domingo, 20 de janeiro de 2013

Da série Contos Mínimos

Dentro de todo caRIOca, tem um Rio. De todo PAUlistano, um Pau. De todo CUritibano, um cu.

20 de Janeiro

Hoje seria, se não tivesse sido diferente, o aniversário de um grande amigo. Ele não está por aqui, assim, digamos, para que eu possa ligar, desejar sorte e saúde, abraçar bem apertado, sair para comemorar a data, mas estará em pensamento comigo em todos os dias da minha vida.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

É o que tem pra hoje (texto)

Eu sei que não se muda o mundo. Sei também que a contradição é parte constitutiva do ser humano. Sei que não devia me incomodar com coisas que não vão, mesmo que eu faça a maior força, ser de outro jeito, mas tenho visto tanta coisa errada, tanta injustiça, tanta coisa fora do lugar.
Hoje mesmo, não me contive: cidades, no país inteiro, sem saúde pública digna, sem educação, sem água. Como é que essas situações acontecem e nada é feito para punir quem tem responsabilidade?
A impressão que tenho é de que é exatamente porque nada acontece que essa situação continua igual faz tanto tempo. Desde que eu me entendo por gente, e bota tempo nisso, ouço, vejo, acompanho notícias como essas pela TV, pelos jornais e revistas, e me parece que tudo continua quase igual (em algumas situações o igual piorou).
Hoje um menino de 12 anos era entrevistado no Jornal Hoje (da TV Globo). Ele dizia que gostava de ler, mas que não tinha tempo para as leituras porque ficava o dia inteiro de um lado para o outro levando água para casa e transportando pessoas. Um outro, da mesma idade, ajudava o pai a cavar um buraco de lama para dar de beber aos animais. Algumas prefeituras foram saqueadas em virtude da posse dos novos prefeitos. Uma prefeita eleita afirmou que encontrou na conta de prefeitura R$2,10 (isso mesmo: dois reais e dez centavos!!!!).
Alguma coisa devia ser feita diante disso. Não dá para esperar as pessoas terem consciência, serem honestas, justas. Isso não vai acontecer nunca.
Ontem, à noite, no Fantástico, matéria sobre uma senhora de quase 100 anos que era agredida por uma cuidadora e pela cozinheira que deviam tomar conta dela (que recebiam dinheiro para cuidar da senhora, não era favor não!!!). O crime só foi descoberto porque o filho, desconfiado, instalou uma câmera na sala da casa de sua mãe. Não fosse isso, ela, a senhora, estaria, quem vai saber, até agora sofrendo essas agressões. Quantas não estão a esta hora passando pela mesma situação? As duas negaram as agressões. Mas como negar diante das imagens?
Aqui, na calçada do meu prédio, no Centro do Rio, há moradores de rua: crianças, senhores, senhoras vivendo como animais. Comendo restos de comida, dormindo sob a chuva, frio da madrugada, correndo risco de violência, esperando a morte, imagino. E nada é feito. Eu poderia ficar aqui escrevendo ad eterno sobre o que vejo. Mas por hoje chega!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

I loved you (Freddy Cole)


Muita boa animação!!!!!


Da série Contos mínimos

Um fio, era este o mistério que nos guiava para sempre. Aquilo que me ligava a mim mesmo e aos outros por milhares de anos e por diversas vidas. Nós éramos sempre um pouco do que eu já havíamos sido.

Da série Contos Mínimos

Pensando bem, disse-me ela depois de tanto ouvir histórias de desumanidades -"Nós nos alimentamos de nós mesmos: quando o homem é o lobo do homem".

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

4 anos (texto)

Dia 24 de janeiro, o Do Avesso faz aniversário. São 4 anos de vida (estou apenas adiantando a notícia). Este ano quero escrever um texto em homenagem aos amigos que colaboraram, direta ou indiretamente, com o blog.
Queria tb modificar alguma coisa por aqui, mas falta ideia. O Layout não dá para alterar muito, já que uso os que me são oferecidos pelo BLOGGER, mas quem sabe não tenho bons sonhos que me façam pensar em mudanças, mesmo que sejam pequenas.

Vou aprendendo com o "não" (texto)

De férias, tenho aproveitado os meus dias para descansar muito, ou seja, dormir bem e só acordar quando o sono acaba. Mas como todo professor, mesmo nas férias, continuo trabalhando. Claro que num ritmo mais tranquilo, mas não menos concentrado do que faria se estive na ativa.
Tenho, agora, todo o tempo do mundo para me concentrar em um trabalho de cada vez. Quase nunca temos a oportunidade de fazer isso durante o ano letivo: são tantas as atividades ao mesmo tempo que quase nunca dá para respirar fundo, pensar mais a respeito de cada uma delas, porque tudo sempre é para ontem.
Hoje, fechei um livro que estamos organizando, uma amiga e eu. Pela manhã meti bronca no meu projeto de pós-doutorado, mas fui ao cinema à noite porque sempre é bom esvaziar a cabeça para no outro dia recomeçar.
Pra amanhã, leituras e escrita, depois reescrita e mais leitura. Tenho tempo, mas se não aproveitar bem o tempo, corro o risco de perder prazos.
Hoje recebi a notícia de que a minha proposta de Produtividade em Pesquisa, para o CNPq, não foi aprovada: eu não tenho o perfil mínimo necessário para solicitar a bolsa, além da proposta não está adequada às exigências da equipe que avalia os projetos. Blz, foi a primeira vez que enviei uma proposta, ano que vem tem outra e eu não desisto.
No mais, é ir aprendendo com os "nãos", para que o sim tenha um gostinho doce. E amanhã é sexta-feira outra vez, engraçado como de férias, isso não faz a menor diferença. Bom fim de semana para quem por aqui passar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Da série Contos Mínimos

Ontem, nos encontramos, quase todos, para uma cerveja, para rir, para falar um pouco sobre a vida e sobre quem não vem mais.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Mais do mesmo (texto)

Faz anos que venho publicando aqui, no blog, no mês em janeiro, sobretudo, o mesmo texto sobre as enchentes que devastam algum ponto do Rio de Janeiro. Triste iniciar as postagens de 2013 com um texto sobre as águas de janeiro, a irresponsabilidade onipresente de vereadores, deputados, prefeitos e governadores. Nem me dou mais ao trabalho de me indignar com as declarações desses senhores (ou senhoras) que ocupam algum cargo político, não me espanto mais com os sobrevoos (de helicóptero) do governador quando alguma região é inundada e pessoas morrem, ou com a pseudo-declaração de que farão, resolverão, construirão, finalizarão, salvarão, doarão o que preciso for para, finalmente, não haver mais problemas com as chuvas, com as encostas ocupadas, com os soterrados, com os que precisam desocupar as suas casas, com os mortos etc.
Acho que, é um desabafo, enquanto escolhermos os nossos representantes pela cor do olhos, pela cara de bom moço, pela barba bem feita, pelo nome de família, correremos, todos, o risco de sermos engolidos por alguma barreira.

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia goz...