segunda-feira, 4 de maio de 2009

A vida sem poesia é uma bosta! (texto)

Gosto muito de poesia só que faz muito tempo (muito mesmo) que não leio nada. Hoje no almoço com uma grande amiga (Jacicarla) fui lembrado de que poesia existe e que a vida sem poesia é uma bosta. Minha vida está uma bosta faz muito tempo.
Quase todo o meu dia é dedicado ao trabalho: ler livros (teóricos), preparar aulas, ler trabalhos de alunos, corrigir provas, preparar exercícios, corrigir exercícios, ler dissertação, projetos, teses, escrever projetos, atender alunos, pensar no jornal do vestibular e na prova do vestibular, pensar no vestibular indígena, falar com professor, escrever texto para possíveis pubicações, preparar palestras, seminários, pensar em congressos, pensar e escrever textos para esses congressos, participar de bancas de avaliação dos colegas, reuniões, participar de bancas de estágio probatório de colegas, ler livros (teóricos) e tudo outra vez.
Tenho pouco tempo dedicado ao que realmente gosto de fazer (não que eu odeio o meu trabalho, mas quando a gente apenas trabalha ele começa a ocupar a vida de forma cansativa).
Gosto muito de conversar e se possível uma conversa que me faça rir. Eu rio bastante, mas já ri muito mais. Hoje em dia eu rio pouco porque quase sempre estou mal humorado por causa do trabalho. Gosto também das aulas de francês, mas me pergunte quando foi a última vez que fui à aula? Acho que a professora não se lembra mais de mim.
Hoje passei o dia na universidade: cheguei bem cedo para duas aulas de linguísticas (7h50min). Sempre chego cedo. Depois das aulas fiquei lendo alguns projetos para à tarde poder falar sobre eles.
Passei a tarde inteira sentado diante de uma plateia com mais dois professores fazendo comentários sobre os projetos de mestrado de 6 alunos. Saí da universidade às 17h. Exausto, sem energia nenhuma, só com vontade de deitar e dormir umas quatro semanas.
Eu preciso urgentemente dar um jeito na minha vida ou ela fica do jeito que está. E do jeito que ela está não está me agradando.

domingo, 3 de maio de 2009

Lugar de homem é na cozinha (texto)

Gosto muito de bacalhau. Minha avó, mãe de minha mãe é casada com um português (cujo nome não é Joaquim) e por isso bacalhau na casa deles era prato semanal, como a feijoada nas quartas ou sábados lá no Rio de Janeiro. Eu podia ter escrito que o meu avô é português, mas como não era ele quem cozinhava achei melhor fazer aquela curva explicativa. Uma coisa é gostar de bacalhau outra é saber fazê-lo.
Depois que minha avó deixou de cozinhar, só comia bacalhau ou na casa dos amigos ou em algum restaurante (minha mãe sempre foi um desastre na cozinha). Mas é claro que achava isso vergonhoso, (não a minha mãe ser um desastre, mas depender do outro para comer alguma coisa) porque julgo não saber fazer quaisquer pratos somente por conta da preguiça. Basta um livro de receito para fazer um prato. É claro que ir à casa dos amigos ou a um restaurante é bem mais prático.
Tenho um grande amigo chamado Marcelo Iran e ele me ensinou faz alguns anos uma receita de bacalhau fácil e deliciosa. Vamos a ela.
Bacalhau ao Iran
Ingredientes:
1 quilo de bacalhau; 1 dúzia de ovos; 2 quilos de batata; 2 brócolis; 2 potes de requijão; 1 litro de azeite extra virgem.
Praparando:
cozinhar os ovos e cortá-los em rodelas; cozinha os brócolis e usar apenas a flor; praparar um purê de batata com o requijão; cozinhar o bacalhau até dessalgá-lo e depois desfiá-lo; bacalhau desfiado e dassalgado misturar numa panela com meio livro de azeite extra-virgem (primeira etapa).
Montando o prato:
uma camada de ovos, sobre essa camada, uma camada de brócolis, sobre essa, uma de bacalhau (ad infinutun); prato preparado, despeje sobre as camadas o meio litro que sobrou de azeite (é isso mesmo, muito azeite); sobre tudo isso o purê de batatas feito com requeijão (cubra tudo como se estivesse colocando sobre um bolo a cobertura).
Forno:
40 minutos de forno e pronto.

Posso garantir que é muito bom! Nâo tem como dar errado ou ficar ruim. mesmo. Experimentem!


sábado, 2 de maio de 2009

Augusto Boal (1931-2009) (texto)

Boal foi fundador do Teatro do Oprimido: teoria e prática que interpela o homem em ator. Segundo o diretor, "O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo, pois todos os seres humanos são atores porque atuam...". Metodologia internacionalmente conhecida que alia teatro a ação social.
Um dos únicos homens de teatro a escrever sobre sua prática, formulando teorias a respeito de seu trabalho, tornou-se uma referência do teatro brasileiro e internacional. Principal liderança do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 1960.
Escreveu O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas, 1975; 200 Exercícios para Ator e o Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro, 1977; Técnicas Latino-Americanas de Teatro Popular, 1979; Stop: C'est Magique, 1980; Teatro de Augusto Boal, vol. 1 e 2, 1986 e 1990; Jogos para Atores e Não Atores, 1988; Teatro Legislativo, 1996.
Escreve dois textos autobiográficos, Milagre no Brasil, em 1977, e Hamlet e o Filho do Padeiro, em 2000.
Entre outros significativos títulos e prêmios angariados por Boal no exterior, destacam-se o Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres, outorgado pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França, em 1981, e a Medalha Pablo Picasso, atribuída pela Unesco em 1994. Em 2009, é nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco.
Fiz, na época da graduação, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), uma oficina sobre o Teatro do Oprimido com o diretor e naquela época pouco tinha ouvido falar sobre ele e a sua obra, mas nos encantamos com a possibilidade de estar no palco ouvindo tantas ideias saindo de uma só cabeça: "Ser cidadão, meus companheiros, não é viver em sociedade: é transformar a sociedade em que se vive!"

O tempo e as pedras (nanotexto)

O tempo sempre sabe mais como agir e as pedras às vezes duram pouco (ML).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º de Maio (texto)

O 1º de Maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, é uma data usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história . Ela reporta ao ano de 1886, no qual ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores em Chicago, E.U.A..
Os trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a carga horária diária pela qual eram submetidos (13 horas). A greve paralisou os Estados Unidos.
No dia 3 de maio, houve vários confrontos entre manifestantes e a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos trabalhadores. Esses protestos ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional decretou o dia daquelas manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas diárias de trabalho.
Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.
Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1925 no governo de Rodrigues Alves. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

X-MEN (Filme)

X-Men não é um sanduíche de homem, antes que me perguntem, mas um filme de ação, efeitos especiais, lutas e carros explodindo. Assim, pode parecer que é um daqueles enlatados americanos, fast-food sem sabor nenhum. Não mesmo! X-MEN Origins Wolverine é um superfilme de ação que pega carona nas produções que recontam, depois de estreias bem-sucedidas no cinema, dentre as quais X-MEN, depois X-MEN2 e na sequência X-MEN - O confronto Final, a história que deu origem ao mutante-master.
Não perdi nenhum. Acompanho os mutantes e sou fã dessas sequências: vibro com os superpoderes de cada um deles e os leio como metáfora da diversidade, em vários sentidos.
As cores do filme, os efeitos especiais e, sobretudo, o dom de cada um deles são espetaculares. Neste filme, montamos, finalmente, o quebra-cabeça que nos era apresentado em flash nos filmes anteriores sobre o surgimento do Wolverine. Vale à pena ver de novo. E vou!

Lei de Imprensa (texto)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (30), por maioria, derrubar a Lei de Imprensa. Sete ministros seguiram o relator do caso, Carlos Ayres Britto, de que a legislação é incompatível com a Constituição Federal. Três foram parcialmente favoráveis à revogação, e apenas o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção da lei.
Com a decisão do STF, nos casos em que for cabível, será aplicada a legislação comum, como o Código Civil e o Código Penal.
A ação contra a lei 5.250 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento começou no dia 1º de abril, quando o relator votou pela total revogação, argumentando que a lei, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal de 1988.
Um dos pontos de maior debate entre os ministros foi a questão do direito de resposta. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez a defesa mais contundente pela manutenção dos dispositivos da Lei de Imprensa relativos ao tema: "Vamos criar um vácuo jurídico em relação aquele que é o único direito de defesa do cidadão, a única forma de equalizar essa relação, que é desigual", afirmou.
"Por que considerar a Lei de Imprensa totalmente incompatível com a Constituição Federal? A liberdade de imprensa não se compraz com uma lei feita com a intenção de restringi-la", afirmou o ministro Menezes Direito, primeiro a votar hoje, seguindo o relator. "Nenhuma lei estará livre de conflito com a Constituição se nascer a partir da vontade punitiva do legislador."
"Trata-se de texto legal totalmente supérfluo, pois se encontra contemplado na Constituição", disse o ministro Ricardo Lewandowski. Também votaram nesse sentido os ministros Cesar Peluzo e Cármen Lúcia.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...