Entré nós havia uma baía e uma ponte.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
Um comentário interpretativo crítico é uma análise escrita que busca interpretar e avaliar de forma reflexiva e criteriosa um texto, uma obra ou uma ideia. Esse tipo de comentário combina interpretação (análise do significado) com crítica (avaliação fundamentada), partindo de uma leitura aprofundada e considerando o contexto, as intenções do autor e os efeitos produzidos no leitor.
Texto analisado: Poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto.
1. Introdução: Apresente o poema, seu autor, contexto (literatura de 2ª fase modernista) e objetivo geral do comentário.
2. Interpretação: Explique a temática central do poema (as agruras do sertanejo) e os recursos expressivos (verso livre, repetição, tom narrativo).
3. Crítica: Avalie a eficácia do texto em retratar a realidade nordestina e seu impacto social. Proponha possíveis reflexões atuais sobre a obra.
4. Conclusão: Resuma os principais pontos do comentário, destacando a relevância estética e social da obra.
Seguindo essas etapas, você poderá produzir um comentário interpretativo crítico consistente e bem fundamentado.
Na CTMU, Langan sugere que o universo é uma espécie de "meta-mente" ou sistema cognitivo autorreferente, no qual consciência e realidade estão intrinsecamente ligadas. Dentro dessa visão, ele propõe que a morte física não significa o fim absoluto da existência, pois a consciência individual seria parte de uma estrutura maior e universal. Em vez de desaparecer completamente, a consciência poderia ser "reintegrada" ao todo universal.
Embora Langan não forneça uma descrição clara ou dogmática do que acontece exatamente após a morte, ele argumenta que o universo opera como uma espécie de "simulação autoconsistente". Nesse contexto, a identidade ou consciência individual pode persistir de alguma forma, seja como um padrão informacional ou como parte do tecido maior do universo.
Essas ideias se alinham mais com uma visão filosófica/metafísica do pós-vida, em oposição a interpretações religiosas específicas. Segundo Langan, a realidade é profundamente interconectada e estruturada, sugerindo que a morte pode ser uma transição para um estado diferente de existência dentro dessa estrutura maior.
Fim de ano. Luzes nas ruas, vitrines decoradas, sorrisos nos cartões de Natal, abraços calorosos em propagandas de televisão. Para muitos, essa é a época de celebrações em família, reencontros e jantares ao redor de uma mesa farta. Mas, para outros, essas mesmas luzes podem parecer distantes, os sorrisos alheios ecoam a ausência de vozes queridas, e a mesa fica vazia. São os que passam o Natal e o Ano Novo sozinhos.
A solidão, quando todas as vozes ao redor gritam festa, pode ser um peso silencioso. Ela sussurra perguntas que tentamos evitar durante o ano: "Quem sou eu sem os outros?", "Por que me sinto tão à parte?", "Será que alguém pensa em mim agora?". Não é fácil estar só em meio ao coro das comemorações.
Mas a solidão não precisa ser uma sentença final, e as festas não precisam ser apenas um lembrete do vazio. Talvez, sejam uma oportunidade de olhar para si com carinho e compaixão. De cuidar de quem está aí, do outro lado do espelho. De acender uma vela, preparar um prato especial para si mesmo, ou até escrever uma carta — para si, para o ano que termina, ou para o que está por vir.
E para aqueles que vivem a alegria do coletivo neste período, o convite é o de olhar ao redor. Existe alguém próximo que pode estar só? Alguém que talvez só precise de um gesto simples: um convite para o café, uma mensagem sincera, um "lembrei de você hoje". Não subestimemos o poder das pequenas gentilezas. Elas aquecem e atravessam paredes de silêncio.
Se você, que lê estas palavras, se sente sozinho nesta época do ano, saiba que sua existência é valiosa. Mesmo que as luzes pareçam mais frias e as canções soem distantes, você importa. Você é alguém que merece cuidado, afeto e acolhimento — de si mesmo e dos outros.
As festas de fim de ano são sobre encontros. Sejam eles com os outros, sejam consigo mesmo. Que possamos, como sociedade, enxergar os invisíveis dessa época e construir laços — mesmo que discretos, mesmo que efêmeros — que transformem a solidão em um espaço de companhia.
Por outro lado, ser colocado no escanteio é a vivência da exclusão e do descaso. É como se a nossa presença não importasse, como se as nossas palavras, sentimentos e gestos não tivessem peso ou lugar na vida do outro. Essa posição fere porque nega o desejo humano fundamental de pertencimento e reconhecimento. Querer ser prioridade, portanto, não é um capricho, mas um pedido para que nossa existência tenha espaço e valor. É reivindicar um lugar significativo na vida de alguém, onde haja tempo, dedicação e acolhimento mútuo.
O equilíbrio entre não ser o centro e não ser escanteado está na reciprocidade. Ser prioridade significa estar em um lugar onde somos ouvidos, cuidados e respeitados, mas sem sobrecarregar o outro com expectativas irrealizáveis. É desejar uma atenção que não venha do exagero, mas do reconhecimento da importância que se tem na vida de quem está ao nosso lado. Essa busca é um convite para relações mais maduras, onde existe espaço para o eu, o outro e o nós, sem perder de vista que toda conexão verdadeira se constrói na medida da atenção compartilhada.
Na perspectiva da Análise do Discurso materialista, a língua é concebida como uma prática social e, portanto, atravessada pela ideologia. A linguagem inclusiva emerge como um gesto político que desloca sentidos estabilizados, questionando as formações discursivas que naturalizam a exclusão de determinados sujeitos. Ao propor alternativas que visibilizem identidades historicamente silenciadas – como pessoas não binárias, mulheres, negros e outros grupos marginalizados –, a linguagem inclusiva desestabiliza a relação entre língua, história e ideologia. Nesse sentido, a escolha por uma linguagem que acolha a diversidade se torna um ato de resistência aos sentidos hegemônicos, produzindo fissuras no simbólico e possibilitando novos lugares de enunciação.
Expressões como o uso genérico do masculino ou termos carregados de preconceito são marcas discursivas de uma ordem ideológica que organiza os lugares sociais. Ao interpelar esses sentidos, a linguagem inclusiva não apenas questiona o lugar dominante de determinados sujeitos, mas também torna possível a construção de novos sentidos que contemplam a pluralidade de sujeitos e experiências. Esse processo nos mostra que a língua não é um instrumento neutro, mas um espaço de luta ideológica, onde os sentidos estão sempre em disputa.
A importância da linguagem inclusiva, sob a lente da Análise do Discurso materialista, reside em sua capacidade de produzir deslocamentos discursivos. A proposta inclusiva não consiste em corrigir a língua, mas em transformar as condições de produção do discurso, ao possibilitar novas formas de dizer e significar o mundo. Ao visibilizar sujeitos e experiências antes marginalizados, a linguagem inclusiva não apenas promove um reconhecimento simbólico, mas também intervém materialmente na constituição ideológica dos sujeitos, convidando-os a ocupar novos lugares no discurso. Portanto, trata-se de um gesto ético e político que questiona o funcionamento ideológico da língua e, ao fazê-lo, abre espaço para uma sociedade mais democrática e plural.
Algumas palavras carregam mais do que parecem. Ditas no tempo errado, diante da pessoa errada, ou sob a desculpa da espontaneidade , deixam ...