domingo, 22 de abril de 2012

São Jorge - O Santo Guereiro - dia 23 de abril, Salve Jorge!



Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.
Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.
Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.
A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...
Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.
As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.

A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.
Oração a São Jorge
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.

Oração a São Jorge II
São Jorge,cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos superiores, colegas, e subordinados; que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no meu serviço; meus inimigos terão os olhos e não me verão, terão boca e não me falarão, terão pés e não me alcançarão, terão mãos e não e não me ofenderão.
São Jorge vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas.
O meu corpo não será preso nem ferido, nem meu sangue derramado; andarei tão livre como andou Jesus Cristo nove meses no ventre da Virgem Maria.
Amém.

Oração a São Jorge III



Ó Deus onipotente,
Que nos protegeis
Pelos méritos e as bênçãos
De São Jorge.
Fazei que este grande mártir,
Com sua couraça,
Sua espada,
E seu escudo,
Que representam a fé,
A esperança,
E a inteligência,
Ilumine os nossos caminhos...
Fortaleça o nosso ânimo...
Nas lutas da vida.
Dê firmeza
À nossa vontade,
Contra as tramas do maligno,
Para que,
Vencendo na terra,
Como São Jorge venceu,
Possamos triunfar no céu
Convosco,
E participar
Das eternas alegrias.
Amém!









Medalha de São Jorge

Moacyr Luz e Aldir Blanc

Fica ao meu lado, São Jorge Guerreiro Com tuas armas, teu perfil obstinado
Me guarda em ti, meu Santo Padroeiro
Me leva ao céu em tua montaria
Numa visita a lua cheia
Que é a medalha da Virgem Maria
Do outro lado, São Jorge Guerreiro
Põe tuas armas na medalha enluarada
Te guardo em mim, meu Santo Padroeiro
A quem recorro em horas de agonia
Tenho a medalha da lua cheia
Você casado com a Virgem Maria
O mar e a noite lembram a Bahia
Orgulho e força, marcas do meu guia
Conto contigo contra os perigos
Contra o quebrando de uma paixão
Deus me perdoe essa intimidade:
Jorge me guarde no coração
Que a malvadeza desse mundo é grande em extensão
E muita vez tem ar de anjo
E garras de dragão

23 de abril, Salve Jorge!!! (vídeos)


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sem comentários (vídeo)


Justiça do Rio converte União Estavel em Casamento (notícias do Terra.com)


Os desembargadores da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram - por unanimidade - converter em casamento a união estável de um casal homossexual que vive junto há oito anos. A decisão é inédita no Judiciário fluminense. Eles entraram com o pedido de conversão em outubro do ano passado, que foi indeferido pelo juízo da Vara de Registros Públicos da Capital.
De acordo com o relator do processo, o desembargador Luiz Felipe Francisco, o ordenamento jurídico não veda expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Portanto, ao se enxergar uma vedação implícita ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, estar-se-ia afrontando princípios consagrados na Constituição da República, quais sejam, os da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo."
O desembargador disse ainda que se a Constituição Federal determina que seja facilitada a conversão da união estável em casamento, e se o Supremo Tribunal Federal determinou que não fosse feita qualquer distinção entre uniões hétero e homoafetiva, "não há que se negar aos requerentes a conversão da união estável em casamento."
Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), Toni Reis, esse é o sonho de todas as pessoas que querem se casar, que essa medida adotada pelo Judiciário fluminense seja seguida por outros tribunais do País. "Eu mesmo vivo com um companheiro há 22 anos e esse é um sonho nosso", disse. "Esperamos que os tribunais do País, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), também acatem essa medida inédita tomada pela Justiça do Rio", completou.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Todo dia era dia de índio (texto e fotos)


Índios no começo do século

A decisão de tornar 19 de abril o Dia do Índio foi oficializada no Brasil em 1943 por um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas. Três anos antes, várias lideranças indígenas haviam se reunido no México no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Com medo de que seus pedidos fossem desrespeitados pelos brancos, os índios faltaram nos primeiros dias de evento. Mas justamente em 19 de abril decidiram aparecer. Daí o motivo de o dia ser reconhecido em todo o continente americano.
As fotos do post de hoje mostram retratos de índios de diferentes tribos. Segundo o site da Fundação Nacional do Índio (Funai), vivem hoje no Brasil 817 mil indígenas, ou cerca de 0,4% da população brasileira segundo o Censo 2010. Eles estão distribuídos por 688 terras indígenas (espaços reconhecidos pela União, cuja posse pertence aos índios) e por áreas urbanas – cerca de 315 mil residem em cidades. Há também tribos que ainda vivem isoladas – de 82 referências, 32 foram confirmadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior parte da população indígena (27,5%) está concentrada no Estado do Amazonas. Em seguida, vêm Mato Grosso e Roraima.
<em>Indiozinhos da tribo macuxi, de Roraima, por volta de 1912</em>
Indiozinhos da tribo dos macuxis, de Roraima, por volta de 1912
<em>Mulheres da tribo bororó, do Mato Grosso, em foto tirada em 1930</em>
Mulheres da tribo dos bororos de Mato Grosso, em foto tirada em 1930
<em>Cacique Uataú da tribo carajá na Ilha do Bananal, Goiás, na década de 40</em>
Cacique Uataú da tribo dos carajás na Ilha do Bananal, Goiás, na década de 1940
<em>Guerreiros da tribo itangapuque do Rio Madeira, Amazonas, por volta de 1930</em>
Guerreiros da tribo dos itangapuques do Rio Madeira, Amazonas, por volta de 1930
<em>Dança ritual dos bororós de Mato Grosso, em foto tirada em 1935</em>
Dança ritual dos bororos de Mato Grosso, em foto tirada em 1935

terça-feira, 17 de abril de 2012

Antes e depois (arte)


O Caminho da vida - Charles Chaplin (poema)

O caminho da vida pode ser o da liberdade e o da beleza, porém nos extraviamos. 
A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou inúmeras muralhas do ódio, e tem nos feito marchar a passos de ganso para a miséria e morticínios. 
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. 
A máquina, que produz abundância, tem nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. 
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mais pra quê?

O dia em que nós não nos indignarmos apenas, mas partirmos para a ação, tenho quase certeza de que tudo o que diz respeito às sem-vergonhices políticas que acontecem em nosso país irão diminuir consideravelmente. 
Nã é preciso muito mais do que botar a boca no trombone, de forma organizada para mostrar força do movimento. A força tá no eleitor.
Até quando a gente vai aturar políticos se beneficiando, enchendo os próprios bolsos, cagando e andando para o que diz a opinião pública?
Qual será o nosso limite? Todo dia tem gente morrendo de fome, morrendo em filas de hospitais, morrendo sob escombros, sobre avalanches de lamas e de terras que descem morro abaixo e a gente assistinto a tudo isso pela TV sem uma reação que faça diferença.
Quando vamos aprender que político bom é político honesto?
Até quando vamos aturar desvio de verbas públicas? Superfaturamentos de todas as ordens? Menos verbas para a educação e mais para décimos oitavos salários de parlamentares? Quanto desse tipo de bordoada será que a gente aguenta? Mais quanto tempo ainda?
Não adianta esperar pelo dia em que os políticos deixem de dormir por conta de suas consciências. Político bandido nem sabe o que é isso. Não adianta esperar por uma intervenção divina. Isso não vai acontecer.
Sou pelo NÃO DÁ MAIS!!!CHEGA!!!!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Uma Cachoeira (ou seria Catarata?) de irregularidades (texto)

Políticos, policiais, artistas e sabe lá quem mais vem para a festa. Carlinhos Cachoeira metido até o pescoço com gente de bem. Gente acima de quaisquer suspeitas. Acesso às informações sigilosas. Projetos no Senado para garantir vida longo aos seus negócios, relações estreitas com artistas (empréstimo pra lá e sabe-se lá o quê para pagar tanta generosidade).
É claro que nada disso me surpreende e tampouco supreenderia a maioria dos brasileiros, acostumados faz muito tempo com essa linha tênue que separa políticos e bandidos. Temos exemplos de monte. Enchemos as duas mãos com facilidade de notícias de bandidos nas câmaras de vereadores, deputados e senado (estaduais e federal), prefeituras, palácios de governos, secretarias estaduais e por aí vai.
Nunca na história desse país foi diferente. Acho ainda que o buraco deve ser mais embaixo do que a imprensa tem noticiado. Tem peixe grande nessa rede.
A impressão que tenho é que quando alguém se mete na política partidária, tem em mente ganhar, ganhar muito dinheiro. Se dar bem. Quem é que ainda acredita nessa história pra boi dormir de político preocupado com seus eleitores? Pelo que se vê, lê etc., a preocupação passa exclusivamente com o próprio bolso.
Nada como a imunidade parlamentar (para lementar). Eles, eleitos por nós, não sou ingênuo em relação a isso, respondem muito pouco ou quase nada pelo que fazem e pelo que deixam de fazer (quase sempre). E basta um pequeno descuido, estão de volta.
Brasília anda com a energia comprometida. Lúcio Costa deve se retorcer no túmulo de arrependimento pelo Plano Piloto do Distrito Federal. E nem me venham com a história de que por lá tem gente de bem. Não acredito mais na inocência de político algum. Onde come um, comem 1000.

sábado, 31 de março de 2012

Homenagem ao Golpe de 64?! (texto)

Segundo o G1, militares da reserva promoveram, na manhã deste sábado, dia 31 de março, uma nova homenagem ao Golpe Militar de 1964, que completa 48 anos. 
Veteranos da Brigada Paraquedista saltaram de um avião, cada um deles carregando uma bandeira do Brasil, e pousaram na Praia da Reserva, no Recreio, diante de um quiosque frequentado por militares paraquedistas.
Dez coronéis da reserva estavam entre 50 veteranos que participaram do encontro. Entre eles, o deputado Jair Bolsonaro, que contratou um avião para circular pelas orlas da Barra e da Zona Sul com uma faixa que trazia a mensagem "Parabéns, Brasil, 31 de março 64".
— Esta é uma comemoração em memória do período que viveu o nosso país, que foi conturbado, mas permitiu o progresso e a transição para o estado democrático — diz André Chrispin, que, até novembro, ocupou o cargo de chefe do Estado Maior da Brigada de Infantaria Paraquedista e chegou a participar das operações no Complexo do Alemão. O oficial acaba de entrar para a reserva.
— Estamos aqui para comemorar, sim. Democracia é liberdade de manifestação — defende.
Ops, "comemorar um período conturbado que permitiu o progresso e a transição para o estado democrático". Como assim, a ditadura militar permitiu a transição para o estado democrático? O golpe impediu a democracia em todos os sentidos, ou melhor, em todos os sentidos que não fossem da vontade dos golpistas.
Um período que deveria ser motivo de vergonha. Inclusive, acho que deveríamos apurar e responsabilizar os excessos cometidos pelos militares durante os anos de tortura, assassinatos, covardias. Como é que alguém pode falar em preparo para a democracia durante um período sangrento e nebuloso da nossa história recente?
Alguém se surpreende com a presença de Jair Bolsonaro, um dos pais desse período,  nessa comemoração? Deveriam, sim, apurar a participação do deputado no evento, nesse mato aí tem coelho. Comemorar o Golpe de 64 é democracia para os envolvidos no episódio.
será que Bolsonaro merece mais uma melancia? Merece sim!

Personalidade felina (texto)

Já tive cachorros, calopsitas e agora tenho um filhote de gato em casa. Filhotes de cachorros são bastante inteligentes, pelo menos os vira-latas e os labradores (são as minhas experiências com cães). Aprendem depressa o que podem ou não fazer, aonde podem ou não entrar, aonde tem comida, aonde devem fazer cocô e xixi e tantas outras coisas, em pouco tempo. 
Meu ex-labrador, Spike, aprendeu em uma semana que para o cocô e o xixi tinha hora e local determinados. Aprendeu tb que essa hora e local dependiam tb de certa precisão da minha parte. Ou seja, se eu falhasse, ele fazia em qualquer lugar.
As calopsitas não são inteligentes!! Pelo menos o Ferdinand não era. Ele não aprendeu nada enquanto ficou comigo. Na verdade, aprendeu a assobiar um começo de música, nada além disso.
Os gatos são espertíssimos. Tb aprendem logo esses detalhes importantes e fundamentais das necessidades fisiológicas. Meu gato, Duscha, aprendeu a usar a caixinha higiênica no primeiro dia aqui em casa. Pra mim, isso foi incrível.
Mas os gatos vão além dos cães. Os gatos vão muito além dos cães quando o assunto é inteligência, percepção, destreza, engenho e atitude. Duscha está a menos de um mês aqui em casa, acho que mais ou menos 15 dias, ou alguma coisa em torno disso, e não tem um único lugar na casa sem que ele tenha deixado de estar. Ele vê tudo, não deixa um único ruído passar desapercebido. E, não sei se qualidade ou defeito, não sossega um momento sequer. 
Se ele está sumido, posso contar que ou está mordendo alguma coisa, ou brincando, subindo ou descendo, se enfiando em algum lugar. Nunca dormindo, apenas.
Dormir é outra novela. Um capítulo a parte do dia do gato. E não vou escrever sobre isso. Mas, talvez, em outra oportunidade. 
Os gatos, o meu, pelo menos, já entendeu, em pouco tempo de convivência, o "NÃO", ainda que ele insista 1000 vezes pelo sim. Inclusive, está agora nessa insistência. E não se pode titubear, caso contrário, esqueça. 
São esperto nisso tb: acho que sabem que a insistência é produtiva.

Pelo casamento civil igualitário (vídeo)


Pelo casamento civil igualitário (vídeo)


quinta-feira, 29 de março de 2012

Ademilde Fonseca (4 de março de 1921 - 27 de março de 2012)

Conheci a Rainha do Chorinho através da minha mãe. Não conheci, conhecendo assim de falar, ver, conversar, mas de ouvir as músicas em casa.
Minha mãe cantava, principalmente, os chorinhos Brasileirinho e Galo Garnizé para fazer graça. Quem não sabe, esses Chorinhos se cantam de forma bem acelerada. E, é claro, enquanto se acelara mais a cantoria mais difícil é para conseguir cantar a letra da música sem se atrapalhar. Ademilde Fonseca fazia isso como ninguém: ela tinha como marca registrada a destreza com que cantava versos enormes em velocidade inacreditável.
Não há como não transferir para a cantora o carinho que minha mãe tinha por ela. Eu acompanhei a sua carreira de alguma forma, meio de longe porque não tenho nenhum disco (vinil) ou CD gravado por ela.
Aos 91 anos ela ainda fazia shows pelo Brasil. Em tempos de celebridades relâmpagos, famas de 15 minutos, Ademilde Fonseca se manteve firme e forte na música e nos palcos por mais de 70 anos. Mais do que a expectativa de vida da maior parte dos brasileiros.
Deixa saudades.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr (16, agosto de 1923 - 28 de março de 2012)


Millôr Fernandes me fez, não tenho dúvidas, gostar mais da língua portuguesa, gostar mais de ler, gostar muito de escrever (assim como Luis Fernando Veríssimo, Carlos Drummond, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Sérgio Porto, Moacir Scliar, Nelson Rodrigues, Mário Prata etc.).
Ele me fez muito mais feliz em certos momentos. Como ri com suas tiradas, com seu humor, com a sua ironia, com sua capacidade de síntese, com seus pensamentos impensados, com, sobretudo, a desconstrução do pensamento linear.
Millôr, que era pra ser Milton, já chegou por aqui subvertendo ordens. Só descobriu na adolescência o erro ortográfico, a caligrafia duvidosa que o (des)subjetivaria para o resto da vida.
Mas nada disso importaria se a sua escrita não me contaminasse completamente, se as suas charges não me tornassem um pouco mais curioso, se as suas ideias não tivessem me feito pensar mais de uma vez a respeito do que ali se punha.
Se Milton ou Millôr, nada disso seria fundamental se certa vez eu não tivesse me defrontado com Hierarquia, com Poesia Matemática, com tantos outros textos (que, naturalmente, não caberiam aqui) sobre política, políticos, costumes.
O tanto que eu me surpreendia com sua escrita e desenho na revista Veja. Eu, ainda adolescente, muito pouco ou quase nada compreendia de toda aquela confusão ortográfica, mas inquieto, curioso e fascinado diante do que eu via.
Não estou aqui escrevendo sobre subserviência intelectual. Nunca!! Mas de poder pensar outra vez a respeito do que ele pensava, sem nunca deixar de respeitar o que ali eu via.
Uma pena não mais saber de um texto inédito no jornal de domingo, na revista semanal ... pensando bem ... seus textos sempre serão atuais porque Político profissional jamais tem medo do escuro. Tem medo é da claridade.

Poesia Matemática (Millôr Fernandes)

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

terça-feira, 27 de março de 2012

Demóstenes Torres Texto)

Em carta ao presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), o senador Demóstenes Torres (GO) pediu nesta terça (27) afastamento da liderança do partido no Senado.
Demóstenes retornou nesta terça ao Senado, depois de, na última sexta, o jornal O Globo ter relatado ligações dele com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro por suposto envolvimento com jogo do bicho e máquinas caça-níqueis.
"A fim de que eu possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados nos últimos dias, comunico a Vossa Excelência o meu afastamento da liderança do Democratas no Senado Federal", afirmou Demóstenes Torres no texto da carta.
A reportagem de O Globo afirma que gravações telefônicas em poder da PF mostram que o senador pediu R$ 3 mil emprestados e vazou informações de reuniões oficiais.
Cachoeira foi preso pela PF no fim de fevereiro em uma ação contra o jogo ilegal e está em uma prisão federal em Mossoró (RN).
O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou nesta terça que, se comprovadas as denúncias, o partido vai "se mover".
"Não é que se abra discussão sobre expulsão, mas qual a gravidade das denúncias? Qual a qualidade das denúncias? O que existe? Se a Procuradoria dispõe de elementos e se os elementos são contundentes, é evidente que o partido irá se mover. O que é preciso é que a Procuradoria apresente os fatos que tem para que o partido e a nação avaliem a gravidade e a qualidade da denúncia", afirmou o líder antes de participar da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
 
Relatório da PF
Nesta segunda, a Corregedoria Parlamentar do Senado pediu à Procuradoria-Geral da República acesso a um relatório da Polícia Federal que contém o teor de conversas entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira. A Justiça Federal negou revogar a preventiva de Cachoeira.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia dito que outros parlamentares de Goiás são mencionados nas investigações da PF. Ele analisa pedido de esclarecimento sobre as denúncias contra Demóstenes.
O relatório da PF está na PGR desde 2009, mas ainda não foram anunciadas investigações. O corregedor do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz que só poderão ser tomadas providências na Casa depois que os parlamentares tiverem acesso ao material.

G1 em 27/03/2012 14h12 - Atualizado em 27/03/2012 14h29.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Gafes, vexames & micos

Celular nas refeições, indiscrições no Facebook, comentários fora de hora – e tudo aquilo que fazemos de errado, mesmo sem perceber.
A falta de boas maneiras, além de contratempos, pode diminuir dramaticamente nossas chances de sucesso e felicidade, elas são um conceito relativo, que muda de acordo com as circunstâncias – é isso que torna impossível a tarefa de estabelecer regras claras de convivência atualmente.
Uma dica para definir o que são boas maneiras é pensar em seu oposto, as atitudes grosseiras.
A lista abaixo, representa um conjunto de dicas para treinar respeito, afeto e gentileza:

INTERNET
- Mantenha o nível.

Você pode manter ou elevar o nível. Baixar, nunca. Se receber um e-mail, tudo bem responder à mensagem ou telefonar, mas, se receber uma ligação e responder por e-mail, pode parecer que está fugindo do interlocutor.

- Não é assim que se escreve.

Cuidado ao corrigir os erros gramaticais que as pessoas escrevem, no lugar de corrigi-los, use a resposta para escrever a palavra correta.

- Sem papo.

Ao encontrar alguém, não conclua que a pessoa está disponível. Pergunte se ela pode conversar.

- Adapte o discurso.

Usar formas próprias de falar, não quer dizer que a mensagem será compreendida por qualquer um.


- Menos é menos.

É uma indelicadeza responder a todo mundo no grupo da mensagem só para dizer “ótimo, obrigada!”.

- Não deixe mensagem sem resposta.

Quando alguém lhe pede uma informação, não deixe esperando. Diga que está procurando a resposta e que depois responderá.

- Pergunte antes.

Não publique fotos em que seus amigos aparecem com roupas de banho, posições constrangedoras ou com um namorado antigo em redes sociais.

- Não curta.

Curtir, no Facebook, denota um sentido positivo e não é um aviso de que você leu um comentário. Não curta: “meu cachorro morreu” ou “fui demitido”.


FAMÍLIA
- Dê o exemplo.

Gentileza é contagiosa mesmo com as crianças. Saber como ensinar boas maneiras a elas é tão importante quanto o que ensinar.

- Mudar o discurso sem mexer no conteúdo.

É comum entre casais comentários recorrentes que irritam o parceiro. Descubra um jeito de passar o recado no melhor tom possível.

- Não piore as coisas.

Os mais velhos cansam de ouvir as perguntas: “você está bem” ou “você está feliz”. Isso os faz pensar como estão perto da morte. Da mesma forma, pacientes com doenças terminais não querem ouvir: “você está ótimo”.

- Fale do futuro.

O futuro é reconfortante, principalmente quando se está doente. Pressupõe longevidade.

AMIGOS
- O problema do “sem problema”

Quando alguém não puder ir a sua festa, não devolva um “sem problema”. O correto seria “você faz falta, mas eu entendo”.

- Conversa não é competição.

Se alguém lhe conta um episódio curioso e você tem uma história similar, escute o que a pessoa tem a dizer até o fim. Cuidado para não entrar numa competição de histórias.

- Memória.

Lembrar de um comentário feito há anos ou perguntar sobre o desfecho de alguma história, é uma atitude de gentileza.

- Solidarize-se.

Se alguém perto de você precisa limpar o nariz, peça licença, traga dois lenços e diga que vocês dois precisam assoar o nariz. Compartilhar o embaraço diminui seu efeito.


- Parabenize. Não desestimule.

Por que as pessoas não podem ser encorajadoras?


- O anfitrião dá o tom.

Numa recepção, é de bom-tom você mesmo atender a porta, apresentar os convidados uns aos outros e levantar algum assunto que possa aproximar as pessoas.


- Gastrochatos.

Se você foi convidado e é um chato para comer, não transfira o problema para o anfitrião.


SOCIEDADE
- Não basta ter a razão.

Não é necessário ser rude para ter a razão.


- Contenha-se na loja.

Se você vir uma moça com uma roupa que lembre uniforme, não conclua que ela é a vendedora.


- Você primeiro.

É um ato corriqueiro que faz diferença.


- Esquecer é humano.

Ao ser abordado por alguém que parece conhecê-lo, mas de quem você não se lembra, seja franco.


- Apresente-se.

É um ato educado apresentar-se dizendo seu nome, e de onde você conhece a pessoa.


- Ninguém sabe tudo.

Não finja que você sabe do que a outra pessoa está falando.


- Grávida ou muito bem alimentada?

Não assuma que uma mulher está grávida até ser informado sobre isso – mesmo que pareça que ela tenha uma melancia na barriga.

Retirado da Revista Época.

Os 7 passos para passar dos 100 (texto)

1. Curtir a vida — "não adoidado!", fazendo alusão ao nome de um filme de comédia. A proposta é harmonizar corpo, mente e alma. Pesquisas feitas com pessoas centenárias apontam para uma relação entre espiritualidade e longevidade, segundo a médica. Esse fator é importante para que a vida tenha um significado.

2. Uso de medicamentos — o uso de medicamentos é uma parte importante do tratamento de doenças como hipertensão e diabetes, por exemplo. Mas é uma das. "Se o paciente só toma o remédio, mas não pratica exercício, não se alimenta bem, não terá o mesmo efeito".

3. Refeições equilibradas — existem alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios que ajudam a prolongar os anos de vida. Mas, para começar, a médica receita três atitudes simples: comer um pouco menos, comer mais devagar e preferir alimentos a produtos industrializados.

4. Ocupação prazerosa — o trabalho ocupa boa parte do nosso tempo, então deve ser uma atividade prazerosa. O convite é para que seja feita uma reflexão se o trabalho está fazendo lhe bem ou não e como melhorar seu bem-estar profissional. A satisfação com o trabalho é um ponto comum entre os octagenários, conforme pesquisas.

5. Tabagismo e drogas zero — de acordo com Mariela, não há meio termo para cigarro, diferentemente do álcool, que até pode ser consumido em doses moderadas. Para quem quer parar de fumar, a dica é valorizar o hoje: cada dia sem cigarro é um avanço rumo à longevidade saudável.

6. Exercício físico — a médica diferencia o exercício físico, programado para melhorar a performance cardiovascular e o gasto energético, da atividade física, que está mais relacionada ao dia a dia — ir a pé para o trabalho, usar a escada em vez do elevador, lavar roupas, cuidar da horta, etc. Está mais do que comprovado que se movimentar é essencial para o bom funcionamento do organismo.

7. Limpeza impecável dos dentes — a boca é a porta de entrada da saúde do corpo. Uma boa dentição pode permitir que as pessoas sejam mais funcionais por muito mais anos, além de evitar doenças sistêmicas. Trabalhos científicos relacionam o número de dentes que a pessoa tem com sua longevidade. Pelo menos uma vez ao dia deve ser feita a escovação "impecável", que inclui a escovação completa dos dentes com uso de fio dental.

http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/noticia/2012/03/conheca-os-sete-passos-para-viver-bem-por-mais-de-100-anos-3706842.html

domingo, 25 de março de 2012

Espírito de porco aos montes (texto)

Já escrevi aqui algumas vezes, diga-se, sobre a salvação que é poder escrever. Escrever me salva e me tira, na maior parte das vezes, de grandes angústias. Por exemplo, a que me encontro agora.
Estou organizando um evento para o Colegiado do meu curso, na universidade, O Simpósio de Estudos da Linguagem (SNEL). Acontece que organizar um evento sozinho não é fácil. Nem com um grupo é fácil, mas sozinho, menos ainda.
Hoje, recebi algumas ligações e e-mails reclamando das normas para a proposição de Simpósios e Sessões coordenadas de comunicação. Perguntem se alguém me escreveu para oferecer ajuda para elaborar alguma coisa? Se alguém se ofereceu para pensar junto comigo antes da página do evento entrar no ar?
N I N G U É M deu as caras, ninguém me ligou e muito menos esteve junto comigo para por o bloco na rua.
Então, por que é que para reclamar aparece sempre alguém? Nem é mais fácil, dá tanto trabalho quanto. Procurar meu endereço, redigir um e-mail, enviar. Cansa tanto quanto escrever para contribuir. Sei que cada um faz o que pode e não o que quer, sei também que espírito de porco existe aos montes.
Pronto, escrevi e já estou me sentindo um pouc melhor.
 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Bato para o outro aprender a não ser violento (texto)

Neste último mês, assisti algumas matérias na TV e no G1, principalmente, sobre agressões em portas de escolas aqui no Paraná, em Santa catarina, em São Paulo, em Porto Alegre e em outros estados.
Cenas de violência entre alunas, mães de alunas e estudandes. Em todas elas, sem exceção, justificavam-se as agressões em virtude de outras agressões que ocorreram.
Todas, senhoras de si, cheias de razão, mães de alunos ou alunas que não viam em suas ações nada de violento, já que estavam, de alguma forma, segundo seus relatos, "batendo para que a outra aprendesse".
O que se aprende com a violência? Quem são essas mães que partem para um confronto achando que seus atos justificam-se? Como é que um adulto pode por meio de brigas achar que está dando um bom exemplo? Como é que uma mãe de aluno pode agredir em nome da agressão e se justificar?
Não sei não, mas diante dessas cenas bárbaras que se repetem quase que diariamente nas escolas (pra que serve mesmo a escola?), muito pouco, ou quase nada, me faz acreditar na educação.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Novidade pra quem? (Texto e vídeo)

Assisti a matéria sobre corrupção produzida para o Fantástico apenas hoje no Jornal Nacional (JN), confesso que não me surpreendi com a cara de pau do envolvidos, com os golpes combinados, com a roubalheira, com o mau exemplo que se dá, mas não posso dizer que fiquei indiferente apenas porque sei que tudo isso (e muito mais) existe.
A grande questão é quando se vê materializado em vídeo tudo aquilo que já estamos carecas de saber. Ou alguém duvidaria de que aquilo tudo não acontecesse?
Os caras são profissionais, não há ali nenhum amador em se tratando de crimes contra o Estado. Acho, inclusive, que gestores públicos tb sabem de tudo isso, e mais, participam do esquema recebendo grande quantidades de dinheiro em subsolos de shoppings, em praias acima de quaisquer suspeitas.
Num clima de descontração, fala-se em percentual, em quebra-galhos, em uma mão-lava-a-outra de forma que se pode compreender que há muito tudo isso acontece.
Não é novidade para ninguém.
Na continuação da matéria no JN, políticos indignados falando em nome da moralidade e bons costumes. Era pra rir? Figurões que estão faz anos mamando dinheiro público dando uma de acima de quaisquer suspeitas. Sabe quando tudo isso vai acabar? Depois que, no mínimo, três gerações passarem para o andar de cima.

Precisa mesmo cursar jornalismo pra isso? (texto)


Definitivamente, não me interessa a vida de “famosos”. Não quero saber com quem se casaram, aonde foram, se foram, com quem almoçaram ou jantaram, se fizeram um passeio pelas ruas do Leblon, se compraram uma casa nova, se estão grávidas, se trocaram de namorado, se traíram o ex e muito menos se pousaram na revista X ou Y. Nada mais sem graça, ao meu ver, do que acompanhar as  celebridades de plantão.
Não quero saber o que eles pensam da fome no mundo, não quero saber o que acham da situação da mulher mundo afora, não me importo como apareceram na entrega do prêmio (até porque sempre aparecem da mesma maneira: o microvestido mostrando mais do que devia - precisa se formar em jornalismo para isso?). Nada, absolutamente nada do que fazem ou pensam diz respeito a mim (se é que eles pensam ou fazem alguma coisa que realmente importaria).
Não tem nada mais brochante do que abrir a página do provedor do meu endereço eletrônico e me deparar com a última da ex-BBB: saber como ele se vestiu para almoçar naquela churrascaria badalada do Rio de Janeiro (normalmente aquela que fica na Barra da Tijuca) ou ver a foto do galã de malhação que foi lanchar com os amigos e pediu mais queijo branco no seu sanduíche.
Meu deus, quanta mediocridade!!!! Não é possível que as pessoas se interessem por essas porcarias. E se se interessam, não seria a hora da mídia não estimular tamanha besteira?! Será que vende mais porque é crocante ou é crocante porque vende mais?

Dilma e o bloco dos sujos (Texto - Ruth de Aquino)


RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)

Chantagear a presidente e impedir votações importantes não ajuda nem o Senado nem o país

Algo me diz que, se Renan Calheiros, Romero Jucá e Blairo Maggi estão possessos com Dilma, a presidente está certa. Não reconheço em nenhum dos três senadores acima condições morais para exigir cargos de liderança ou ministérios.
Se os parlamentares, em vez de se esconder em Brasília, quisessem escutar a voz do povo, que paga seus salários e privilégios absurdos em troca de nada, saberiam que Dilma está bem melhor no filme do que eles. Chantagear a presidente e impedir votações importantes no Congresso não ajuda os senadores. A base real, o eleitorado, enxerga o Congresso como venal e fisiologista, atuando em benefício próprio e contra o interesse público.
Vou me abster de enfileirar aqui escândalos de que Calheiros, Jucá e Maggi foram acusados, que envolvem superfaturamento, desvio de dinheiro, abuso de poder, fraudes, compra de votos, uso de laranjas e doleiros. Uma página não seria suficiente. Mas estão todos aí, vivinhos da silva, pintados de guerra e bravatas, graças ao toma lá dá cá tropicalista.
Estão aí também porque, à maneira do ex-presidente Lula, são camaleões, mudam convicções e ideias – se é que as têm – ao sabor de quem manda. Pode ser PT, PMDB, PSDB, não importa. Jucá foi presidente da Funai no governo Sarney em 1986. Aprendeu a se fazer cacique e atravessou governos incólume.
O que importa para os políticos “com traquejo” é manter a boquinha. E se tornar eterno. O presidente vitalício do Senado, José Sarney, uma vez mandou carta a esta coluna reclamando do adjetivo “vitalício”. Achou injusto.
O que importa para o Senado é aumentar de 25 para 55 o número de cargos comissionados por parlamentar. O gasto anual subiu 157%, de R$ 7,4 milhões para R$ 19 milhões, se contarmos apenas o vale-refeição. Os “comissionados” são servidores contratados com nosso dinheiro, sem concurso público, pelos senadores. O guia do parlamentar diz que cada gabinete pode contratar 12 servidores. A Fundação Getulio Vargas, em estudo de 2009, definia como teto 25 funcionários de confiança por senador. Por causa de uma “brecha” (chamo isso de outra coisa), esses 25 se tornaram 55. Quantos fantasmas, alguém arrisca uma estimativa dos que nem aparecem para trabalhar? Muitos senadores liberaram seus fantasmas da exigência de ponto. São coerentes nisso. Como exigir ponto de invisíveis?
O campeão dos comissionados é Ivo Cassol, do PP de Rondônia, que contratou 67. Repetindo: Rondônia. Mas nosso inesquecível Fernando Collor, do PTB de Alagoas, não faz feio no ranking: tem 54 pajens. Collor “aconselhou” Dilma a não peitar o Congresso, porque ele teria sofrido impeachment por ser impetuoso demais. Falta memória ou desconfiômetro? É por essas e outras que os programas de humor na televisão têm reforçado suas equipes no Congresso. A OAB diz que os fantasmas são imorais – até o Facebook está pensando em censurá-los. Estão pelados, pelados, nus com a mão no bolso.
E daí? Alguém vai fazer algo ou a pauta do Congresso, fora da “zona de conforto”, é a queda de braço com Dilma e o boicote a temas reais?
Que injustiça, não vamos generalizar. Existe um tema real, candente, tão importante que une todos os partidos. Da base aliada, da base oposicionista, da base mascarada. Não é o Código Florestal. Dezoito partidos pediram ao Tribunal Superior Eleitoral que libere os candidatos com “conta suja”. Políticos com gastos de campanha reprovados deveriam disputar eleição, como sempre foi. Por que mudar a regra?
Dá para entender o rebuliço. Só em três Estados, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, as contas de 1.756 políticos foram reprovadas, e eles não poderiam concorrer. No país inteiro, é um blocão de sujos, e cada vez aumenta mais. Resista, TSE.
Dilma enfrentou das viúvas do Lula nos últimos dias uma saraivada de críticas a seu estilo. Foi comparada ao lutador Anderson Silva, do vale-tudo. Cientistas políticos dizem que ela mexeu numa casa de marimbondos. Devem ter se referido aos marimbondos de fogo. É ruim isso? Ela não teria traquejo, nem gosto para a política, uma presidente isolada, sem amigos. Que amigos? Os que compõem dinastias, oligarquias e são donos de capitanias hereditárias? Quando Lula distribuía afagos e benesses, era acusado de lotear o Estado. Agora, Dilma é acusada de intempestiva, virulenta e de colocar um turrão e um durão no Senado e na Câmara.
A frase da semana é do presidente do PR e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, deposto por suspeitas de irregularidades em julho do ano passado. Ele saiu em defesa da bancada vira-casaca do PR. Ameaçou o governo: “Acabou, chega! Ninguém aqui é moleque”. É. Pode ser. Afinal, os senadores se tratam por Vossa Excelência. Os moleques devemos ser nós, os 190 milhões que vêm sendo tratados como trouxas. 

Duscha (texto)

Filhotes são sempre divertidos, sejam eles elefantes, cachorros, macacos. Ontem, à noite, chegou Duscha, uma gatinha siamesa de 45 dias. Meio ressabiada, queria apenas ficar escondida. Bastava eu me aproximar para ela entrar na estante, embaixo da escrivaninha, atrás do sofá.
Mesmo assim a sua curiosidade não a deixava quieta. Ela entrou e saiu de todos os lugares possíveis para um gato, eu me distraía com a leitura de uma trabalho e lá estava ela pulando algum obstáculo, subindo ou descendo de uma cadeira, brincando com uma bolinha improvisada.
Difícil mesmo foi levantar às 2h45 para dar atenção à nova moradora. Eu estava dormindo quando os miados me acordaram. Fiquei com pena da recém-chegada estar assustada e até às 4h15 estive subordinado a ela. Como uma criança, Duscha não sossegou um instante, me mordeu, arranhou o sofá, cheirou e lambeu tudo. Me fez rir muito com os saltos e cambalhotas enquanto brincava com a bolinha de papel.
Dormia apenas no meu colo, mas se eu a colocava na sua almofada, ela despertava e queria brincar outra vez. Eu podre de sono. Finalmente ela dormiu ao meu lado. Aproveitei a deixa, apaguei a luz e fui para o meu quarto com medo que ela acordasse novamente (e a novela recomeçasse). Dormiu o resto da noite e um pouquinho da manhã, acordou apenas comigo.
Tomara que ela se adapte logo à nova casa, eu já me sinto dono de uma gata.

sábado, 17 de março de 2012

Pra que serve uma relação? (Texto ) - Drauzio Varela

Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil.
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.  
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.  
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Obs.: Olha, tenho a sorte de ter uma relação assim.

Meus, nossos, anos 80 (texto)

Ando com saudades de quase tudo e de quase todos. Hoje, à noite, fiquei por aqui ouvindo músicas dos anos 80 e me lembrando de amigos e situações que vivi faz tempo.
Não é um saudosismo que me deixe triste, mas não posso negar que haja uma doce melancolia em torno dessas lembranças (meio repetitivo: saudosimo, melancolia, lembranças).
Os anos 80 foram, pra mim, anos alegres, de uma forma geral. Não era fácil, por um lado, me descobrir, mas quando não estava muito preocupado com isso, eu me divertia muito com grandes amigos: Vera, Robson, Cátia, Maga, MônicaNika, Nanci e tantos outros.
Os finais de semana no KuKunKa quando a gente se divertia muito. Às vezes a pista vazia e a gente cheio de energia esperando aquela música tocar: The Cure, The Smith, um pouco antes, Santa Esmeralda. Como era divertido!
Um pouco depois, no Loma´s, Orlando me deixava vezinquando nas pickups. Claro que enquanto a boate não estava bombando. De qualquer forma, as noites de sexta e sábado eram boas na Praia da Brisa: Roberto, Sandro, Marquinhos, Dórian, Sebastian, Rafael, Cristina e outros dos quais me lembro apenas dos rostos e das risadas.
Estudávamos durante a semana, mas ir à escola não era um sacrifício. Bem ao contrário, por lá, tb nos divertíamos, ou melhor, nos divertíamos muito por lá: Rômulo, Zequinha, Márcia, Bárbara, Simão, Glauco, Pitão, Gerson, Suzana, Chiquinho, Gorete, Irene, Rosana, Aparecida, Beto, Stanley, Adriano, Luiz e muito mais. E tantos amigos...
Não posso me esquecer, não devo, porque todos eles "abrem-se em meus sorrisos, mesmo quando, eu, deslembrado deles, estiver sorrindo a outras coisas". Salve, Quintana!!!
 

Pensamento acordado dentro de nós

Há dias em que a cabeça não silencia. O corpo pede sono, mas a mente insiste em continuar — ideias, projetos, pensamentos atravessam a noite...