domingo, 30 de agosto de 2009

Perpetuum Jazzile & BR6


Uma amiga me mandou com o seguinte comentário:
"Deem uma olhada... Dá para acreditar que é um coral da Eslovenia????" Não dá mesmo, mas dá uma vontade enorme de cantar junto.

sábado, 29 de agosto de 2009

Ditadura da Beleza – uma visão subjetiva


Neste texto gostaria de escrever sobre algo que venho percebendo nos últimos tempos. Não é de hoje que somos sistematicamente submetidas a um forte apelo pela valorização da estética. Abrimos as revistas, ligamos a TV, olhamos outdoors pelas ruas e lá estão expostos corpos esquálidos como ideal de perfeição feminina, sem falar do culto à malhação - imagens que pouco refletem os padrões reais da grande maioria da população.
A cada dia proliferam academias, clínicas de estética, novos tratamentos antienvelhecimento, antiestrias, “anti-isso”, “anti-aquilo...”ufa!!!
É tanta informação e novas propostas que, se não tivermos senso crítico, somos levadas a querer experimentar tudo ou, o que é pior, sentimos nossa auto-estima despencar.
Sem dúvida, a vaidade, a estética e o culto à saúde, são muito importantes. Isso só se torna um problema quando há uma supervalorização desses aspectos. Não é raro que esse excesso de preocupação com a beleza e a estética esteja a serviço de evitar confrontos com a realidade, ou com sentimentos de frustração, medo, angústias e inseguranças. E essa parece ser uma questão do mundo atual. Basta olharmos para a incidência cada vez maior e mais precoce do número de casos de transtornos alimentares e depressões. É inequívoco que essas patologias têm como causa dificuldades internas muito profundas, mas também são reforçadas por valores culturais, que chamarei aqui de ditadura da beleza.
Constantemente recebo em meu consultório mulheres inseguras, com a autoestima bastante comprometida, em geral, sozinhas, em busca de um parceiro.
Não atender a esses padrões, muitas vezes compõe a lista de fatores que minam sua segurança. Não conseguem valorizar sua beleza, nem mesmo outros aspectos tão interessantes de suas personalidades!
Fico pensando o quanto a valorização desses atributos externos está tão arraigada em nossa consciência que deixamos de olhar para o que realmente importa: a essência humana que está dentro de cada um de nós! Isso sem falar nos contos de fadas, que mostram como ideal do modelo feminino, princesas loiras, de cabelos lisos, magrinhas, passivas, cujo único desejo é encontrar um lindo príncipe encantado: forte, valente, protetor, bonito, etc.
Quase sempre são personagens sem identidade própria, sem atitude e esvaziadas de conteúdo. E o que dizer das bruxas más que são sempre feias... Contudo, ouso dizer que há uma centelha de mudança brilhando em nossas consciências...
Shrek – o filme - é um exemplo disso. Trata-se de um conto de fadas moderno, que polariza com essa valorização do ideal de beleza e põe em questão o que é belo e verdadeiro em e para cada um de nós. Parece conter um novo paradigma, já que mostra a multiplicidade da natureza humana em cada personagem.
Fiona é uma princesa que carrega um segredo: sua dupla natureza. De dia é uma “linda” princesa, à noite transforma-se em um “ogro”. Foi atingida pelo feitiço de uma bruxa que disse que só encontraria sua essência quando fosse beijada por um príncipe. Acredita, assim como todos que estão à sua volta, que sua verdadeira identidade é a de princesa.
Entretanto, é salva por Shrek, um ogro que também acredita não ser o seu príncipe, pois é feio, não tem bons modos, é grosseiro e mora em um pântano. Ocorre que ambos se apaixonam e vão descobrindo a beleza de ser quem se é de verdade. Fiona, ora é uma princesa, ora é uma “ogra” gordinha e verde. Independentemente de sua aparência mostra-se uma mulher forte, dona do seu próprio nariz, determinada, mas que em nenhum momento perde sua feminilidade, tampouco sua beleza.
Shrek, apesar de aparentemente grotesco é doce, sensível e aprende a reconhecer e demonstrar suas inseguranças e fragilidades, entrando em contato com seus sentimentos mais profundos. Este conto começa a partir do fim dos contos de fada tradicionais, pois é a partir do momento em que a princesa é salva que começam os problemas e se desenvolve a trama interna de cada um dos personagens.
O despertar desse amor, em um primeiro momento, deixa-os confusos, provocando um questionamento a respeito de quem são e do que sentem. Consequentemente, inicia-se um processo de transformação em cada um deles.
Ambos podem se olhar e se encantar com o que está além das aparências. Vivem intensos conflitos internos; não sabem se conseguirão continuar a atender as expectativas externas; não podem mais acreditar em suas idéias preconcebidas; deparam-se com seus dramas existenciais e, por várias vezes, põem em dúvida o que estão sentindo e percebendo. Fiona descobre que não é apenas aquela princesa que acreditava ser, mas escolhe, com consciência, assumir sua verdadeira identidade.
Shrek não precisa mais se esconder no pântano e aos poucos vai deixando cair suas defesas, se envolvendo com todos aqueles que despertam seu afeto. Ambos vivem um processo de ampliação de suas consciências e encontro com o “Si-Mesmo”, cumprindo seu processo de individuação, ou seja, encontram-se com o que há de mais verdadeiro dentro de si.
Uma característica a ser ressaltada nesse conto é a valorização dos aspectos internos em detrimento dos externos, assim como dos aspectos existenciais em detrimento da estética.
Algumas mulheres buscam viver um conto de fadas ou uma realidade imaginária e, muitas vezes, sustentam essa posição para fugir do contato inevitável com uma parte da realidade. Mas, de verdade, como no conto, somos todas um pouco princesas e um pouco “ogras”! Isto é, todas nós temos aspectos que acreditamos não fazer parte de nossa personalidade, mas que nos refletem sim, e que devem ser vistos, aceitos, acolhidos e integrados à nossa consciência.
Como disse em um de seus livros o psiquiatra suíço Carl G. Jung, “podemos encontrar verdadeiras pérolas na sombra”. Essa é uma história que enfatiza a importância da reflexão e do contato com o universo interno como possibilidade de transformação. Não apenas do ponto de vista individual, mas da consciência coletiva, uma vez que a transformação ocorrida dentro de Shrek e Fiona desencadeia uma mudança de consciência em todos os outros personagens. Shrek – o filme - reflete sobre o que é o belo, sobre o feminino, o masculino, o amor, a amizade, e, acima de tudo, sobre a possibilidade de se conviver com as diferenças sem julgamentos de valor. Acredito que manifestações e produções como essa possam realmente ser o prenúncio de uma consciência de alteridade, na qual os diferentes podem conviver, coexistir, sem necessidade de exclusão dos diversos atributos da complexidade humana.

Sâmara Jorge  Psicóloga. Psicoterapeuta de Orientação Junguiana.
(samarajorge@hotmail.com)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sobras da Partilha (música)

Há cinco posts eu escrevi algumas linhas sobre o mais recente CD da Joyce, Slow Music. Aproveitei tb para dizer que a música Sobras da Partilha, uma das inéditas da compositora, me chamou bastante atenção logo de cara: música e letra num casamento perfeito.
Ela não sai da minha cabeça e ouço sem parar em casa. Aí resolvi colocar aqui a letra e o endereço do site da Biscoito Fino, gravadora do CD, que disponibiliza um pequeno trecho dessa música. Acho que vale à pena ouvir. É linda mesmo! (é só clicar no título abaixo para ouvir parte de música).

SOBRAS DA PARTILHA

quando a gente empilha
os guardados da mobília
surgem sobras da partilha
que ningém notou
um álbum de família
uma velha cigarrilha
e o rubi da gargantilha que amassou
um livro amarelado
uma agenda de recados
um vestido desbotado
que jamais se usou
um bibelô quebrado
um poema apaixonado
que de tão manipulado se gastou

Prestação do apartamento
certidão de casamento
velhos documentos sem valor
ideais, ilusões
despojos de um grande amor

...um livro amarelado
uma agenda de recados
um vestido desbotado
que jamais se usou
um bibelô quebrado
um poema apaixonado
que de tão manipulado
foi gastando, se rasgando, se acabou...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Flor de ir ambora (música)


Flor de ir embora
É uma flor que se alimenta do que a gente chora
Rompe a terra decidida
Flor do meu desejo de correr o mundo afora
Flor de sentimento
Amadurecendo aos poucos a minha partida
Quando a flor abrir inteira
Muda a minha vida
Esperei o tempo certo
E lá vou eu
E lá vou eu
Flor de ir embora, eu vou
Agora esse mundo é meu

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dá-lhe Suplicy (texto)

Um dia depois de interromper um discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para questioná-lo sobre a crise na Casa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi à tribuna nesta terça-feira (25) para pedir que o peemedebista renuncie ao cargo.

“O arquivamento [das ações contra Sarney] no Conselho de Ética não resolveu. Para voltarmos à normalidade, o melhor caminho é que sua excelência renuncie ao cargo do Senado”, disse Suplicy.

O petista disse que avisou Sarney que trataria do tema na tribuna do Senado. "Tendo avisado o presidente Sarney que ia discursar, venho a esta tribuna reitrerar que não vejo como o senador Sarney continue na presidência enquanto não explicar satisfatoriamente todos os fatos contidos nas representaçãoes perante o Conselho de Ética."

Suplicy recorreu à figura de um juiz de futebol para dar "cartão vermelho" a Sarney.

“O melhor passo para a saúde do Senado e do próprio Sarney é simbolizado neste cartão vermelho, que ele deixe a presidência do Senado permitindo que o Senado volte aos seus trabalhos normais”, disse.

O senador Almeida Lima (PMDB-SE) saiu em defesa de Sarney. "Estão enxovalhando a imagem do Senado Federal. O presidente Sarney foi julgado. E o julgamento foi pelo arquivamento das acusações", afirmou. “Nem se precisa se afastar da presidência, sem precisa de investigação. Isso é inteligência mediana.”

Esta tarde vi llover (música)


Esta tarde vi llover
Vi gente correr
Y no estabas tu.

La otra noche vi brillar
Un lucero azul
Y no estabas tu.

La otra tarde vi que un ave enamorada
Daba besos a su amor ilusionada..y no estabas.

Esta tarde vi llover
Vi gente correr
Y no estabas tu.

El otoño vi llegar
Al mar oi cantar
Y no estabas tu.

Yo no se cuanto me quieres
Si me extrañas o me engañas.

Solo se que vi llover
Vi gente correr
Y no estabas tu.

Yo no se cuanto me quieres
Si me extrañas o me engañas

Solo se que vi llover
Vi gente correr
Y no estabas tu.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sarney se irrita com cobrança de Suplicy sobre crise (texto)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ficou irritado com a intervenção de Eduardo Suplicy (PT-SP), e disse que o senador foi indelicado ao levantar o debate sobre a crise política no momento em que ele fazia uma homenagem ao escritor Euclides da Cunha: "Vossa Excelência feriu uma regra que eu acho que não é do seu feitio. Vossa excelência podia ter feito o seu discurso, como estava planejando fazer, mas este gesto que não é da personalidade de vossa excelência, a não ser que o senhor esteja tomado de uma paixão política que não é da sua personalidade", disse Sarney, que encerrou o discurso logo em seguida.
Suplicy cobrou esta tarde de Sarney explicações sobre o teor das representações movidas contra ele no Conselho de Ética, arquivadas na semana passada. "A situação no Senado não está tranquila, não está resolvida", afirmou, acrescentando que "as pessoas cobram maiores esclarecimentos sobre as representações apresentadas contra Sarney.
(foto de Ed Ferreira/AE)

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...