segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Quem não tem tem limite ...

Não sou do tipo de cara que leva tudo muito de boa. Definitivamente, não sou desse jeito. Não sei se ser assim é uma pena. Sei apenas que não sou. Tenho pavio curto. Me arrependo depois da explosão. Fico bravo se alguma coisa me incomoda e não sei disfarçar. Minha cara me entrega. E cancelo, sem pena quem age comigo de forma grosseira.

Acho que para alguém ser desrespeitoso comigo, mal educado etc., precisa ter razão.  Do tipo que eu tenha feito alguma coisa de forma que seja uma resposta à altura. Posso ficar chateado, mas acabo entendendo que eu mereci. De verdade.

Não estou aqui dizendo que sou um cara justo sempre. Que entendo as pessoas. Que compreendo os comportamentos. Estou dizendo apenas como acho que sou diante de alguma situação que me ofende.

Faz pouco tempo, reencontrei um cara que conheci em Portugal, no ano em que lá morei para estudar. Não éramos amigos próximos, mas o pouco tempo em que por lá convivemos fez com que achássemos que se tivéssemos mais tempo juntos poderíamos ser amigos.

Nos encontramos e nos reencontramos outra vez aqui no Rio. Durante essa curta e mais atual temporada percebi em diversas situações que ele estava sendo grosseiro comigo. Fui deixando passar e achava que por ele ser bem mais novo que eu, ele não estava se dando conta dessas situações. 

Confesso que eu devia ter falado da primeira vez. Não o fiz. E aí aquilo que podia ser resolvido (ou não) numa conversa mais tranquila foi se avolumando a ponto de achar meio demais sair da minha casa para ouvir grosserias e me aborrecer.

Eu tento ser honesto/ético com as pessoas e cobro delas um comportamento parecido. E não tenho nenhuma dificuldade de ma afastar de quem não se comporta comigo dessa forma. Amizades devem, como qualquer relação, ter limites. 






13

Dia 12 de janeiro o Do Avesso completou 13 anos. Era para ser um blog de viagens e comentários sobre as cidades, as minhas impressões sobre os lugares (isso apenas na minha cabeça quando em uma viagem para Buenos Aires), mas virou um lugar para escrever, como está na descrição, sobre qualquer coisa... tenho escrito pouco porque cada vez mais preciso escrever sobre outras coisas na universidade...mas preciso dizer que passar por aqui, mesmo que seja para um texto curtinho, me dá o maior prazer.

Um incômodo que dura três meses


Não suporto o BBB. Acho uma chatice a programação da Globo nos meses do programa. Parece que todo mundo está interessado nisso. 

Aqui no Rio não tenho TV a cabo e fico, por isso, a mercê dos anúncios e da divulgação na programação diária do reality. Meu deus!!!! O dia inteiro: quem entrará, quem é quem, a família de quem entrou, aquilo que quem entrou diz que é, aquilo que é quem entrou via redes sociais, via amigos, via vizinhos. A infância de quem entrou, aquilo que "se espera" de quem entrou. 

Sem falar dos influenciadores que passam a "cobrir" o programa: comentários, análise, torcida, cancelamentos. Gente, não há vida inteligente fora desse programa para a TV Globo? Provavelmente, não há mesmo!!!! 

Acho que o programa é o que mantém a TV durante o resto do ano. Exatamente como funcionam as cidades que vivem do verão: aproveitam os meses quentes porque depois disso a grana fica escassa. Anúncios, patrocinadores, produtos, pay per view e tudo mais que não me lembro neste momento.

Para mim é um incômodo. Enquanto estou aqui, estou ouvindo comentários sobre o programa. E isso dura três meses.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Lá e aqui.

Impressionante como viajar e estar longe do trabalho alterou o meu humor. Não podia ser diferente. O trabalho tem me desgastado demais. Odeio burocracia e, pior, saber que preciso resolver alguma coisa. Fico ansioso de pensar que há algum processo aguardando parecer. Fico ansioso com as reuniões que preciso pautar e com tanto desrespeito por parte do governo estadual com as universidades. Prazer zero!!!! Meu coração dispara só de pensar que preciso voltar.

Não estava muito animado para viajar...fazer malas... organizar a casa... mas foi por o pé na estrada e tudo mudou...

Tudo deu certo na viagem mesmo com a paralisação dos aeroviários. Nenhum atraso. Ao contrário. Cheguei uns minutos antes do previsto. Minha mala chegou sem problemas. O taxista que me trouxe para a casa, no Rio, muito educado. Trânsito normal. Apartamento limpo e organizado. Obrigado, Marina por cuidar tão bem do meu apartamento.

Uns dias para ir chegando ao Rio...sempre é assim. Chego fisicamente, mas aos poucos vou internalizando que estou por aqui. Ontem dei umas voltas pelo Centro. Fui aos lugares que não posso deixar de ir. Amo essa cidade, se estou de férias...amo de verdade, mesmo sabendo de todos os problemas pelos quais ela tem passado.

Parte da cidade é linda e organizada. Além disso, tem os amigos...não consigo encontrar todos/todas, mas saber que estou por perto e que posso encontrá-las/encontrá-los é um alívio.

Gosto do silêncio do meu apartamento. Gosto do silêncio dos vizinhos. Gosto de poder ouvir música sem carro, moto acelerando, gente gritando pela rua. É interessante que ao pensar no barulho incômodo da cidade me refiro a uma cidade do interior do Paraná e não a uma grande capital. Mais interessante ainda é pensar no silêncio no Rio de Janeiro em detrimento dos ruídos de Cascavel.

Lá, moro numa esquina onde os carros e as pessoas estão presentes o tempo todo, a qualquer hora do dia. Aqui, estou no coração da Lapa, mas num lugar muito tranquilo. Ouço às vezes as ambulâncias, a polícia, o corpo de bombeiros passando e só.


Este apartamento me traz boas lembranças...passei por aqui bons momentos da minha vida. Ele me lembra a minha mãe, o doutorado, os amigos da pós-graduação, o carnaval, a praia...a cidade que ferve, o Circo Voador, e os amigos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

VAMBORA - Adriana Calcanhotto

Entre por essa porta agoraE diga que me adoraVocê tem meia horaPra mudar a minha vidaVem, vamboraQue o que você demoraÉ o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroDentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroNa cinza das horas
Entre por essa porta agoraE diga que me adoraVocê tem meia horaPra mudar a minha vidaVem, vamboraQue o que você demoraÉ o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroDentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroNa cinza das horas

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Sextou!!!!

Faz um bom tempo que não apareço por aqui. Tenho cantado mais, trabalhado mais, dormido mais, escrito mais textos acadêmicos do que me dedicado à escrita criativa. Acho que é uma boa explicação para não estar por aqui de forma mais frequente. Hoje, bateu saudade!!!

A proposta era a de escrever com frequência, mas estatisticamente está comprovado que fui, ao longo do tempo, escrevendo com menos frequência. Por isso não gosto de estatísticas...

Dia desses, uma grande amiga, Zaíra, me disse que deu uma passadinha por aqui para ler as novidades. Aí, muito provavelmente, a coisa mais nova que ela leu foi sobre a minha festa de aniversário de 20 anos.

Acho que tenho feito poucas coisas que gosto tanto. Vivo a ilusão (assim como muita gente) de que tenho a vida inteira para fazer todas as coisas do mundo. Ledo engano. Eu bem sei disso (assim como muita gente tb sabe).

Tenho feito nada, para ser bem sincero, além de descansar no fim de semana. Claro que descansar é fundamental, sobretudo, depois de uma semana pesada. As semanas têm sido pesadas ultimamente. Hoje, por exemplo, foi um dia daqueles.

Cheguei cedo ao trabalho e não saí da frente do computador até, praticamente, a hora do almoço. Depois do almoço uma reunião. E a sensação é a de que fiz pouco. Sobrou trabalho para amanhã. De segunda à quarta, normalmente, é bem corrigo. Mas quando me dou conta: sextou! E sextou novamente, e já é outra sexta-feira e já é segunda novamente e quando a gente percebe, já foi embora abril, maio e junho e já vivemos em julho de 2022.

Bom, acho que não escrivi sobre nada. Ou escrevi sobre o tempo que escapa.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Apertos de mãos são fundamentais

Voltamos ao presencial na universidade. Hoje vamos fechar a primeira semana. Claro que estamos todos preocupados com o retorno, não sabemos o que pode acontecer. Sobretudo, num momento em que a ômicron está num nível de circulação alto. Muito contágio na cidade e no país.

Até agora, tudo está bem organizado por aqui: alunos com máscaras, as salas abertas, distanciamento, álcool em gel nos corredores. Sinceramente, acho que estamos aqui, na universidade, mais seguros do que em outro lugar, por conta desse controle.

E sem falar na aula presencial, não tem como comparar com o ensino remoto: no presencial há o quadro, os alunos participam muito mais. Não há delay. Não há internet que cai, computador que não funciona. Me sinto muito mais à vontade em sala de aula do que me senti um ano e meio via computador. Aquilo não é aula, é qualquer coisa, menos aula.

Vamos esperar para ver o que acontece...espero que a situação sanitária melhore a ponto da gente se sentir menos preocupados. Que a gente possa se aproximar mais: abraços são fundamentais, apertos de mãos tb.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...