E
eu que havia pensado em um prazo de uma semana mais ou menos de amor declarado
ao Rio antes de não suportar o calor que faz por aqui, me enganei, muito. Hoje
às 6h da manhã já não conseguia ficar no quarto de tão quente. Não, não estava
tão quente, quente estava em Cascavel, estava uma sauna seca. Saí do quarto e
pensei em terminar o sono na sala (Estou de férias, gente, posso me levantar às
9h ou às 10h ou nem me levantar!), mas nem na sala era possível.
Não
há condições de ficar em canto algum desse pequeno apartamento sem um
condicionador de ar, vivi-se sem geladeira (tô na dúvida), sem fogão, sem mesa,
cadeiras, copos, mas sem ar condicionado não se vive, no Rio de Janeiro.
Definitivamente, não se sobrevive por aqui sem um desses aparelhos, digamos, de
primeiríssima necessidade.
Para
se ter uma ideia do calor que jaz aqui: depois de me levantar, tomar banho,
precisei retornar (e o verbo é retornar
porque dá uma ideia de aventura) ao quarto para pegar uma cueca. Não dava.
Comecei a arremessar cubos de gelo numa tentativa desesperada de me defender do
calor, eles viravam, antes mesmo de sair das minhas mãos, como num passe de
mágica, vapor. Dei duas cambalhotas, dois mortais e duas estrelas, e quando
saí, finalmente, com a cueca na mão, precisava de outro banho (e um banco para
descansar, além de compressa de gelo na nuca. Praticamente uma luta de UFC, só que contra o calor).
Se
essas eram as férias que eu merecia, devo ser uma pessoa muito ruim mesmo (como
dizem Sandra Balbo e os dois outros bocós: Maria Lúcia e Alexandre).
To
me sentindo num daqueles programas do Netgeo: Sobrevivi.