quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Museu Arqueológico do Carmo: som e silêncio, Luz e escuridão.

Ando um pouco desanimado, nesta semana. Acho que tudo isso tem a ver com o clima. Odeio frio, pouca claridade, dias curtos, quarto congelado etc. Bem, tudo isso anda acontecendo por aqui faz alguns dias. O dia fica claro por volta das 8h da manhã e bem antes das 18h já está escuro. Tudo o que eu não estaria passando se não estivesse em Portugal.
Pelo jeito, não tenho muitas alternativas senão me conformar com a situação e tentar tirar proveito disso, se é que há o que fazer. Hoje postei no Facebook uma notícia que saiu no O Globo sobre o Papa Francisco estar sofrendo com o frio europeu e propus a seguinte legenda: "Se está difícil para o Papa, imaginem para mim!", aí um amigo sugeriu que assim como o Papa posso fazer uso do vinho para esquentar. Tenho feito isso, com certa frequência. Talvez seja essa uma solução possível para os dias de frio.
Hoje, não fui à Biblioteca Nacional, como de costume, fazer o levantamento do material jornalístico, a partir do qual vou produzir alguns artigos sobre o Brasil em Portugal. Aproveitei o desânimo do meio da semana  para conhecer um lugar que eu ainda não tinha ido: o Museu Arqueológico do Carmo. E não me arrependi. O lugar é lindo demais: luz e sombra e um silêncio impressionante.
Fiquei boquiaberto com tanta beleza e paralisado ao me deparar com as ruínas da Igreja do Carmo. Acho que, depois da Praça do Comércio, é o meu lugar favorito em Lisboa, por enquanto.
Vou postar algumas fotos aqui para que seja possível dividir um pouca do que eu vi. Espero que gostem.






























































































terça-feira, 26 de novembro de 2013

Tia Maria

Minha mãe tinha uma irmã chamada Maria, Deise Maria (na foto ao lado, a da direita). Ela era a caçula de 7 irmãos. Nós tínhamos, praticamente, a mesma idade. Quero dizer, ela não era assim tão mais velha do que eu, talvez uns onze anos. O que fez alguma diferença enquanto eu era muito novo, mas que hoje em dia não faria mais.
Ela morreu muito nova. Complicações no parto do seu primeiro filho. Durante a infância, a minha infância, quero dizer, ela tomava conta de mim enquanto a minha mãe estudava. Brigávamos como gato e rato. Brincávamos com a mesma intensidade.
Pouco convivemos. Ela desde cedo trabalhava e estudava. Fez física. Eu havia me mudado com a minha mãe para longe. Ela morou com os meus avós até se casar. Até um pouco antes de se casar, porque, como a minha avó não queria que ela se casasse com o Alexandre, este tb era o seu nome. Ela passou uns meses em nossa casa, até que tudo voltasse ao normal.
Não pude aproveitar quase nada dessa nossa possível relação tia/sobrinho. Quando eu poderia estar mais próximo, ela morreu.
Hoje, vi uma senhora, aqui em Lisboa, muito parecida com a minha tia Maria, essa assim que eu a chamava. E aí fiquei pensando nessa saudade. Nessa falta. Na sua sempre ausência na minha vida.

Porque a gente acredita, mesmo não acreditando muito, que vc está me protegendo

Faz quinze anos que vc nos deixou! Eu já era um homem. Vivia há um longo tempo longe de vc. Tive a sorte de conviver contigo por 44 anos. Um...