Eles sabiam que esquecer é um exercício necessário e perigoso. É fundamental esquecer, mas não se pode esquecer do que foi esquecido. Há, assim, o risco de, ao não lembrar, acontecer outra vez.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
2012: O ano do Dragão
Em 2012, que é o Ano do
Dragão, o Ano Novo Chinês se inicia em 23 de janeiro e termina no dia 09
de fevereiro de 2013. Segundo os chineses, em um ano do Dragão o Céu e a
Terra estão em equilíbrio e, por isso, o sucesso é possível de ser
alcançado, se houver determinação, ousadia e empenho.
O espírito indomável do Dragão tornará tudo maior. Teremos energia adicional e combustível para fazer de 2012 um ano marcante.
Outro aspecto positivo deste ano é que será bom para negócios e dinheiro, que poderá ser gerado ou obtido facilmente. É o momento de pedir ao gerente um empréstimo ou pedir para o chefe um aumento. Mas com os grandes gastos, aqueles que ultrapassam os limites do razoável. O poderoso Dragão não é muito prudente. Com ele é tudo ou nada.
Os orientais consideram que este é um ano auspicioso, bom para casar, ter filhos ou começar um negócio novo, porque o Dragão benevolente traz a boa fortuna e a felicidade.
Entretanto, este é também um momento de moderar o nosso entusiasmo e de olhar duas vezes antes de dar um salto maior que as pernas. O afortunado Dragão rega com a sua sorte indiscriminadamente tudo, inclusive nossos erros. O sucesso e as falhas serão ampliados da mesma maneira.
No ano do Dragão, os desastres serão tão grandiosos quanto as fortunas. Este será um ano marcado por muitas surpresas e atos violentos da natureza. Temperamentos e ânimos se aquecem. As pessoas ficam mais sujeitas às ofensas, brigas e discussões. As paixões são mais difíceis de serem controladas. A atmosfera elétrica criada pelo poderoso Dragão afetará de forma individual e coletivamente todos nós e também a natureza.
PREVISÕES PARA OS DO SIGNO
Um ano muito auspicioso para os nativos de Dragão que deverão manter-se centrados para aproveitar as boas oportunidades e não dispersar as suas energias. Este será um ano de destaque, reconhecimento e de muitos progressos. Nos relacionamentos afetivos, o carismático Dragão estará atraindo novos amores, mas ele estará em busca de estabilidade e tranquilidade. Na saúde, recarregue as suas energias fazendo exercícios junto à natureza.
O espírito indomável do Dragão tornará tudo maior. Teremos energia adicional e combustível para fazer de 2012 um ano marcante.
Outro aspecto positivo deste ano é que será bom para negócios e dinheiro, que poderá ser gerado ou obtido facilmente. É o momento de pedir ao gerente um empréstimo ou pedir para o chefe um aumento. Mas com os grandes gastos, aqueles que ultrapassam os limites do razoável. O poderoso Dragão não é muito prudente. Com ele é tudo ou nada.
Os orientais consideram que este é um ano auspicioso, bom para casar, ter filhos ou começar um negócio novo, porque o Dragão benevolente traz a boa fortuna e a felicidade.
Entretanto, este é também um momento de moderar o nosso entusiasmo e de olhar duas vezes antes de dar um salto maior que as pernas. O afortunado Dragão rega com a sua sorte indiscriminadamente tudo, inclusive nossos erros. O sucesso e as falhas serão ampliados da mesma maneira.
No ano do Dragão, os desastres serão tão grandiosos quanto as fortunas. Este será um ano marcado por muitas surpresas e atos violentos da natureza. Temperamentos e ânimos se aquecem. As pessoas ficam mais sujeitas às ofensas, brigas e discussões. As paixões são mais difíceis de serem controladas. A atmosfera elétrica criada pelo poderoso Dragão afetará de forma individual e coletivamente todos nós e também a natureza.
PREVISÕES PARA OS DO SIGNO
Um ano muito auspicioso para os nativos de Dragão que deverão manter-se centrados para aproveitar as boas oportunidades e não dispersar as suas energias. Este será um ano de destaque, reconhecimento e de muitos progressos. Nos relacionamentos afetivos, o carismático Dragão estará atraindo novos amores, mas ele estará em busca de estabilidade e tranquilidade. Na saúde, recarregue as suas energias fazendo exercícios junto à natureza.
1º de Janeiro
Seriam 70 se não fossem três. Mas não vou mais lamentar, pelo menos não aqui, a morte da minha mãe. Hoje seria o dia de seu aniversário. Ah, como ela reclamava de completar anos no primeiro de janeiro, dizia todo ano que quando era criança os adultos se esqueciam porque estavam mais preocupados com a comemoração do ano novo, além, é claro, do presente que era sempre, por conta da proximidade com o natal, apenas um.
Dá uma saudade imensa sempre. A vontade de falar é constante. Sabe aquelas ligações despretenciosas que a gente dá para a mãe para não falar nada, apenas para dizer que tá com saudades, que lembrou de alguma coisa? Pois é, sinto muito não poder fazer isso.
Mas inda bem que existem os sonhos e podemos, nele, reexperimentar, abraços, cheiros, carinhos, beijos. Hoje sonhei com ela.
sábado, 31 de dezembro de 2011
E vc, o que faria?
Como sonhar não custa quase nada, fiquei pensando o que eu faria caso ganhasse os 170 milhões na Mega-Sena da Virada, Primeiro, eu iria me inteirar sobre o que realmente significa ganhar 170 milhões. Depois, saber quantos campos de futebol eu poderia comprar com essa quantia: aqui é o país do futebol e todas as medidas são a partir da metragem de onde se joga bola (foram mais de 30 campos de futebol desmatados, área corresponde a 60 campos de futebol etc., só para se ter uma ideia do quanto somos bombardeados com essas proporções.). Em seguida, eu ia enlouquecer por uns 3 dias só de pensar que não teria mais nenhuma preocupação (pelo menos pelos próximos 5 anos) com grana, na verdade com falta de grana.
Aí, casava e me mudava. Comprava uma peruca (cabelo natural). Nunca mais seria careca, pelo menos não em público. Ah, comprava tb uns dois carros (não aguento mais tanta chuva e frio quando de moto). Não me perguntem o porquê de dois carros, nem eu sei o sentido disso, mas com tanto dinheiro, tudo que fosse 3 ainda seria pouco.
Comprava, comprava, comprava até cansar e quando estivesse bem cansado de comprar, comprava mais um pouco. Acho que com dinheiro para tantos campos de futebol, dava para comprar ainda mais. Muito dinheiro deve servir para isso, né não: viajar, comprar, comprar enquanto se viaja, comprar viagens, viajar comprando.
Pronto, já decidi o que faria no primeiro mês depois de ficar rico. E vc, o que faria?
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Retrospectiva Do Avesso/2011
Definitivamente,
2011 não foi um ano fácil, mas não estou aqui para falar da minha vida
particular, ainda que eu não tenha como separá-la completamente do que escrevo
aqui no blog. Mas a proposta é falar,
exclusivamente, dele. Vou tentar.
Escrevi
muito e não me dei conta do tanto de linhas que imprimi aqui nesta tela, foram
mais de 3750 linhas, dava, quase
para uma tese de doutorado, meio chinfrim, não posso negar, mas uma tese, de
qualquer maneira.
Algumas
vezes faltaram ideias para escrever, bem verdade, mas no geral, elas apareceram
inspiradas, sobretudo, pelo site da Globo
(G1), pelas revistas Época, Junior, Trip, Superinteressante, pelos
jornais Folha de São Paulo, O Globo,
Estadão, pela TVs aberta ou fechada,
pelas viagens que fiz, pelos assuntos que ouvi na rua, pelas conversas com
amigos ou pelas experiências no trabalho (em relação a este, dava um blog
inteirinho apenas sobre esses dias e eu ainda por cima me desentupiria), por
textos a mim enviados sem, necessariamente, ter alguma relação com o blog, mas
que acabaram ilustrando alguma reflexão.
Procurei
escrever sobre tudo, gosto desse exercício de pensar nos assuntos que me encontram,
sejam eles quais forem: futebol, cidades, violência, livros, comida, amizade, sexualidade,
enfim. Se música, então, aí é um prato cheio.
Foram
mais ou menos 250 pequenos textos e
imagens. Foram mais de 10 viagens
que me ajudaram com inspirações diversas. Fiquei fora do ar, por conta de Pequim, mas fui salvo pelo Alexandre que recebia meus textos e os
publicava (dá para perceber pela disposição das fotos publicadas por ele que não
eram as mesmas usadas por mim, mas elas ficam assim até para evidenciar aquele
momento censura).
Foi
muito bom, em muitos momentos, ter, este ano, o blog para poder escrever. Escrever é uma maneira que encontrei de,
além de me expressar e estar em contato com o mundo (muitas vezes inalcançável
geograficamente), extravasar as minhas angústias, frustrações, irritações,
alegrias, felicidades, surpresas, encontros, despedidas. Pude, através dos
textos, compartilhar lugares que vi, pessoas que conheci, sons que ouvi,
amizades que reafirmei. Através do blog
viajei por muitos lugares, ri, chorei. Quase uma análise.
Nunca
parei por aqui sem a vontade de escrever. Bem ao contrário, sempre parti do
prazer do texto. Quando não havia vontade, simplesmente não escrevia. Obrigação
não combina com a escrita, digo, com essa escrita que aqui produzo.
Obrigado
a todos que por aqui passaram e deixaram (ou não) algum comentário. Eu também
escrevo para ser lido, mas não para que concordem comigo, ao contrário, gosto
(também) quando há discordância porque assim posso pensar o por outro lado.
Obrigado a todos. Um 2012 cheinho de
vida, seja lá o que isso possa significar pra cada um de nós.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Mais cedo ou mais tarde (texto)
O
caso do jogador Adriano tem sido o tema
de muitos programas das tardes aqui no Rio (de Janeiro). E sobre ele, tenho
ouvido diversas declarações. A que mais tem repercutido é o fato do jogador ter
sido pobre, ganhar (muito) dinheiro jogando bola e consequentemente não saber
administrar o que ganha (e a sua popularidade), como se isso fosse uma equação,
uma causalidade.
Ouvi
do ex-jogador Gerson que ganhar
muito dinheiro assim tão rápido faz com que esses “meninos” percam a noção de
quem devem ser (o do que são). Lembram desse mesmo comentário em relação ao Neymar quando num acesso “único” de
raiva disse alguns palavrões para o seu técnico? Pois é, pobre Neymar. Quem mandou nascer assim? Pobre
não serve nem para ganhar dinheiro. Acho que a solução seria não pagar nada a
esses meninos até que completassem 30 anos, aí, já quase aposentados poderiam,
quem sabe, ter juízo.
Não
tenho ouvido a mesma equação quando se tratam de “meninos” da classe média. Aí
a história passa ser outra: são os pais que não souberam dar limites. Tinham
tudo com facilidade e, por isso, não conseguiam dar conta de suas
responsabilidades (de quem poderiam ser/de quem eram).
Assim
fica complicado entender o que acontece: se não sabem o que fazem porque foram
pobres e deixaram de ser ou se nunca foram pobres e mesmo assim não sabem o que
fazem.
Por
que será que temos que explicar todos os casos de maneira padronizada? Por que
é que cada caso não é um caso? Tem tanto jogador, inclusive é a maioria, que
foi pobre e de repente ganha rios de dinheiro e não se envolve em escândalos de
quaisquer naturezas.
Acho
que a relação feita entre a pobreza e a falta de discernimento ou a
incapacidade e a irresponsabilidade etc.
é tão preconceituosa que esbarra no senso comum, no mais comum dos sensos.
Ou
seja, a relação sempre é a de classe. Não se tem pra onde ir. Mobilidade
alguma. Se é pobre e ganha dinheiro não vai saber lidar com isso e vai,
necessariamente, meter, mais cedo ou mais tarde, as mãos pelos pés.
É como invadir uma caverna (texto)
Eu
escrevo para me sentir vivo. É impressionante a sensação de prazer que me toma
ao escrever, seja o que for. Gosto de ver as palavras se juntando num sentido,
numa direção própria e traduzindo, dentro do seu possível, uma emoção qualquer.
Às vezes fico atônito diante de suas combinações, diante dos lapsos que
produzo, do silêncio que existe ali, do tanto que não disse, do dito, do que
nem foi pensado mas que se faz presente. Escrever é invadir uma caverna sem luz,
há riscos e impressões táteis que nos vão tomando, tocando. Esbarramos nas
rochas, afundamos os pés: duro, mole, macio, frio, quente. Escrever é se
descobrir.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Meio Europa meio América Latina (texto)
Um momento para se comemorar (quem, cara-pálida? perguntariam uns.), o país elevado à sexta economia mundial. Segundo o Mantega, é possível que em 20 anos o "nosso" padrão de vida seja europeu.
Estou, como disse, de férias no Rio de Janeiro. E tenho percebido que ora estou bem próximo desse tal padrão europeu, ora estou mesmo no velho padrão brasileiro.
De certo, percebo que o "meu" salário e os serviços prestados, de uma forma geral, por aqui, ainda não podem ser comparados aos europeus. Hoje, por exemplo, almocei por R$30,00 reais, preço europeu (ah, em um restaurante que serve por quilo). No entanto, no mercado onde faço compras, aqui perto de casa, o atendimento é ainda padrão américa latina.As filas tb confirmam o mesmo padrão. E a educação, melhor nem tocar nelas.
Já as entradas de cinema já estão no padrão europeu. Mas vejam só, o orçamento que fiz para um painel japonês branco para cobrir cada uma das 4 partes que compõem a janela do quarto (metragem aproximadamente de 2,80m) era europeu, ou seja, R$1580,00 por parte. Como tenho 4 partes, o painel sai pelo pequeno valor europeu de mais ou menos R$6000,00. Apenas um pouco mais. É claro que esse orçamento aumentaria muito se eu estivesse no Leblon ou em Ipanema.
Já as entradas de cinema já estão no padrão europeu. Mas vejam só, o orçamento que fiz para um painel japonês branco para cobrir cada uma das 4 partes que compõem a janela do quarto (metragem aproximadamente de 2,80m) era europeu, ou seja, R$1580,00 por parte. Como tenho 4 partes, o painel sai pelo pequeno valor europeu de mais ou menos R$6000,00. Apenas um pouco mais. É claro que esse orçamento aumentaria muito se eu estivesse no Leblon ou em Ipanema.
E se não quiser, tem quem queira. Né não? Podem acreditar.
Não é muito fácil estar e não estar ao mesmo tempo na Europa. Ou estar e não estar ao mesmo tempo na América Latina. A gente fica meio esquizofrênico, sem saber direito quem se é e onde se encontra.
Eu preferiria mesmo, além dos serviços europeus, do salário europeu, uma distribuição de renda mais justa ainda que estivéssemos nesse padrão latino do Ministro. Agora, uns vivendo em um padrão Brasil (crescendo a olhos vistos com possibilidades de estar num europeu em 20 anos) e outra grande parcela vivendo como nas piores economias africanas é para-lamentar.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Enfim, férias (texto)
Tive a impressão de que o meu primeiro dia de férias, férias mesmo, foi no dia 24 de dezembro, quando fui a casa do meu pai(drasto) para passar o natal. Aí aproveitei para caminhar na praia, curtir aquele sol que estava me incomodando de tão sufocante. Tomar água de coco, mergulhar no mar geladíssimo, andar na areia, ficar horas olhando o movimento na praia.
Só pensava nisso, ou seja, nenhum compromisso que não fosse o prazer de estar ali. Na verdade, pensava sim em outras coisas, mas nada que o dia 17 não resolva.
Como é bom estar de férias!!!!
sábado, 24 de dezembro de 2011
Sobrevivi (texto)
E
eu que havia pensado em um prazo de uma semana mais ou menos de amor declarado
ao Rio antes de não suportar o calor que faz por aqui, me enganei, muito. Hoje
às 6h da manhã já não conseguia ficar no quarto de tão quente. Não, não estava
tão quente, quente estava em Cascavel, estava uma sauna seca. Saí do quarto e
pensei em terminar o sono na sala (Estou de férias, gente, posso me levantar às
9h ou às 10h ou nem me levantar!), mas nem na sala era possível.
Não
há condições de ficar em canto algum desse pequeno apartamento sem um
condicionador de ar, vivi-se sem geladeira (tô na dúvida), sem fogão, sem mesa,
cadeiras, copos, mas sem ar condicionado não se vive, no Rio de Janeiro.
Definitivamente, não se sobrevive por aqui sem um desses aparelhos, digamos, de
primeiríssima necessidade.
Para
se ter uma ideia do calor que jaz aqui: depois de me levantar, tomar banho,
precisei retornar (e o verbo é retornar
porque dá uma ideia de aventura) ao quarto para pegar uma cueca. Não dava.
Comecei a arremessar cubos de gelo numa tentativa desesperada de me defender do
calor, eles viravam, antes mesmo de sair das minhas mãos, como num passe de
mágica, vapor. Dei duas cambalhotas, dois mortais e duas estrelas, e quando
saí, finalmente, com a cueca na mão, precisava de outro banho (e um banco para
descansar, além de compressa de gelo na nuca. Praticamente uma luta de UFC, só que contra o calor).
Se
essas eram as férias que eu merecia, devo ser uma pessoa muito ruim mesmo (como
dizem Sandra Balbo e os dois outros bocós: Maria Lúcia e Alexandre).
To
me sentindo num daqueles programas do Netgeo: Sobrevivi.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Botequim da Esquina + Protetor auricular (Restaurante, Cascavel)
Fomos, Maria Lúcia, Alexandre, Clodis, Reginaldo e eu, ao novo Botequim da Esquina, em Cascavel, por volta das 20h de quarta-feira. Fomos bem recebidos. Garçons atenciosos. Cerveja gelada. Comida boa. Até que o som ao vivo reiniciou em uma altura insuportável. Não conseguíamos mais nos ouvir. Gritávamos para nos fazer entender. Estávamos a menos de 20cm do outro, mas apenas por gestos para nos fazer entender.
Pedimos para um garçon para abaixar o som. Não fomos atendidos. Pedimos ao gerente que abaixasse o som porque estava ensurdecedor. Ele nos disse que iria resolver, mas não nos deu a mínima bola. Nos levantamos, pagamos a conta e nunca mais voltaremos a esta Esquina.
Pronto, estou de férias. Amanhã pela manhã vou à universidade e viajo no fim da tarde rumo ao descanso. Merecidíssmo, eu acho. Não vou fazer balanço, restrospectivas, melhores momentos, fechar o caixa, porque não acredito em fim e recomeço e não é sobre isso que estou falando. Refiro-me às férias.
Sei que ao chegar ainda terei coisas para fazer: a casa deve tá uma poeira só, preciso urgentemente de um fogão e de um presente para o meu padrasto. Fora isso, que provavelmente vai me ocupar o dia 23 (todo), apenas descansar e curtir a cidade. Ver os amigos, ir à praia, à feira no sábado, andar sem compromisso algum, sem horários, sem pressa.
Não quero pensar agora no calor, no tumulto, no trânsito, nas lojas atoladas de gente, isso fica para a segunda semana. Quando aquela sensação de estar_e_não_estar_mais me tomar por inteiro.
Acabei de fazer a mala. Pouca roupa porque odeio peso, mas, como fico por um mês, ela não deve tá tão leve assim.
Por hora, penso apenas nos fins de tarde no Aterro durante os fins de semana, na praia bem cedinho ou quando o sol está caindo fora, no silêncio da minha casa, ainda que no burburinho do centro da cidade.
Final de ano sempre uma correria, nunca dá tempo de fazer tudo aquilo que se pensou, a programação vai por ralo abaixo. Quero nem saber, tô nem aí pra ela. Ai, como é bom pensar em não pensar em nada, quero dizer, não ter que pensar em nada com compromisso.
Fui.
Fui.
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