ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
domingo, 3 de abril de 2016
sexta-feira, 1 de abril de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
É apenas um grampo telefônico
Quem sobreviveria a um grampo telefônico? Eu jamais! Eu e todo mundo, acho. Falo ao telefone com alguns amigos de forma que eu poderia ser acusado de homofóbico, racista, misógino, "coxinha", com preconceito de classes etc.
Caso essas conversas fossem descontextualizadas e não se levassem em conta a ironia, as metáforas, as piadas, a intimidade que tenho com esse meu amigo.
Eu, provavelmente, seria destituído de qualquer cargo ou impossibilitado de assumir outro que fosse.
Na intimidade não somos mais verdadeiros do que somos ou deixamos de ser na vida pública. Neste lugar, somos o que o lugar nos permite ser: engraçados, talvez. Politicamente incorreto. Inconveniente. E por aí vai.
Mas este lugar deve ser sempre preservado porque ali cabem coisas que não caberiam no dia a dia porque podem ser faces de outras ordens. A intimidade nos permite ser muitas coisas que não seríamos publicamente.
Quem me conhece sabe que eu jamais teria uma atitude de segregação racial, de gênero e muito menos de classe, mas brinco com isso. Não com qualquer um, mas brinco.
E eu seria esculhambado. Minha vida acadêmica seria colocada a prova. Os textos que escrevi sobre isso seriam queimados em praça pública. E eu estaria jogado na lama.
Bem, não sou uma figura pública. E o que eu falo na intimidade não interessaria aos meios de comunicação.
quarta-feira, 23 de março de 2016
sábado, 19 de março de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Eu estava na China, já não me lembro exatamente em qual cidade, acho que em Hong Kong, diante de um lago com carpas. Muitas carpas. Um velho chinês olhou pra mim e apontou para elas. Ele não me disse nada, até porque se dissesse, eu não o entenderia. Depois de apontá-las, sorriu. Retribuí-lhe o sorriso e pensei há sentido para além das palavras.
quinta-feira, 17 de março de 2016
quinta-feira, 10 de março de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Nem sempre foi assim, ele pensou. Sabia, portanto, que em outro momento haveria também de ser de outra forma.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Ele sabia que a tristeza tinha sempre um motivo, mas esta felicidade não. Ela simplesmente estava por aqui e ponto.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Fico triste, mas fico muito feliz
Tenho uma grande admiração pelas pessoas que se jogam sem medo do mundo e que partem às vezes apenas com uma pequena certeza. E esta é o suficiente para se arriscar.
Hoje, fiquei, como sempre fico nessas situações, comovido com a história de um amigo que vai embora porque quer conquistar o mundo, quer se conhecer melhor, quer arriscar e aposta na mudança ainda que ela seja vaga.
Fiquei comovido porque ele quer crescer profissionalmente e essa mudança é fundamental pra isso. Ainda que ele vá sem lenço e sem documento e tenha que se virar sozinho. E isso me deixa angustiado porque fico focado apenas na dificuldade. Ele talvez esteja focado no prazer que isso vai produzir.
Nunca fui de correr grandes riscos. Preciso, talvez porque sempre tenha tido, de um corrimão para poder me agarrar nos momentos menos fáceis. Sou muito cagão pra me jogar sem paraquedas. Mas sei valorizar essas arriscadas.
O André vai embora. Fiquei triste com a sua partida, mas sei o quanto isso é importante pra ele. Sei o quando a gente cresce quando está sob nossas próprias responsabilidades. Sei o quanto as coisas valem quando são nossas conquistas.
O maior risco que corri na minha vida, foi quando, em 1993, resolvi largar tudo o que eu tinha no Rio e vir para o Paraná. Essa mudança não foi fácil: deixei amigos, família (mãe, padrasto e cachorro) e meus empregos, minha rotina apostando num semestre apenas de experiência numa universidade.
Bem, essa mudança fez toda a diferença na minha vida. A partir dela construí uma carreira profissional que, muito provavelmente, eu não alcançaria se não tivesse saído do Rio. Ou talvez tivesse levado muito mais tempo para isso.
Fico triste, é claro, porque um amigo vai embora, mas também fico feliz porque sei reconhecer o que ele está fazendo por ele mesmo.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Quando eu era bem pequeno, bastava um beijo seu para que todas as dores, todos os medos, as inseguranças e a solidão fossem embora pra sempre. Eu queria muito ser beijado assim outra vez.
sábado, 20 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Corre pra cá, pra lá. Abre esse livro, abre a dissertação. Não se esqueça da tese. E as provas? Um aluno chama. O outro deixa recado. Um outro irritado porque a atenção não foi 100%. Tem o amigo que quer aquele texto pra ontem. E muitos livros para enviar. O namorado quer a parte dele. E eu que quero a minha. A vida não dá trégua.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
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