sábado, 2 de maio de 2009

Augusto Boal (1931-2009) (texto)

Boal foi fundador do Teatro do Oprimido: teoria e prática que interpela o homem em ator. Segundo o diretor, "O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo, pois todos os seres humanos são atores porque atuam...". Metodologia internacionalmente conhecida que alia teatro a ação social.
Um dos únicos homens de teatro a escrever sobre sua prática, formulando teorias a respeito de seu trabalho, tornou-se uma referência do teatro brasileiro e internacional. Principal liderança do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 1960.
Escreveu O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas, 1975; 200 Exercícios para Ator e o Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro, 1977; Técnicas Latino-Americanas de Teatro Popular, 1979; Stop: C'est Magique, 1980; Teatro de Augusto Boal, vol. 1 e 2, 1986 e 1990; Jogos para Atores e Não Atores, 1988; Teatro Legislativo, 1996.
Escreve dois textos autobiográficos, Milagre no Brasil, em 1977, e Hamlet e o Filho do Padeiro, em 2000.
Entre outros significativos títulos e prêmios angariados por Boal no exterior, destacam-se o Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres, outorgado pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França, em 1981, e a Medalha Pablo Picasso, atribuída pela Unesco em 1994. Em 2009, é nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco.
Fiz, na época da graduação, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), uma oficina sobre o Teatro do Oprimido com o diretor e naquela época pouco tinha ouvido falar sobre ele e a sua obra, mas nos encantamos com a possibilidade de estar no palco ouvindo tantas ideias saindo de uma só cabeça: "Ser cidadão, meus companheiros, não é viver em sociedade: é transformar a sociedade em que se vive!"

O tempo e as pedras (nanotexto)

O tempo sempre sabe mais como agir e as pedras às vezes duram pouco (ML).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º de Maio (texto)

O 1º de Maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, é uma data usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história . Ela reporta ao ano de 1886, no qual ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores em Chicago, E.U.A..
Os trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a carga horária diária pela qual eram submetidos (13 horas). A greve paralisou os Estados Unidos.
No dia 3 de maio, houve vários confrontos entre manifestantes e a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos trabalhadores. Esses protestos ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional decretou o dia daquelas manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas diárias de trabalho.
Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.
Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1925 no governo de Rodrigues Alves. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

X-MEN (Filme)

X-Men não é um sanduíche de homem, antes que me perguntem, mas um filme de ação, efeitos especiais, lutas e carros explodindo. Assim, pode parecer que é um daqueles enlatados americanos, fast-food sem sabor nenhum. Não mesmo! X-MEN Origins Wolverine é um superfilme de ação que pega carona nas produções que recontam, depois de estreias bem-sucedidas no cinema, dentre as quais X-MEN, depois X-MEN2 e na sequência X-MEN - O confronto Final, a história que deu origem ao mutante-master.
Não perdi nenhum. Acompanho os mutantes e sou fã dessas sequências: vibro com os superpoderes de cada um deles e os leio como metáfora da diversidade, em vários sentidos.
As cores do filme, os efeitos especiais e, sobretudo, o dom de cada um deles são espetaculares. Neste filme, montamos, finalmente, o quebra-cabeça que nos era apresentado em flash nos filmes anteriores sobre o surgimento do Wolverine. Vale à pena ver de novo. E vou!

Lei de Imprensa (texto)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (30), por maioria, derrubar a Lei de Imprensa. Sete ministros seguiram o relator do caso, Carlos Ayres Britto, de que a legislação é incompatível com a Constituição Federal. Três foram parcialmente favoráveis à revogação, e apenas o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção da lei.
Com a decisão do STF, nos casos em que for cabível, será aplicada a legislação comum, como o Código Civil e o Código Penal.
A ação contra a lei 5.250 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento começou no dia 1º de abril, quando o relator votou pela total revogação, argumentando que a lei, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal de 1988.
Um dos pontos de maior debate entre os ministros foi a questão do direito de resposta. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez a defesa mais contundente pela manutenção dos dispositivos da Lei de Imprensa relativos ao tema: "Vamos criar um vácuo jurídico em relação aquele que é o único direito de defesa do cidadão, a única forma de equalizar essa relação, que é desigual", afirmou.
"Por que considerar a Lei de Imprensa totalmente incompatível com a Constituição Federal? A liberdade de imprensa não se compraz com uma lei feita com a intenção de restringi-la", afirmou o ministro Menezes Direito, primeiro a votar hoje, seguindo o relator. "Nenhuma lei estará livre de conflito com a Constituição se nascer a partir da vontade punitiva do legislador."
"Trata-se de texto legal totalmente supérfluo, pois se encontra contemplado na Constituição", disse o ministro Ricardo Lewandowski. Também votaram nesse sentido os ministros Cesar Peluzo e Cármen Lúcia.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

ZII E ZIE - TRANSAMBAS (Caetano) - (CD)

Trabalhar em casa tem lá suas vantagens. Hoje, por exemplo, comecei o dia ouvindo "A foreing sound" (aquele CD com músicas em inglês) e na sequência "Zii e Zie - Transambas" o mais recente CD do Caetano Veloso. Tudo parece tão no lugar que nem as guitarras me incomodam. Não sou fã de guitarras, mas a voz do cantor/compositor e, sobretudo, as letras harmoniosamente cantadas são impressionantes.
São 13 faixas que vão do Rio de Janeiro a Cuba, de Portugal à Bahia: e eu destacaria "A base de Guantánamo" pelo conjunto letra e música: "O fato de os americanos/desrespeitarem os direitos humanos/ em solo cubano é por demais forte/ simbolicamente para eu não me/ abalar. A Base de Guantánamo/ a base da bahia de Guantánamo/ Guantánamo."
Só se chega ao humor das palavras quem conhece muito bem o que faz. E acho que ele faz isso como ninguém.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Jorge Babu(rro) - (Texto)

Jorge Babu (por favor, anotem o nome desse asno) foi expulso do PT em janeiro. Atualmente está sem partido. E eu que acreditava que estupidez não tinha nome nem sobrenome, acabo de me enganar, com-ple-ta-men-te. Calma, já vou me fazer entender.
O lustre (é isso mesmo, LUSTRE) deputado protocolou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro um Projeto de Lei - 2204/2009 -, que pretende fazer com que a Secretaria de Saúde do Estado publique uma lista na internet com o nome, número da identidade e CPF dos portadores do vírus HIV que moram no Estado do Rio de Janeiro.
Ele justifica o projeto, alegando que os profissionais de saúde têm direito de saber que estão tratando de pacientes soropositivos. Acho que o deputado-imbecil não sabe que os profissionais de saúde são (não apenas por direito, mas por dever) obrigados (é um princípio) a tomar todo e qualquer cuidado ao lidar com quaisquer que sejam os pacientes, estejam ou não infectados pelo vírus da AIDS.
Preciso fazer uma pergunta antes do ataque fulminante que vai me abater: como é que um Deputado desconhece "o princípio da confidencialidade, que garante o sigilo sobre a enfermidade de um paciente"?
Não! Preciso fazer mais uma pergunta: Se levarmos esse senhor para um passeio ao zoológico será que ele sai?
Só mais uma, prometo!
Quem é que se responsabiliza pela eleição de um animal como esse aí?

Sem saber exatamente o quê

Há períodos em que o ritmo interno desacerta e tudo parece mais pesado do que deveria.  Há dias em que levantar, responder mensagens e cumpr...