sábado, 20 de setembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

Encontraram-se uma, duas, 3 vezes. De repente, a vontade de se ver foi crescendo. Dias sim, dias não. Nos dias "não" uma saudade incontrolável foi tomando conta deles dois. Até que.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Da Série Contos Mínimos

"Num tempo suspenso" era esta a sua impressão sobre os últimos anos. Tudo lhe parecia ter se passado num outro plano. As peças não se encaixavam. As palavras não lhe faziam sentido. Tudo meio fora do lugar. Desconfiava até que não estava no seu melhor estado de saúde mental. 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fiquei perdido em um episódio de Arquivo X

Aos poucos vou tomando conta do meu dia a dia. Eu sabia que o retorno seria mais fácil do que a ida. E está sendo. Gosto de estar por aqui. Gosto de estar perto de mim mesmo. 
A sensação é a de que saí de mim por um tempo e a de que fiquei perdido em algum lugar, talvez num episódio de Arquivo X, sei lá. Esses primeiros dias estão sendo usados ainda para colocar em ordem a minha casa e a minha vida pessoal e profissional: quase tudo ficou suspenso.
Estranho ter que reaprender coisas mínimas. Nem vou contar aqui porque beira o ridículo. Não encontro alguns objetos e outros me deixam surpresos ao encontrá-los.
Os alunos estão dispersos demais. Não os vejo. Os amigos estão mais presentes. Isso é bom. Gosto dessa rotina meio atrapalhada de (re)início. 
Encontro pessoas que não sabiam que eu estava fora, mas que sentiram a minha ausência. Como isso é estranho! Sumi e pronto. Voltei e pronto tb. 

sábado, 13 de setembro de 2014

Dá Série Contos Mínimos

dos poços. Qualquer visitante que chegasse, enxergaria somente poços ...De repente, a gente acorda dentro de um poço. E fica por um tempo tentando descobri como/quando foi parar ali. Aquele buraco tão fundo, úmido, escuro, escorregadio e sem ninguém por perto. 
Não é que não se saibam os motivos, todo mundo sabe deles. Mas é que se vai empurrando com a barriga, fingindo que consegue dar conta dele, pensando que é fácil sair dali sem arranhões. 

domingo, 7 de setembro de 2014

Ácaros gigantes

A minha casa é uma ilha rodeado por ácaros gigantes, feios e assustadores. Tão assustadores que não consigo respirar, dormir, ficar em casa sem achar que estou me esvaindo em espirros.
A casa deveria ter sido limpa, pelo menos, uma vez por mês, mas pelo visto a limpeza se deu apenas alguns dias antes de eu chegar. 
Estou mergulhado nesse mar de poeira e infectado por esse cheiro de coisas guardadas.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...