quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Caras & Bocas (texto)

Postei aqui, não me lembro exatamente quando, um pequeno texto metendo o pau na novela Caras & Bocas, exibida pela Rede Globo, às 19 horas (mais ou menos). Naquele texto, eu escrevi , entre outras coisas, que o nome da novela não tinha nada de inovador e que fazia referência a outros títulos de novelas (tais como Transas & Caretas, Plumas & Paetês etc.). Lembro-me apenas que fiz uma única ressalva ao texto de Walcir Carrasco (novelista) em relação à trama das 19h: um núcleo cômico, a família da Laís (Fernanda Machado), no entanto, preciso agora refazer algumas considerações (é claro que continuo achando insuportável a historinha sem graça entre os protagonistas, sempre o mesmo leo-lero de sempre, para, nos últimos capítulos, acabar tudo bem. A mesma novela de sempre, a mesma traminha óbvia e sem sal):
1) É uma novela bastante divertida, com vários núcleos cômicos. Cada núcleo explora, ao seu modo, assuntos diversos: ainda que o tom seja de comédia, discutem-se diversos tipos de preconceitos: sexual, racial, religioso, estético e ético;
2) Tem um macaco como um dos personagens centrais. Ele além de pintor, fotografa e desvenda, com as essas fotografias, várias situações (inovador);
3) Ivonete (Suzana Pires) é uma grande revelação (desculpem-se se ela era conhecida). Além de linda é divertidíssima, os seus jargões ("Não me absorva!", "Tô virada no cão" e "Sou toda trabalhada...") já caíram na graça de muita gente;
4) Ainda que o personagem seja pequeno, não dá para esquecê-lo: Mercedes (Neusa Maria Faro) com o tempo da comédia, transforma pequenos diálogos com as suas caras e bocas.
Eu poderia ainda destacar alguns outros personagens (Cássio, Judith, Adenor, Fabiano, Bianca, Felipe, Lili = Marco Pigossi, Deborah Evelyn, Otaviano Costa, Fábio Lago, Isabelle Drummond, Miguel Rômulo, Maria Clara Gueiros), mas seriam tantos os destaques que o texto não acabaria.
O importante é que a novela (apesar dessa espichada desnecessária) é divertida.

Cicatrizes (música)

Aonde foi que eu perdi o teu sorriso
E trouxe pros meus dias a saudade
Um mal secreto lentamente invade
O que se transformou em armadilha

O que será que eu posso mais não faço?
E deixo me morrer em agonia
Repouso no teu colo meu cansaço
E crio nas tuas mãos a fantasia
E essa dor antiga não estanca
Por que é que nunca sara essa ferida
Se a porta desse quarto não se tranca
Por que é que sempre foge a saída ?
(Solange Böeke)

Saudades (texto)

Saudades da minha mãe: saudades de poder ligar apenas para um oi. Já estaríamos planejando o natal desse ano. Êta vida!

Da série Contos Mínimos (texto)

Olhava através da janela, concentrava-se nos passos dados no corredor, esperava anciosamente que o telefone tocasse. Nenhum sinal. Ela não voltaria.

Da série Contos Mínimos (texto)

Um adoslescente excessivamente orgulhoso de si. Um umbigo no centro do mundo. A vontade de ser (re)conhecido pelos atributos físicos. A indignação pela indiferença. Uma flor chamada narciso.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Da série Contos Mínimos (texto)

Um passinho pra lá, dois passinhos pra cá. Uma volta e meia e uma paradinha. D. Donguinha, a professora de piado e dança, delicadamente ensinava a menina os movimentos da vida.

Da série Contos Mínimos (texto)

Lembrava-se dela todos os dias. Uma pontinha de tristeza ainda sufocava no seu coração. Sabia que seria difícil. Não, sabia que seria impossível viver aquela ausência. A vida não teria a mesma graça. Queria novas lembranças, mas nada poderia fazer. A morte lhe tinha roubado a companheira.

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia goz...