quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Força Estranha (música)


"E a coisa mais certa de todas as coisas não vale um caminho sob o sol."
(Força estranha - Caetano)

Rain Man (texto)

Quanto tempo não chove em sua rua, bairro, cidade, estado, país, continente? Se mais de 3 dias, me contrate, sou o homem-chuva. Por onde eu passo cai toda a água do céu. Não sei se fiquei devendo alguma coisa à Iemanjá, a Oxum, a Obá, a Logunedé, a São Pedro, à Inaê, à Janaína, mas sei que faço chover. Estive em três estados e em quatro cidades nesses dois últimos meses e bingo: choveu por onde passei. No Rio de Janeiro, chuva; em Santa Catarina - Florianópolis - chuva; em Curitiba (tb não seria novidade), chuva e agora de volta a Cascavel mais chuva. Por favor...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

C’EST FINI (texto)

Na verdade ainda não acabou o carnaval, o horário oficial é meia noite de terça-feira, mas o clima chuvoso não deixa dúvida de que o feriado de carnaval acabou mesmo. Entre mortos e feridos salvaram-se quase todos! Não se pode reclamar depois de um domingo cheio de sol, de reencontros com velhos amigos, de sombra e água fresca (claro que tudo tem um preço e por aqui é bem caro) de uma terça-feira chuvosa e cinzenta. Pior seria ficar em casa curtindo o carnaval sozinho diante da TV. Não, acho que essa comparação foi muito forçosa. Pior seria se tivesse chovido todos os dias...pronto redenção total.
O saldo, e não o salto, é positivo e operante. Agora é pensar na aula de segunda-feira.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ida Gomes (texto)

Triste surpresa saber que a atriz Ida Gomes foi enterrada nesta segunda-feira. A lembrança mais antiga que tenho dela é em "O Bem Amado", eu era bem pequeno, mas como muitos capítulos da novela foram gravados em Sepetiba, bairro do Rio em que meus avós moravam, eu me divertia e acompanhava de perto "Dorotéia", uma das "Irmãs Cajazeiras". Vi ainda alguns filmes, lembro-me agora de "Copacabana" e, em 2003, da peça "Tio Vânia". Não sei ao certo quantos anos de carreira tinha, mas de qualquer forma, atuou ativamente na TV, no cinema e no teatro, além de ser a dubladora oficial de Bette Davis. Fica então essa notinha como forma de homenagem e de lembrança dessa grande atriz nascida na Polônia, criada na França até os 13 anos e brasileira de algumas décadas.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A minha alegria atravessou o mar (texto)

Hoje foi um dia especial, (re)encontrei amigos de longas datas. Muito bom ver que as pessoas estão bem e ainda acreditando no carnaval como forma de confraternizar. Esta festa na Ilha foi a oportunidade de encontros especiais: novos amigos, velhos amigos, novos-velhos amigos. Um dia cheio de sol, de mar tranquilo, de música, de caipirinha, de riso frouxo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Blá Blá Blá (texto)

Chegamos à Ilha por volta das 15h. Um sol intenso na estrada. O trânsito tb intenso, mas sem congestionamento. Foram 4h de muita conversa. Gosto de ouvir quem tem o que dizer. A conversar é um dos melhores passatempos e por que não dizer prazeres. Falar muito nunca é sinônimo de falar qualquer coisa quando se encontra alguém que observa o cotidiano, que se observa o tempo todo e consegue, o mais complicado, transformar o visto em palavras.
É claro que poucas pessoas têm essa capacidade, mas eu, homem de sorte, conheço muitas delas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Entre o eu "auto-afirmação" e o "arrogante" (texto)

Hoje, no almoço com alguns amigos, lembramos de casos de pessoas que adoram a primeira pessoa do singular como o tema central de qualquer conversa: "eu posso, eu faço, eu consigo, eu trabalho, eu vou, eu fiz, o meu é assim, o meu é assado, o meu faz mais sucesso, eu sou reconhecido etc. etc. etc." Cada um de nós teve um caso para relatar: desde a amiga de uma amiga que não se conformava com o sucesso alheio, ou seja, que não fosse seu próprio sucesso, a ponto de chegar para uma visita e, antes mesmo de cumprimentar a dona da casa, perguntou se o apartamento tinha sido comprado à vista ou financiado, até um conhecido meu que, dia desses, num telefonema eu consegui contar 30 usos do "eu" numa conversa de 10 minutos por telefone.
É interessante notar, se é que existe fato interessante num situação dessas, é que o outro (aquele que usa o "eu" o tempo todo) não consegue ouvir nada que não seja a sua própria história, seu próprio umbigo e quer o tempo todo o centro do picadeiro. Carência, insegurança, auto-afirmação, narcisismo, arrogância ou seja lá o que for só produz efeito se tem plateia. Por isso, acredito, temos uma parcela grande de culpa quando contribuímos com esses comportamentos. Dar atenção para uma criatura como essa é mesmo alimentar a fome do outro.
É um desvio sério de comportamento: um gato que se vê leão, e pior, um gato que quer ser visto como leão. Da mesma proporção, acredito, considerando às diferenças, o magro que se vê gordo, o bonito que se vê feio, o mentiroso compulsivo e por aí vai.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mas também há dias... (texto)

Da mesma forma como as coisas boas passam, passam tb as ruins. E hoje já é outro dia. Dia desses uma grande amiga me falou daquele presentinho chinês, aquele pedacinho de papel dobrado com a seguinte frase escrita: "Isso também vai passar." e que a gente deve abrir ou quando estiver muito triste ou alegre demais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Há dias que (texto)

Hoje o dia foi bem ruim. Faz tempo não me sinto dessa forma: desanimado, sem ânimo para nada, vontade de nem ter saído da cama, nada me agrada, nem música consegui ouvir. Desses dias que a gente tem vontade de pular e acordar no dia seguinte pra ver se faz mais sentido estar por aqui (aqui é igual a qualquer lugar). Mas nem isso é possível porque apesar da gente estar se sentindo esquisito o mundo continua rodando da mesma forma.
Nem posso dizer que a chuva tem alguma culpa, o mal tempo, o céu nublado, as ruas molhadas. Já vi dias bem piores. Estou com uma sensação de nada feito. Talvez se eu pudesse falar com alguém sobre isso...se eu conseguisse me concentrar num filme...se eu tivesse vontade de TV...mas nada está onde devia agora.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

As pernas curtas da Mentira ou Verdades que se tornam mentiras por associação (texto)

Longe de mim querer ser o guardião da moralidade, longe nem seria o advérbio mais adequado porque se sou moralista sou tb equivocado. Sei que mentira compulsiva é doença. Convivi alguns anos com um grande amigo (e o fato dele ser mentiroso não afetava a nossa relação) que mentia de formas diversas e sobre tudo: da doença terminal de sua mãe ao salário que ganhava numa multinacional que acabara de contratá-lo como assessor de imprensa; do assalto que sofrera dentro de sua Ferrari à comida contaminada no Celeiro; do namoro com um global à viagem à Grécia. E por aí ela ia contando para si mesmo (porque ninguém mais acreditava em suas histórias) essas suas façanhas. Quanto eu estava de bom humor eu ouvia atenciosamente, quando meu humor não era dos melhores eu simplesmente ouvia o que ele falava.
Hoje, ao ler na Revista Época que a brasileira, aquela que se disse atacada por neonazistas na Suíça, tinha um passado que a condenava em relação às mentiras que contava aos amigos do trabalho, me lembrei desse cara, e me lembrei tb que quando ele sabia que nós sabíamos de suas mentiras ele mentia novamente nos dizendo que estava em tratamento para deixar de mentir. Outra mentira para justificar as mentiras anteriores. Ele nunca se tratou. E era de tal forma doente que acreditava mesmo naquilo que dizia e isso fazia, às vezes, com que fosse mesmo convincente. Ele se meteu em vários problemas por conta disso, um dos mais comuns era se esquecer do que havia inventado e ter que se explicar quando era surpreendido. Passava grandes vergonhas e ainda assim, por ser doente, não se conscientizava do que acontecia.
O fato da brasileira ter mentido aos amigos sobre a morte de um ex-marido num acidente de avião ou a mentira sobre a sua gravidez não significa que ela não tenha sido atacada por neonazistas, mas põe em dúvida qualquer outra história que ela venha a contar.
Casos como esse, o do meu amigo, seriam necessários alguns encontros com um psicanalista para que eles pudessem encontrar a origem desse comportamento, mas para isso, seria necessário que ele estivesse disposto a se tratar. Ele nunca se meteu em problemas como este da brasileira que envolvera até o presidente da república, o ministro das relações exteriores, jornalistas e todos nós, de alguma forma, mas se tivesse oportunidade, não duvido de que faria alguma coisa semelhante.

Volta às aulas (texto)

Hoje as aulas recomeçaram. Sempre, todos os anos (não me lembro de um que tivesse sido de outra forma), o primeiro dia é muito estressante pra mim. Começo a não dormir direito no meio da semana anterior só de pensar que estarei diante de uma turma desconhecida, muita gente quieta me olhando e eu sendo o que deve falar. Em geral é isso que mais me incomoda, a falta de intimidade com os novos alunos e a obrigação, portanto, de ter que falar praticamente sozinho. O resto é rotina, apresentação do plano de aula e um pouco sobre o disciplina. Pouco se faz nesse primeiro dia além de saber o nome dos calouros e o que eles esperam do curso.
Além disso, ter que controlar os veteranos para não permitir que invadam a sua sala para os trotes. É uma tarefa quase impossível explicar que a decisão não é sua, que a universidade é que decide pela proibição das tintas, dos cortes de cabelo, das amarrações etc. dentro dos limites do campus.
Na verdade é uma tarefa em vão porque os veteranos sempre acabam encontrando os calouros e colocando em prática tudo aquilo que eles vinham planejando desde que entraram na universidade e foram as vítimas da vez. É um ciclo que não acaba porque a cada ano eles querem se vingar do trote do ano anterior. Todas as sugestões de trotes culturais tb são em vão porque "não foi desse jeito que fizeram com a gente", eles argumentam. O bom de tudo isso é que o primeiro dia de aula sempre acaba e aí entramos na rotina das aulas semanais.
As férias acabaram!
Ps.: O trote cultural é aquele em que os veteranos organizam, além de comes&bebes, apresentação de música, teatro, poesia, do CA, dos professores, da coordenação do curso, do funcionamento da universidade, dos direitos e deveres do acadêmico e por aí vai.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Chávez e as reeleições (texto)

A Venezuela vai às urnas hoje para decidir se amplia ou não a possibilidade de reeleição por tempo ilimitado. O Governo afirma que votar pelo "sim" é votar a favor dos direitos do povo, (venezuelano e venezuelana) é tornar possível que qualquer um possa, por voto direto, se reeleger ad aeternum. A oposição, por sua vez, diz que votar sim é votar na ampliação dos direitos de reeleição de um venezuelano: Hugo Rafael Chávez Frias. E tem investido na campanha pelo "não" apostando no fato do voto ser secreto e à prova de fraude.
Caso seja aprovada a ementa, Chávez poderá concorrer em 2012, quando estará a quase 14 anos como presidente do país. As pesquisas de opinião dão vantagem ao "sim".
Interesses à parte, além é claro de outras questões, tais como educação, por exemplo, quem decide quem fica ou quem sai são os votos. O fato de ser possível a reeleição não deveria querer dizer que Chávez, Lula, FHC ou quem quer que seja, se perpetue na presidência de um país, no senado, na câmara etc.. O que definiria a permanência ou não seriam as suas propostas, as suas políticas o seu governo anterior.
E poor falar em permanência no poder, quem é mesmo o presidente do Senado?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Neonazistas, automutilação, gravidez, autoridades brasileiras, policiais suíços (texto)

A indiferença da polícia suíça à brasileira atacada por neonazistas em Zurique se deu por conta de possíveis dúvidas quanto à veracidade da história contada pela advogada. O fato de não ter sido detectado em dois exames a gravidez declarada pela moça reforça ainda mais a desconfiança de sua versão dos fatos. O pai da advogada criticou a polícia e a acusou de tentar transformar a vítima em réu. A cônsul brasileira Vitória Clever admitiu ter se surpreendido com o resultado dos exames, no entanto afirmou que a brasileira é bastante firme em seu relato e em nenhum momento pareceu estar inventando o ocorrido. Ressaltou, ainda, que a investigação não está concluída e que prefere esperar por sua conclusão.
Autoridades suíças acreditam que os ferimentos tenham sido provocados pela própria brasileira por conta da simetria dos cortes e pelo fato de se encontrarem em áreas do corpo ao alcance das mãos de Paula, mas afirmaram não ter 100% de certeza nessa crença.
Outros casos semelhantes já ocorreram na Suíça e na Alemanha, casos de automutilação com queixas de ataques neonazistas.

Porque a gente acredita, mesmo não acreditando muito, que vc está me protegendo

Faz quinze anos que vc nos deixou! Eu já era um homem. Vivia há um longo tempo longe de vc. Tive a sorte de conviver contigo por 44 anos. Um...