como se isso fosse "A única possibilidade" de se fazer uma nova política. E as relações feitas entre as passeatas de junho de 2013 e as urnas de 2014 como se todos que tivessem participado daquelas manifestações devessem ter o mesmo comportamento  diante das duas candidaturas.
Perdi o sono algumas noites ao ouvir de pessoas conhecidas uma vontade de um novo Golpe Militar para saírem de uma "Ditadura Petista". É isso mesmo?! Pessoas reclamando de liberdade de expressão e exaltando o período da Ditadura. É isso mesmo?! Em alguns momentos eu achava que tinha usado alguma substância alucinógena que estava me fazendo mal ou havia me colocando fora da realidade por não acreditar, mesmo, naquilo tudo que li/vi nos jornais, nas redes sociais, ou na fala de amigos e conhecidos em tempo real e ao vivo.
Eduardo Campos morreu num acidente aéreo. Fiquei em estado de choque porque tinha acabado de assistir, pela internet, a sua entrevista ao Jornal Nacional concedida na noite anterior.
Depois disso, Marina Silva, vice-candidata do Eduardo Campos, assume a chapa e dispara na corrida presidencial. Depois ainda, tropeços, incoerências, acusações, disse me disse, retificações de propostas e um terceiro lugar no primeiro turno. E um primeiro turno além de qualquer previsão.
No segundo turno Dilma e Aécio. Pesquisas furadas. Mais acusações. Embates e finalmente no domingo dia 26 de outubro, o fim dessa dolorosa disputa.
Sobrou a sensação de que algumas pessoas só poderiam mesmo mostrar a sua cara diante desse embate ideológico e se significar ao significar. Bem, entre mortos e feridos salvaram-se apenas alguns. E deposito a minha confiança nesses alguns.

domingo, 2 de novembro de 2014

POEMA DE FINADOS - MANUEL BANDEIRA


Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.

Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.

O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.



MANUEL BANDEIRA

Da Série Contos Mínimos

Não tenho medo de noites escuras, não sou afetado pelas tempestades nem pelas grandes ventanias soltas. Minha força vem da solidão. Eu sou as folhas varridas pelos ventos, os sacos plásticos que levitam pelas ruas. Eu sou o escuro da noite.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Rio sem graça

Hoje, acordei com a sensação de que o Rio de Janeiro tinha perdido a sua graça. Tenho estado, desde o retorno de Portugal, com certa frequência na cidade, mas a cada vez que volto, fico pensando que não tenho muito mais o que fazer por aqui. Não consigo sentir o mesmo prazer de tempos atrás quando estou no Rio. Alguma coisa perdeu o sentido: é ver o visto. E atribuo a isso, principalmente, o fato de não ver novidade por essas bandas. Acho que transformei o Rio num shopping center e compras a gente faz em qualquer lugar, né não?
No entanto, sempre há um "no entanto" nos meus dias (inda bem), ao cruzar uma esquina do Centro da Cidade me deparo com um grande amigo, Henrique, e pronto, um breve papo no meio da rua alegrou demais aquele instante e aquela sensação de que não valia a pena, passou. Foram alguns poucos minutos de conversa, mas o suficiente para me fazer rir muito. Rir das suas ideias de separação do Brasil depois da reeleição da presidenta Dilma e a partir das postagens (no Facebook) de quem votou no Aécio, candidato de oposição, e não se conformou com o resultado.
Ri tb muito das suas ideias sobre urbanizar o meu apartamento com árvores frutíferas, além de legumes, plantas ornamentais, hortas etc. Como é bom rir! Rir de humor inteligente. Rir com gente do bem. Rir de verdade, com vontade.
Bem, foi um encontro tão rápido que tive tempo apenas de trocar poucas palavras, ver um mapa no seu celular ... dar e receber um abraço, mas foi um (re)encontro muito bom! Somos amigos há mais de 30 anos e nos vemos com muita frequência (sempre que estou por aqui, dou um jeito de tomar um chope com ele). E hoje foi, sei que ele nem percebeu isso, especial esse encontro. Valeu, Henrique!!!!

domingo, 19 de outubro de 2014

Da Série Contos Mínimos

A cada dia menos. A cada hora, quase nada. Se surpreendia com as deslembranças. Era como se aos poucos nunca tivesse sido.

Da Série Contos Mínimos

Ao cruzar a rua, deu de cara com um amigo de longa data. Fazia tempo que não se viam. Falaram pouco, faltou assunto. Olharam-se profundamente, sobrou carinho.

sábado, 4 de outubro de 2014

Da Série Contos Mínimos

Nem tristeza, nem alegria, nem saudade, nem presença. Nada. Nada, simplesmente. Não existia nada. Nem memória, nem futuro, dia ou noite. Não restava um som sequer. Não tinha brilho, não tinha escuridão. Sol ou lua pra contar histórias. Vazio, vazio, vazi, vaz, va, v.

Estação Derradeira (Chico)

Rio de ladeiras
Civilização encruzilhada
Cada ribanceira é uma nação

À sua maneira
Com ladrão
Lavadeiras, honra, tradição
Fronteiras, munição pesada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande 
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Rio do lado sem beira
Cidadãos 
Inteiramente loucos
Com carradas de razão

À sua maneira
De calção
Com bandeiras sem explicação
Carreiras de paixão danada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande 
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

E, se der sorte, encontrar pelo caminho quem saiba também bordar junto

Viver talvez seja a mais difícil das artes . Não se aprende em curso, não se ensina com apostila, e não há manual que dê conta do improviso ...