sábado, 13 de fevereiro de 2010

Aos 80 também se ama (Affonso Romano de Sant'Ànna - Texto)

          Não se escandalizem, crianças!  Não se espantem, rapazes! Talvez vocês não se lembrem de um filme famoso intitulado  "Os brutos também amam", mas lhes informo que não apenas  os brutos e os jovem, mas os velhos também amam. É  isso que estou lendo numa revista francesa séria, que tem uma manchete que equivale a: "Nossa Senhora, a Vovó também trepa". E lá está a foto de dois idosos ( que palavra incômoda!)  se acarinhando.
         E a reportagem é uma pesquisa com  pessoas  que têm cerca de 80 anos. Elas estão inteiraças e mandando bala. Os especialistas criaram até uma nova expressão "os novos octos" (a qualquer a hora a imprensa do Rio e São Paulo vai começar a falar disto). Os franceses gostam de encurtar certas palavras, "prof"  no lugar de professor, "filo" no lugar de filosofia, etc.. Pois aí estão  os  "novos octos" , os "novos octogenários".
E o repórter vai dando nomes e idades aos personagens entrevistados. Madalena, 80 anos, está febril para encontrar o seu Louis que chega de avião de Boston;  Maria, assistente social de 81 anos, está felicíssima por que encontrou  Dominique, 13 anos mais jovem, e lá se foi a solidãol  Marcel de 77 anos faz surfe com Ivone. E assim por diante. Enfim, pelo menos 70% desses idosos declaram que carecem de sexo, de uma maneira mais ou menos urgente, mas carecem.
         Quem, teoricamante,  primeiro escancarou a atualidade e a urgência desse assunto foi Simone de Beauvoir  num livro clássico "A velhice". Há que ler.
         É  como se a humanidade estivesse numa frenética reinvenção de si mesma. Vocês sabem que crianças são uma invenção recente, antes de Rousseau e outros elas apenas faziam parte do cenário alheio.  Outra invenção recente é a mulher,   outra o índio, outra o negro, outra o homossexual, e assim por diante. A imprensa e a sociologia estabeleceram que os jovens foram inventados nos anos 60 - o "poder jovem".
         Pois aí é que surge uma coisa curiosa sobre esses que estão chegando aos 80. Todos os governos dos Ocidente deveriam erguer uma estátua  em homenagem a eles, porque  são pessoas que atravessaram historicamente alguns dos momentos cruciais dos últimos anos. Eles viveram a revolução sexual dos anos 60. (Olha aí o "maio  68" de novo, olha aí  a vida que não quer morrer). As mulheres atravessaram a revolução feminista,  viram seus filhos virarem hippies, arriscaram-se em várias experiências pessoais, sociais, familiares  e agora estão aí cruzando os 80.
         Dizem as estatísticas que entre 1980 e 2009 aumentou a percentagem dos que atingem os 75 anos. E o número dos que terão 85  anos deverá quadruplicar os de 75 daqui a algumas décadas.
         Não se trata de fazer uma paráfrase do "poder jovem" e  decretar "o poder aos velhos". Nada disto. Parece que esses que chamávamos de velhinhos estão querendo outra coisa, e isto, sim, é sinal de sabedoria. Peguem a palavra aposentadoria. Antigamente havia uma noção de aposentadoria totalmente danosa: o indivíduo se aposentava, ficava inativo e havia um pressuposto de que aposentava também seu sexo. Aposentado era um morto que se  esqueceu de deitar. Havia, no entanto, uma expressão contraditória, pois dizia-se: "gozar a aposentadoria".
         Havia aposentadoria. Faltava o gozo. E é isto o que os de oitenta anos estão buscando.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vai saber (texto)

Ontem foi um dia, no mínimo, curioso. Peguei um passageiro e até agora não estou acreditando nos nossos 20 minutos comuns. Nada do que ele dizia fazia sentido. Eu perguntava para ver se conseguíamos, minimamente, nos comunicar, e nada. Ele não falava coisa com coisa. Achei que estava bêbado, não era o caso.  Certamente era tantã, mas não tenho tanta certeza. Sei apenas que me senti em outra dimensão, na Ilha de Lost, talvez.
(Versão do motorista)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sem entender uma palavra sequer (texto)

Entrei num táxi, fiquei "conversando" com o motorista por, pelo menos, 20 minutos sem entender nada do que ele dizia. Ele me perguntava (eu compreendia pela entonação que se tratava de uma pergunta) e respondia qualquer coisa, porque não conseguia entender nada do que ele falava. Ele aceitava a minha resposta (às vezes um aham) e dava prosseguimento àquilo que todo mundo chamaria de surto. Estou até agora sem entender o que se passou. Será que eu estava num episódio do Arquivo X?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

E ai você gosta de Carnaval? Que vai fazer neste Carnaval? (A Cris pergunta)

A Cris, do Canto de Contar Contos, perguntou, num post recente, se gostávamos de carnaval. Pensei, pensei, pensei bastante para não dizer qualquer bobagem e afirmar que gostava ou não gostava assim no calor dos acontecimentos. Sei que já gostei muito, muito mesmo. E ficava esperando o sábado de carnaval para me divertir fantasiado. 
Pensando bem, antes mesmo dessa época eu já era um folião. Minha mãe me fantasiava de índio (já postei aqui a foto - tá aí acima) ano após ano e me levava para um clube. Não me lembro muito bem desse tempo. Mas as fotografias "não mentem". Além das histórias engraçadas que ela contou, muito tempo depois,  dessa época.
Na adolescência não podia perder um carnaval (daquele jeito que acha que o mundo vai acabar na quarta-feira de cinzas e tem que aproveitar até o último instante): fantasia de dia, fantasia de noite. 
Quanto eu já tinha idade para frequentar o baile de adultos (naquela época, não tão remota, isso existia) eu tinha que ir as quatro noites. Ficava como um doido (porque só doido mesmo) rodando o salão
Com os primos (postiços) Tony e Rose brinquei bastante. Saíamos fantasiados naqueles enormes grupos de foliões. Sei que isso durou um bom tempo, mas não sei, exatamente, quando isso terminou. 
Depois o carnaval virou sinônimo de viagem para a Ilha Grande. Era muito divertido. Os amigos Robson, Vera, Íngridi, Gil, Dias numa época e Sebastian e Ana noutra (não necessariamente nesta ordem e nem os grupos tão fechados e definidos). Esperávamos para reencontrar na mesma pousada os amigos dos anos anteriores. E aí o carnaval era praia de dia e conversa (bebida) à noite.
Isso tb passou.
Noutra época passei apenas a viajar para a praia com os amigos de Curitiba (já adulto). Aí o carnaval já havia se transformado em alguma coisa que nem sei explicar.
De volta ao Rio conheci a Vanise, pronto (!), perdição total. Até fantasia ela me obrigou a vestir (na verdade nem fui tão obrigado assim). Sambódromo. Desfile em escola de samba. Blocos de rua: Cordão do Bola Preta; Imprensa que eu gosto; Simpatia é quase amor; Banda de Ipanema; Carmelitas; Boi-Tatá etc. Bons anos!
Ultimamente, voltei ao programa praia, mas com música, não necessariamente de carnaval. Além disso tb reencontro alguns amigos. Um encontro praticamente anual em Florianópolis.
Este ano não sabia o que fazer, não estava animado. Até que uma mensagem me tirou o sono (uma vaga sobrando numa pousada). Comprei as passagens e vou, mais uma vez, para Floripa: naquele esquema: praia de dia e pousada à noite (porque nao sou de ferro e as pernas doem).
Acho que gosto sim de carnaval, mas um carnaval menos folião e mais reencontro. E você?

E se o tempo parou? (texto)

Tenho, às vezes, a impressão de que o tempo parou.

A Um Ausente (Carlos Drummond de Andrade)


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Templo é dinheiro (texto)

Recebi e, como não sou de quebrar corrente, mando pra frente.

Heliocentrismo - Hélio Schwartsman - Folha de São Paulo, 03/12/2009

"Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo.
Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Igreja Católica outra vez (texto)

Simone Scatizzo, de 79 anos, bispo aposentado de Pistoia (centro-norte da Itália) suscitou a ira dos grupos homossexuais italianos nesta sexta-feira (5) ao se declarar contrário a que os gays "declarados e ostensivos" possam comungar, ao considerar a homossexualidade "uma desordem, um pecado que exclui da comunhão".
Scattizo fez essas declarações ao portal de internet italiano "Pontifex.Roma". Ele disse que a homossexualidade "é uma desordem e que praticá-la e fazer ostentação da mesma é um pecado que exclui da comunhão".
No entanto, ele acrescentou que se um homossexual se aproximar dele para comungar não poderia se negar, já que não sabe se essa pessoa "teria se confessado, se arrependido e mudado de vida".

As palavras do prelado foram duramente criticadas nas páginas web dos grupos de gays, lésbicas e transexuais da Itália, assim como pelo presidente do maior coletivo gay do país, o Arcigay, Aurelio Mancuso, que denunciou uma "estratégia ofensiva e discriminatória do Vaticano".
Segundo Mancuso, "o Vaticano coloca na boca de bispos idosos aposentados as coisas mais horríveis contra os gays, com o objetivo de atacar a dignidade destas pessoas".
"O Vaticano de maneira hipócrita não tem nem sequer o valor de se expressar diretamente e levar sua guerra contra quem afirma livremente sua identidade. Os gays, lésbicas e transexuais fieis devem de deixar de lado esta igreja fascista, homófoba e cúmplice da violência", afirmou Mancuso em nota.
Da mesma forma que fez Scattizi, no passado outros prelados aposentados também se mostraram contrários a dar a comunhão aos gays, como afirmou o prelado emérito de Grosseto, Giacomo Babini, que qualificou a homossexualidade como "um pecado gravíssimo" e assegurou que ele jamais daria a comunhão "a alguém como Vendola".
Ele se referia a Nicki Vendola, presidente da região sulina de Apúlia, que se define publicamente como comunista e católico, e é homossexual declarado.
Babini também qualificou de "aberrante a prática da homossexualidade", disse que era um "vício contra a natureza" e se mostrou contrário a que as prefeituras financiem casas aos casais homossexuais.
Não foi o único, o bispo aposentado de Lucera-Troia, Francesco Zerrillo, disse há vários dias que "seria preciso convidar" os gays para não se aproximar da comunhão, "para não alimentar o escândalo da comunhão aos gays".
Nesse mesmo portal de internet, o cardeal mexicano e ex-ministro de Saúde vaticano, Javier Lozano Barragán, de 78 anos, afirmou no dia 2 de dezembro do ano passado que os transexuais e os homossexuais "jamais entrarão no Reino dos Céus, já que tudo o que vai contra a natureza ofende a Deus".

Domingo (texto)

Do latim dies Dominicus (dia do Senhor). Por influência religiosa, o primeiro dia da semana, aquele a que se deve dedicar à oração e ao descanso. Amado ou odiado por muitas pessoas. Tem aquele que odeia porque ele precede à segunda-feira e, geralmente, funciona, sobretudo nas pequenas cidades, como um feriado (não há comércio etc. e tal), além de lembrar o Faustão e o Fantástico, Gugu e Silvio Santos.
Eu gosto justamente porque é um dia de descanso. Justamente porque funciona como um dia especial (sem muito o que fazer). Porque posso acordo sem nenhuma obrigação (a não ser quando dou aulas na segunda-feira) e a qualquer hora. Por exemplo, são 11h04 e acabei de tomar o café da manhã. Posso ficar o dia inteiro fazendo o que eu gosto (mentira, né?). Ah, não importa muito se não posso fazer exatamente o que eu gosto, mas pelo menos não preciso fazer o que não gosto. E se isso não é um bom motivo para gostar de domingo...
Em Cascavel os domingos são muito iguais: almoço no shopping (que fica ao lado de casa) e depois um cafezinho (porque almoçar sem um cafezinho depois, não dá). Vezinquando, quando os amigos estão por perto, vamos ao Crostini (comida boa demais!!!), atendimento no mesmo nível. Ou quando estou bem descansado (isso pode acontecer até julho, mais ou menos) eu mesmo preparo a comida em casa.
Este ano tenho 2 bons motivos para isso (ganhei dois livros de receitas) e curto, mesmo que sozinho, experimentar. Não sou nenhuma Nanci, Sil, Sandro,Vanise, Rita Félix, Fátima ou Cris na cozinha (sei reconhecer), mas como o que preparo sem cara feia. Um bom domingo para todos!!!!


sábado, 6 de fevereiro de 2010

O mundo conspira (rs) (texto)

Estou em casa. O concurso não saiu. Melou totalmente. Achei quase tudo tão quente (inclusive o ar-condicionado do quarto), não gostei de trocar um jantar por pizza (fui até acusado, injustamente, de ser o único no mundo a não gostar de pizza), sem falar da distância entre a cidade onde moro e Santo Antônio da Platina, disseram que eu estava fazendo birra ...o concurso não saiu do papel. E não pensem que fiquei feliz. Não fiquei. A data será remarcada e lá estarei eu de novo.
Tudo aquilo pode ter sido realmente um pouco chato, mas conheci pessoas interessantes. Gente boa há em qualquer lugar que se vá. E tenho sorte em conhecê-las.
Bom ter ido a Santo Antônio da Platina.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu já estou com o pé nessa estrada, qualquer dia a gente se vê (texto)

Mal cheguei em casa e descobri que nem deveria ter desfeito a mala. Já estou outra vez na estrada. Que saco! Acabei de chegar, não descansei (não vi meus amigos) e em mais uma missão. Percorremos mais de 900 quilômetros, 7h de viagem, e em Santo Antônio da Platina. Nunca ouviram falar? Nem eu. Mas isso pouco importa. Vim para trabalhar e pronto.
A cidade é bem pequena. O hotel engraçado (seja lá o que isso signifique). Vamos sair agora para comer. Deus nos proteja! Preconceito? Não. Medo.
(...intervalo do jantar...).
Não sei se já disse que sou chato. Se não, lá vai. Sou chato. Odeio trocar jantar por pizza. Odeio pizza. Mas como sou minoria. 4 contra um. Fui à pizzaria. Comi picanha (tudo bem acompanhar, mas daí para um rodízio de pizza é muito).
Por enquanto é isso...Boa noite!

PANTA REI = TUDO MUDA (texto)

Recebi de uma grande amiga e vou compartilhar .

O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude, e o realista ajusta as velas. (Willian George Ward)

PANTA REI = TUDO MUDA
Compartilhando a arte e o ensinamento ao desapego.

É um trabalho impressionante dos monges budistas que fazem as mandalas de sal colorido. Feitas com o maior cuidado e com a maior dedicação, elas são desmanchadas logo depois de prontas para demonstrar a transitoriedade das coisas na vida, mesmo que elas exijam o maior esforço.  Assim é que nós devemos encarar o dia-a-dia. E sempre prontos para começar tudo de novo, se preciso for.

Perca o referencial de vez em quando.
Saia de sua zona de conforto.
oportunidade ao imprevisível.
Nada é mais certo do que a incerteza.
As coisas têm o valor que nós damos a elas..

"Panta Rei" é uma expressão do pensador Heráclito, que significa TUDO MUDA (tudo flui, nada persiste) - e ele usava como metáfora filosófica a ideia de pisar num Rio, que um milésimo de segundo depois de pisado, já não era mais feito da mesma água.

A Saúde - A nossa maior dádiva!
A Oração - A solução para os dias atuais com a Terra em transição!
A Paz -   Busque-a na sua Energia Vital, no interior do seu ser!
O Amor - O elo, a razão e o entendimento para tudo!
O Perdão - A ascensão espiritual!
O Trabalho - É o nosso estímulo!
A Humildade - É a sabedoria!
O Orgulho - é a maior DOENÇA da ALMA!

Porque a gente acredita, mesmo não acreditando muito, que vc está me protegendo

Faz quinze anos que vc nos deixou! Eu já era um homem. Vivia há um longo tempo longe de vc. Tive a sorte de conviver contigo por 44 anos. Um...