domingo, 2 de setembro de 2018

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para perder-se de siEle andava se sentindo meio perdido. Resolveu por fim a esta questão. Pegou um ônibus qualquer, desses que vão para lugares distantes, fechou os olhos e apostou numa vida nova. Descobriu, no entanto, que se encontrar tem mais a ver com o dentro do que com lugares.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para entre nósNão havia nenhuma possibilidade para que aquelas antigas perguntas fossem feitas agora. Contudo, eu o olhava atentamente para compreender o que nós éramos um do outro.

sábado, 21 de julho de 2018

O Livro do desassossego, uma história curta para não dormir

Sempre que eu ouço o disco "A música em pessoa" e mesmo deslembrado dele começo pelo início, paro como se não houvesse nada além e aquém no "Livro do desassossego" interpretada lindamente por Olivia Byington. 
Fico como uma estátua num sinal vermelho eterno ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo sem parar aquela voz que fala das sombras, da noite lenta, das roupas penduradas.
Eu já sentia saudades de Portugal mesmo quando nunca tinha ido para aqueles lugares.

sábado, 7 de julho de 2018

Aquela mão

Resultado de imagem para criança de mão dada com um adultoSabe aquela mão que vc segura quando é criança e se sente seguro? Tava precisando de uma assim. Nos resta, depois de adulto, apenas a possibilidade de sê-la. 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Anda faltando tudo

Resultado de imagem para num conjunto vazio imagemMe meti numa cilada. Dessas encrencas enormes do coração. Do tipo que não sai do lugar: não vai, não fica. Meu sono foi embora. Meu humor tb. Ando angustiado nessa não-relação: nem sim, nem não, nem talvez, nem nada para ser sincero. 
Já não sei pra onde ir... já nem sei se devo ir. Parece que andei apostando num hiato, num intervalo, num espaço, num vazio, num conjunto sem elementos.
Anda faltando palavras. Anda faltando tudo. Ando faltando.

sábado, 30 de junho de 2018

Se Copa do Mundo, Helô sempre presente

Nesses tempos de jogos. Nesses dias de disputas. Em época de Copa do Mundo, a presença de Helô é sempre enorme. Fico pensando em como ela estaria se estivesse aqui em casa ou se em qualquer outro lugar assistindo os jogos: sem intervalo, todos os jogos, comentando, reclamando, torcendo pelos mais fracos, feliz pelos vencedores e, imediatamente após a vitória de qualquer que fosse a seleção (sobretudo, na fase de mata-mata, quando os países que perdem são eliminados), um lamento enorme em relação à seleção desclassificada.
Se estivesse viva, certamente trocaríamos mensagens durante os jogos. Fizemos isso em muitas oportunidades. Se o jogo era com o Brasil, aí só com ligação: falávamos antes, durante e após o jogo. Que saudade! Quanta saudade sinto dela. 
Mil rituais: a mesma posição, reza, oração, incenso (de efeito moral), nenhuma piada, nenhuma gracinha...caso contrário ela ficava brava. E com razão. Eu, espírito de porco, arrumava alguma coisa que a contrariasse para fazer durante o jogo. Ainda que ela soubesse que era apenas para irritar e achasse graça, não era sempre assim de forma tranquila que a brincadeira era recebida.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para falta de lembrança
- A sua sorte é que eu me esqueço do tanto de coisas ruins que vc me fez.

- Coisas ruins? Que coisas ruins?
- Não me lembro.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...