quinta-feira, 31 de julho de 2014

Saudade desse meu canto

Meu último mês em Portugal: a contagem é regressiva e em algumas semanas estarei de volto ao Brasil. Ando tão ansioso que estou com quase tudo pronto. E não é exagero, tenho apenas algumas roupas fora de malas porque não dá para andar nu por aqui. 
Hoje, fiz mais uma pequena arrumação para descartar as coisas que não serão mais úteis, além de mais uma revisão geral na papelada para encontrar coisas descartáveis que foram ficando por aqui por acreditar que eu iria usar, precisar, consertar etc.
Sei que a volta tb não vai ser muito fácil porque ela significa necessariamente retornar ao trabalho e encarar coisas as quais praticamente deixei de lado durante este ano: principalmente os problemas e gente que não faz falta alguma. Por outro lado, voltar à universidade tb significa encontrar muitos amigos e isso é sem qualquer dúvida importantíssimo porque a saudade é grande demais.
Vou sentir saudades daqui: seu Manuel, a Ana e D. Almerinda, a comidinha saborosa de todos os dias e aquele tratamento carinhoso de quem foi adotado por esses novos amigos portugueses. Além deles, um montão de gente que entrou na minha vida pela porta da frente do meu coração e que vou sentir falta: Irene, Manuel, Giorgia, Milton, Priscila (que ficam por aqui), Giuliano, Ismael, Ana, Roberta, Karen, Cacau (que terei mais chances de reencontrar num futuro próximo, no Brasil). Meu coração vai cheio de saudades de todos vocês.
E tb cheio de vontade de chegar para rever meus amigos, meu padrasto, meu cachorro, minha cidade, minha casa. Que saudade desse meu canto.

terça-feira, 29 de julho de 2014

terça-feira, 22 de julho de 2014

Grupo de Trabalho 9 - Discurso de Diversidade



GT 9 - DISCURSO E DIVERSIDADE

Este GT se propõe apresentar e debater questões afetas aos discursos sobre a diversidade sexual, diversidade de gênero e diversidade étnica. Como o discurso contemporâneo nomeia a alteridade? Se todas as práticas sociais e todas as práticas pedagógicas são interpeladas por discursos produzidos e produtores de significados que animam a cultura e o imaginário social, muito mais do que saber quem é o sujeito discursivo, torna-se imprescindível discutir qual a correlação de forças que o discurso circulante constrói. Nesse sentido, os discursos e as sua representações imaginárias acerca da diversidade sexual, diversidade de gênero e diversidade étnica, expõem as correlações de forças da luta de classe, ou apenas recobrem com uma retórica elegante e bem comportada velhas formas de opressão e de exclusão?

Existe tarde que deveria virar logo noite.


domingo, 20 de julho de 2014

Planeta dos Macacos - A Revolta

Bem, pra falar de A Revolta, falo da Série de TV dos anos 1970:  O Planeta dos macacos, cujos episódios eu acompanhava atentamente. Gostava demais apesar de já entender, aos nove anos, que aquilo não podia ser verdade. Era diversão e ficção.
Era fã da cientista Zira (quem não seria?) que se apaixonava pelo humano que acabou pousando num planeta dominado por macacos. Zira era um humano, apesar de sua aparência, e reproduzia todo estereótipo da mulher sensível e apaixonada.
Não há nada em comum entre os filmes dos anos 2000 e a Série. A tecnologia transformou não apenas as aparências mas as atitudes dos primatas quase humanos. Tinha naqueles idos anos um romantismo pairando sobre eles. E mesmo o assustador (seria hoje?) general Urko, o anti-herói, não era capaz das maldades tão humanas atribuídas aos macacos nos filmes posteriores. Além disso, os filmes não deram continuidade às ideias apresentadas pela Série: teriam sempre os macacos dominado o mundo?
Eu vi A Revolta ontem e achei divertido apesar de óbvio: sabe-se desde o início o passo a passo usado para produzir tb este longa.

sábado, 19 de julho de 2014

Da Série se encontra aonde não se busca

Hoje, mais uma vez, ouvi de alguém que conheço tão pouco e tão pouca intimidade tenho conselhos que vou levar para a minha vida. Não vou aqui, por motivos pessoais, escrever sobre eles (os conselhos), mas preciso documentar já que esse blog tb funciona como um diário que: 1) a vida é mesmo surpreendente; 2) a gente não ouve com clareza mesmo sabendo que precisa ouvir o que a gente já sabe; 3) nem sempre idade tem a ver com experiência; 4) sabedoria não tem nada a ver com escolarização; 5) o mundo é verdadeiramente pequeno; 6) estamos todos conectados, i.e., um dia a gente se esbarra. O ponto final é apenas para marcar uma pausa.
Tem uma poesia de Quintana que me é muito cara porque me remete aos tempos de adolescência, quando ganhei de um amigo um livro desse autor:

Uma alegria para sempre 

As coisas que não conseguem ser 
olvidadas continuam acontecendo. 
Sentimo-las como da primeira vez, 
sentimo-las fora do tempo, 
nesse mundo do sempre onde as 
datas não datam. Só no mundo do nunca 
existem lápides... Que importa se – 
depois de tudo – tenha "ela" partido, 
casado, mudado, sumido, esquecido, 
enganado, ou que quer que te haja 
feito, em suma? Tiveste uma parte da 
sua vida que foi só tua e, esta, ela 
jamais a poderá passar de ti para ninguém. 
Há bens inalienáveis, há certos momentos que, 
ao contrário do que pensas, 
fazem parte da tua vida presente 
e não do teu passado. E abrem-se no teu 
sorriso mesmo quando, deslembrado deles, 
estiveres sorrindo a outras coisas. 
Ah, nem queiras saber o quanto 
deves à ingrata criatura... 
A thing of beauty is a joy for ever 
disse, há cento e muitos anos, um poeta 
inglês que não conseguiu morrer."

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas...

Aí vc se pergunta, por quê? Pra quê? Qual o motivo disso e daquilo? E pensa muito sobre isso, pensa tanto que lá se vão quase 50 anos. Vai buscando respostas nos caminhos mais tortuosos porque supõe que elas só poderão estar lá. Onde mais poderiam estar As respostas para as suas dúvidas sobre todos os porquês?
Bem, aí, um novo grande amigo comenta uma foto sua e diz assim: "Vamos sentir muita saudade, espero ver amanhã você para tomar alguma coisa." E aí vc (re)pensa assim que isso tudo vale muito porque não estamos sozinhos.
E é isso: não são as respostas que movem o mundo

Não faz dez minutos e...

Não faz dez minutos que mudei a minha fotografia no Facebook, na verdade, não foi uma troca, acrescentei apenas uma barra, na qual aparece, em letras brancas numa faixa vermelha, Dilma 13, e já recebi alguns inbox de amigos comentando a troca: o mais engraçado foi - "Só podia mesmo estar morando no exterior, sabe nada sobre o que está acontecendo por aqui." 
Todos, me pareceu, são favoráveis à campanha do PSDB, atual oposição a esta candidata. Mas nenhum deles assume estar apoiando o candidato desse partido. Não vi ninguém com fotos, nenhuma barra com o nome do candidato etc.
Acho que, em geral, quem apoia o PSDB tem um pouco de vergonha de dar a sua cara a tapa, de mostrar quem é verdadeiramente o seu candidato. Ficam sempre inbox, quase sempre vivem nas sombras vigiando quem assume uma posição.
As únicas declarações que eles dão são para criticar o atual governo, mas não apresentam quaisquer motivos que justifiquem seus votos: o motivo sempre é o mesmo ou gira em torno do  lugar comum "Fora PT!". Tentam relacionar o PT com o comunismo, com Cuba, com corrupção: nem se envergonham de tamanha ignorância.
Não estou dizendo que não tenho críticas ao governo Dilma. Tenho muitas, tantas que não caberiam aqui neste post. Mas sei o que é ser governado pelo PSDB, conheço o atual candidato e sei do que ele é (in)capaz, por isso não voto, sem amarrado. 
Sei por isso como foi a transição do PSDB para o PT no governo do país, sei o que foi feito e, por enquanto, aposto nessa transformação.
Bem, a foto é gerenciada por mim, pertence ao meu perfil. Eu decido qual coloco, quando uso, porque uso esta e não outra. Não preciso de autorização de ninguém e muito menos de aprovação dos meus amigos da rede social. Cada um sabe (a)onde o sapato aperta.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Mistérios (Joyce)



Um fogo queimou dentro de mim
Que não tem mais jeito de se apagar
Nem mesmo com toda água do mar
Preciso aprender os mistérios do fogo pra te incendiar
Um rio passou dentro de mim
Que eu não tive jeito de atravessar
Preciso um navio pra me levar
Preciso aprender os mistérios do rio pra te navegar
Vida breve, natureza
Quem mandou, coração?
Um vento bateu dentro de mim
Que eu não tive jeito de segurar
A vida passou pra me carregar
Preciso aprender os mistérios do mundo pra te ensinar

Quanta saudade.

Hoje eu precisava ligar para D. Helô para conversar um pouquinho que fosse, dizer a ela apenas que não ando lá muito bem e ela, certamente, me diria qualquer coisa para me fazer rir. Depois, diria que anda tb com saudades e que não vê a hora de estarmos juntos. Não vejo a hora de estarmos juntos outra vez.

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia goz...