terça-feira, 15 de março de 2011

Gastroenterite (texto)

Pronto, soube hoje que tive uma gastroenterite (inflamação das mucosas do estômago e dos intestinos). Já medicado, já fora da cama, já não tão sem força, já com pouca febre, e o melhor, sem dúvida quanto à indisposição. Fiz exame de sangue e urina e o médico já me deu (incluído no preço da consulta) o diagnóstico.
Hoje eu já acordei melhor, sem aquele cansaço do final de semana que me dava forças apenas para me manter deitado.

domingo, 13 de março de 2011

Indisposição total (texto)

Não sei se o corpo passando por uma ressaca pós-carnaval, não sei se comi alguma coisa que me fez mal, ou se deixei de comer e isso me  derrubou, sei que esses dias pós-folia não foram nada fácil. Tô melhorando um pouco agora, à noite. 
Sábado amanhaci bem e fui dar aula, mas não levei bem o dia. Ainda no final da manhã me senti tonto. E fiquei tonto o final de semana inteiro.
Pensei até na possibilidade de dengue, mas felizmente não. Não fiquei tão debilitado assim. Sem força até para sair e almoçar ou jantar. Me virei com o que tinha em casa. 
Sabe aquele tipo de gente que tem um tomate na geladeira e consegue fazer uma bacalhoada? Pois é, não sou esse tipo de gente. Comi mesmo o tomate.
Hoje tinha churrasco do primeiro ano. Coloquei maior fogo para a garotada participar e não consegui sair da cama. Amanhã já é segunda e me sinto ainda na sexta-feira à noite, vontade apenas de dormir.
Se continuar assim tenho que ir ao médico para descobrir o que se passa. Médicos se não descobrem o que a gente tem, dizem que é virose. Fico bravo quando me dão essa resposta. Como assim, cara-pálida? Melhor seria, acordar bem amanhã.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vestígios da folia (texto)

Ainda continuo cansado dos dias de carnaval. Cheguei ontem e hoje ainda tem vestígios da festa em casa. Colocar-se em ordem não é tarefa pra um dia. Fazer ou desfazer a mala não é, definitivamente, a melhor parte das viagens. 
Não consegui entra no ritmo do trabalho funcionário-público que bate cartão e cumpre horário. O pior é que os compromissos não aguardam vc se recuperar. 
Ontem mesmo caí numa dissertação, restam 4 até final de março, ou seja, uma por semana, sem intervalo ou tempo pra respirar. E pra quem não curte trabalhar final de semana, não me restou muita alternativa.
E pra piorar essa situação, me convocaram pra 4 aulas no sábado. Ou seja, preciso, ainda hoje, preparar aula e exercícios, do contrário, os alunos morrem de tédio com tanta teoria.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cacá, Dadvânia, sombrinha, Santo Antônio de Lisboa, carnaval, fim de festa (texto)

O carnaval acabou. Foram 5 dias de festa, praia, sol e amigos por perto. Florianópolis é uma cidade especial. Além das praias lindas, o clima  friendely, a sorte de conviver com o Cacá (ligado nos 220w  assim que acordava e nos 680w no final do dia) e tantos outros amigos numa mesma casa. 
O clima por lá não era nada familiar, quer dizer, apenas o café da manhã lembrava uma casa, digamos, mais conservadora. Os horários tb não eram nada católicos, as refeições inexistiam, mas a caipiroska batia ponto todos os dias.
Conviver com 8 pessoas num mesmo espaço tem lá as suas desvantagens, todos nós sabemos que dividir banheiro e quarto não é fácil, mas em se tratando de 9 pessoas movidas pela vontade de se divertir, o clima não esquentou em nenhum momento dentro de casa. Bem ao contrário, enquanto um comprava os pães para o café, o outro colocava a mesa. E assim fomos nos (des)organizando durante o carnaval.
O melhor de tudo é sempre o riso fácil. E isso esteve sempre presente. Dadvânia, quando aparecia, não nos deixava sem uma boa gargalhada. 
Cacá, pra variar, roubou a cena: suas tiradas filosóficas, sua sombrinha inseparável, suas filhas (Jaqueline e Comprida) levando a culpa por tudo nos divertiam o tempo todo. A Tia, a Paula Poste tb deram o ar da graça.
O bom da festa na Ilha da Magia sempre é a praia, o local de confraternização. Frequento Floripa desde 2000 (e vai é tempo) e a cada ano sempre acho o carnaval melhor.
Neste ano, conheci um pedaço especial da ilha: Santo Antônio de Lisboa. Vontade de morar por lá. Me lembrou Parati, no Rio de Janeiro, consideradas as proporções. Um bom peixe como prato principal, o camarão como entrada num restaurante na beira da praia. Alguém precisa de mais alguma coisa?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Em defesa da defesa (texto)

Não há dissertação ou tese que não tenha problemas. Futucando bem, todo mundo tem pereba, marca de bexiga ou vacina...só a bailarina que não tem*. Isso é já-dito.
Todos nós sabemos, porque isso faz parte do nosso dia a dia, que erros de digitação, concordâncias mal feitas, empregos de palavras equivocados, conceitos mal entendidos, parágrafos longos, também fazem parte de quase todos os trabalhos entregues.  Mesmo os que passam por uma revisão daquelas. Acho que não há dúvida quanto a isso. Acho.
No entanto, o que não se deve achar tão comum é uma defesa sem defesa. Vou me explicar melhor. Quando um componente da banca aponta algum engano no nosso trabalho, e esse engano é legítimo, mas não foi percebido a tempo, ele deve ser explicado. Ninguém tem a obrigação de ser perfeito, mas uma dissertação/tese deve ser explicada.
Não se pode fingir que não se tem o que dizer. Isso é vergonhoso. Não tenho dúvida. Quem faz o apontamento está aguardando uma explicação sobre a leitura feita, sobre a palavra mal empregada, sobre a bibliografia que não apareceu, sobre a conclusão a que se chegou.
Não se pode receber, nessas ocasiões, um puxão de orelha da mesma forma que se recebe um elogio. A cara para o puxão deve ser uma e para o elogio, outra. Não se engane!
O momento de uma defesa é um momento único, já dizia a minha ex-orientadora: É o tempo que nós temos para falar a respeito daquele trabalho realizado. Ou vc toma as rédeas e se torna o responsável pelo que entregou ou não vai para a defesa.
O que não dá, e isso é realmente inaceitável, é para se calar diante de equívocos, se houver, como se eles não existissem.
*Ciranda da Bailarina (Edu Lobo / Chico Buarque)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Atravessamos o deserto do Saara (texto)

Ainda que meu exílio político dure quase vinte anos e seja bem aqui no Oeste no Paraná, mais precisamente em Cascavel, minha cabeça continua no ritmo de uma cidade, relativamente mítica, acidentalmente distante, absolutamente presente na minha constituição.
Às vésperas da maior festa carioca meu coração anda batento na cadência do samba. Mas o resto do corpo, incluindo aí até as  partes que não andam muito bem, como as pernas, por exemplo, anda forçosamente no compasso do trabalho.
Por aqui não se fala em carnaval, não se respira carnaval, não se ouve carnaval. Tudo continua como se ele sequer existisse. Nem aquele batuque ao longe, como eu estaria possivelmente ouvindo, do Bloco das Quengas, meus vizinhos mais ilustres na Lapa, se materializa nos meus sonhos. Na-da.
Nem ruas interditadas para os blocos que insistem em sair antes do sábado de carnaval (Sábado de carnaval existe? Perguntariam uns.). Nem um ensaiozinho do Bloco da Preta no Circo Voador às quartas-feiras. Apenas planos intermináveis para esta semana, aula, defesa de mestrado, grupo de estudo, projetos, processo de transferência externo etc & tal.
Como é que se pode pensar tanto em trabalho num momento único como este? Carnaval acontece apenas uma vez por ano (minha gente), são 4 diazinhos que exigem concentração, preparo físico, espírito de folião. E isso não se consegue assim de véspera como um passe de mágica: amanhã é sábado de carnaval e eu acordei animado. Não! Não é assim que a banda toca. Carnaval exige força na peruca, passagens pelos brechós, encontros com Vanise, idas à Ipanema, conhecimento musical, ou seja, um amontoado de grandes detalhes que nos dão o tom da festa.
Beleza, não tem mesmo jeito. Não vai ser esse texto que vai produzir nos meus chefes: João, Sanimar, Cida, Helenita, Cascar e Alcebíades uma outra organização do trabalho em função da festa que acontece a sei lá quantos quilômetros. Conformado (nem tanto) volto à leitura de uma dissertação porque a defesa é quinta. Bom carnaval pra quem é de carnaval!

Da Série Contos Mínimos

Conectava-se a cada instante na esperança de encontrar a mensagem que insistia não chegar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Alegre (para Caio Fernando Abreu)

Ontem, soube, através de uma mensagem pessoal no Messenger de um amigo de Porto Alegre, que fazia 15 anos da morte de Caio Fernando Abreu, autor  (contos, romances) que fez a minha cabeça nos anos 80/90 e continua fazendo a cada vez que releio algum escrito seu. 
E agora ouvindo um CD da Vânia Bastos, Belas e Feras (1999), no qual grava músicas compostas por mulheres, encontrei a música  Alegre de Adriana Calcanhotto que homenageia o escritor gaúcho.
E como forma tb de relembrar o Caio, posto a letra aqui (pena eu não ter encontrado a música na web.):

Alegre
Hoje tem uma alegria em mim
Hoje eu acordei alegre
Nem nada mudou tanto assim
mas qualquer coisa em mim
urge
arde em febre
Hoje serei enfim
quem você quiser de mim, me leve
que eu hoje vou dizer: sim
ao que quer que me espere
me espere
(Adriana Calcanhotto)

Da Série Contos Mínimos

Não havia antalhos entre nós. Ele estava no início da sua vida e eu no final da minha.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...