terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mesa do trabalho (texto)

Incrível como de repente todos os trabalhos chegam ao mesmo tempo sobre a minha mesa. Tava lendo o texto da Cris sobre o fechamento do mês e a sua mesa tão cheia de coisas que ela mal conseguia encontrar o que queria.
Hoje, num minuto e meio, todos os papeis chegaram, todos os CD´s chegaram, todos os pen drives chegaram, todos os telefones tocaram e todos os alunos me procuraram e eu ali enrolado, sem saber por onde começar e muito menos se eu daria conta de tudo aquilo.
Quando me encontro nesta situação a vontade maior é a de largar tudo e dar uma volta na quadra, é assim que eu faço quando estou corrigindo as provas e elas não estão boas. Nunca surte o efeito esperado, porque o que gostaria era de que, depois da volta, tudo fosse resolvido.
Saí mais cedo do trabalho porque a cabeça ficou tão quente que eu não via nenhuma possibilidade de dar conta do que havia para fazer. Amanhã começo mais cedo e espero, mesmo, que, com calma, eu coloque tudo no seu lugar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ti-Ti-Ti (texto)

Eu vejo novelas. Na verdade não vejo sempre, mas vezinquando acompanho alguma, sobretudo se ela for divertida. Assisti Caras & Bocas, penúltima novela das 19h (Rede Globo), que era divertidíssima, além (e por isso) de um elenco de primeira.
Agora estou acompanhando, sempre que posso, Ti-Ti-Ti.  A novela é demais! Hoje o capítulo foi muito bacana. Cláudia Raia (não sei ainda o nome da sua personagem) deu um show de comédia! Foi, depois de destruir a casa do seu ex-marido, parar no xilindró e com as companheiras de cela fez a festa. Deu uma aula de alta-costura para as presas e apresentou o mundinho fashion. Ri muito. Indico para quem quer se divertir.
A novela foi veicula pela primeira vez em 1985 e foi escrita por Cassiano Gabus Mendes. Esta versão é escrita por Maria Adelaide Amaral e engloba tramas de Plumas e Paetês (1980) e Elas por Elas (1982), novelas também escritas por Cassiano.
O elenco é praticamente o mesmo de Caras & Bocas, ou seja, muito bom. Uma pena que Suzana Pires não esteja nesse grupo. De toda forma, vale à pena ver de novo.

sábado, 31 de julho de 2010

Amor sazonal (texto)

Às vezes reclamo demais da vida! Mais do que realmente devia. Fui privilegiado em vários sentidos, sobretudo no que diz respeito aos amigos. Hoje reencontrei, aqui nesse mundão virtual, uma grande figura que faz parte dessa sorte toda de tanta gente mundo afora.
Na verdade, fui encontrado, mas isso não desmerece, em nada, aquele privilégio dos grandes amigos. Dessas pessoas especiais que esbarrei, e continuo encontrando, nesses caminhos todos.
Fazia um tempão que não nos comunicávamos. Ele no Rio eu em Cascavel. E apenas um fio nos ligando. Até que num curto circuito faíscas acenderam, sabe-se lá porquê, as estradas e nos vimos.
Somos sazonais: às vezes próximos, às vezes distantes, mas o carinho que tenho por ele é constante, não tem tempo ruim e nem estação específica.
Sorte a minha, minha vida ter cruzado com a dele num momento.

Pé na estrada (texto)

Mal cheguei do recesso de julho e já estou com o pé na estrada. Uma viagem longe e, o pior, a trabalho. Saímos de Cascavel às 9h (em ponto) e chegamos a Wescenlau Brás às 17h30 (não me perguntem nada sobre a região, a população, o tamanho da cidade, porque não sei onde estou).
Para os meus companheiros de viagem, o trabalho já começou. O meu inicia hoje às 14 e vai até amanhã, quando pegamos a estrada mais uma vez para retornar a Cascavel.
Minhas pernas estão podres. 8h sentado num carro, ainda que confortável, não é a melhor posição para pernas que já não funcionam como antes (adoro um drama!)
Já que tenho a manhã "livre", aproveito para ler uma dissertação de mestrado, ou seja, otimizar o tempo, já otimizado, é essencial.
É isso. Que todos nós tenhamos um bom final de semana.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aderindo à campanha (texto)

Esquecido em uma casa de chá na Inglaterra, um ursinho de pelúcia ganhou uma página no Facebook para ajudá-lo a voltar para casa.
A página chamada "I'm lost. Help me find my family" ("Estou perdido. Ajude-me a encontrar minha família") foi criada pela dona do estabelecimento na cidade de Thorpeness, Liz Everett, e já ganhou o apoio de mais de 1,3 mil internautas.
No perfil, ela colocou fotos do bichinho, chamado de "Meare-Kat", na praia, passeando de barco e "tomando sorvete", entre situações. Na descrição, explicou que o brinquedo foi esquecido no domingo, dia18.
Na mensagem mais recente postada no mural, nesta quinta-feira (29), um agradecimento às pessoas que aderiram à campanha: "1000 pessoas. Não esperava por isso. Obrigado a todos. Mas, por favor, continuem divulgando e tenho certeza de que estarei em casa em breve".

terça-feira, 27 de julho de 2010

Um dica (texto)

Comprei o CD Raconte-moi de Stacey Kent. Se fosse vinil já teria furado.

Chorei, chorei, até ficar com dó de mim (texto)

Voltei. O coração partido (não dá para não ser exagerado!) . Minha vontade era a de ficar pelo Rio. Foram ótimas as duas semanas. Não me conformo em ter que trabalhar.
Queria ter vindo de férias, mas não foi bem assim. Sabe que até arrisquei na mega-sena. Ah se eu ganhasse. rs.
Voltava apenas para me despedir dos alunos, dos amigos. Que meu reitor não me leia.
Enfim, férias encerradas. Agora é encarar o semestre.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Esperando ainda (texto)

Parece que chego em casa ainda hoje. Estou, faz alguns minutos, em Curitiba (faz frio) e a aeronave que fará o voo para Cascavel chega por aqui às 21h22. A previsão é chegar no interior às 22h45 (será?).
Já tentei seguir o conselho da Cris, olhei pro lado, tentei um sorriso, mas o cara (um único amigo em potencial) não foi muito receptivo, melhor continuar aqui escrevendo um pouco mais.
De qualquer forma, saber que posso chegar em casa, ainda hoje, me animou.

Espera (texto)

Continuo no aeroporto esperando para embarcar. Meu voo, cancelado ontem, sem menos nem mais, continua uma incognita. Já devia estar trabalhando, já devia estar organizando uma prova, um curso para quarta-feira, mas continuo sentado aqui numa sala de embarque lotada sem notícias.
Não sei de chuvas, não sei de ventos, não sei de nenhuma catástrofe que justifique tanta demora. Já tomei café da manhã, almocei, café da tarde no aeroporto. Espero apenas não jantar.
Já briguei tb em virtude da demora. Pelo jeito não adiantou. Já ri tb porque me sinto perseguido pelas empresas aéreas. Sempre, sem exageros, tenho problemas para chegar e voltar.

domingo, 25 de julho de 2010

Peixe - (Luís Capucho)

Eu vivo só mergulhado
O céu cai como um mar entre os edifícios
E eu ando na rua embaixo feito um peixe
Ouço sem pensar os ônibus passando
Os carros passando
Resolvo entrar num bar
Você olhou pra mim
Meu coração parou
Peço uma coca
Será o que você viu
Será o que você quer
Eu preciso de alguém
Eu preciso de alguém
Eu preciso de alguém assim como você
Alguém que olhe desse jeito
Desses que ficam junto no dia frio.

sábado, 24 de julho de 2010

A alma do artista (texto)

Acabo de chegar em casa de mais uma sessão (segunda) do documentário sobre os Dzi Croquettes (trupe intrépida da década de 70/80 que revolucionou o espetácula de dança no Brasil). Mas não é sobre o documentário que vou escrever.
É claro que se assisti duas vezes ele, no mínimo, me bateu de alguma forma inesperada. Saí dessa segunda sessão com vontade de voltar no tempo e viajar com a trupe.
O que quero escrever é sobre a alma do artista. Não sei se consigo traduzir esse sentimento em palavras. Sei perceber isso, mas talvez não consiga expressar-me como gostaria/deveria.
A alma do artista não pertence a tempo nenhum. Ela não pode ser explicada. Não tem rótulos. Essa alma está aberta a todas as novidades, sem exceção. Não existe limite nem censura: tudo é possível.
Ela nunca diz não, ou melhor, ela sempre está pronta pro novo. Seja ele o que for. A arte é um estado de espírito. E são poucos os que conseguem se despreender a ponto de permitir.
Conheço (e olha que conheço gente!) apenas duas pessoas com esse talento, com essa abertura pro novo, com a disposição para ver aquilo que ainda não se estabeleceu: a Valdeci e o Êmerson. Fiquei matutando durante algum tempo até chegar a esses nomes.
Impressionante (acabo de me dar conta): os dois são professores de literatura, mas não é isso que os define, nem isso suficiente para que as suas almas estejam abertas, escancaradas. Eles têm uma sensibilidade fora do comum para entender o desejo do outro. Corre sangue em suas veias e o mais interessante é o fascínio em relação as possibilidades que, às vezes, não estão claras nem mesmo para os envolvidos na situação. Eles se encantam com o novo. E são capazes de, nesse encantamento, entender o avant garde. Não há espaço, nessa alma, para o medo da concorrência, isso não existe porque o mais importante é a superação.
Eu precisarei reescrever isso algumas vezes, porque não consegui dar conta do que eu havia pensado.
Eu não tenho alma de artista, sou um censor. A alma do artista é livre e por sê-lo liberta.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...