sábado, 10 de outubro de 2009

Zélia Duncan - Pelo sabor do gesto (CD)

A Zélia Duncan tem um padrão de qualidade em seus trabalhos que dispensa apresentações: em Pelo sabor do gesto, o mais recente CD, aquela máxima continua valendo. Música e letras bem casadas, letras bem elaboradas, voz agradável, interpretação adequada, além do excelente acabamento com este novo álbum. Gosto de todas as músicas, destacaria "Os dentes brancos do Mundo" de Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle.

Eu vou banhando só de luz negra
Vendo os dentes brancos do mundo
Ei, sigo madrugada dançando
Vendo a vida em luzes piscando

Meu amor, se eu tiver que me perder
Seja com você, ou pensando em você

Compre seu sonho e vida sorrindo
Veja os dentes brancos do mundo
Ei, eu me aposentei dessa vida
E dirijo empresa de sonhos
Meu amor, seu tiver que me perder
Há de ser alguém parecido com você

Tô apaixonado outra vez pela música e pela poesia, como ela canta em "Duas namoradas".

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Prêmio Nobel (texto)

Quando ouço o anúncio de um Prêmio Nobel, por exemplo, o de Medicina, automaticamente, relaciono o ganhador com uma vida total ou parcialmente dedicada à uma pesquisa, à ciência, à uma causa, mas o prêmio não é exatamente pensado dessa forma.
O Prêmio Nobel da Paz já foi dado à Madre Teresa de Calcutá e todos nós sabemos da sua dedicação ao outro, de parte de sua vida doada às crianças, aos doentes, aos famintos etc.
No entanto temos o presidente dos Estados Unidos como o novo ganhador do Prêmio da Paz e pouco ou quase nada sabemos sobre esta causa em sua trajetória política. As explicações são convincentes: o fato dele ter sido o escolhido, ainda que não tenha um histórico de vida para isso, o coloca numa posição mais privilegiada para negociar o início do desarmanento nuclear ao redor do mundo e para a Fundação Nobel isso já seria motivo para a sua escolha.
Preciso pensar um pouco melhor a respeito disso porque ainda acredito na trajetória que justifique a escolha.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nove - Ana Carolina (CD)

Depois do primeiro CD nunca mais havia comprado nada da Ana Carolina. Não curti o seu timbre de voz, depois, achei aquele CD meio atirando pra todos os lados, sem uma cara, sem identidade (palavra da moda). Aí o tempo foi passando ... até que um dia um grande amigo (Erik Phillip), fã ardoroso da cantora, acabou me influenciando e estava eu ouvindo sem parar uma outra música dela (Quem de nós dois). Fiquei nessa e nunca mais, nem com Seu Jorge, voltei atrás. Dela guardei apenas os gritos e a voz anasalada que muito me irritavam.
Aí, nesse fim de semana, numa viagem com um outro amigo, acabei ouvindo a música "10 minutos" do mais recente CD da cantora, Nove, e a música não saiu mais da minha cabeça. Comprei o CD e gostei muito, não apenas dessa música, mas de quase todas as outras.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Alô, alô...quem fala?

Hoje recebi uma ligação que me deixou muito feliz ... supreso... emocionado... as Minas Gerais me encontraram bem no meio de um dia de trabalho...de repente a secretário anunciou: - Ligação de Minas Gerais, Fátima. Fiquei meio atônito...o que, como, quando, onde, por que? Nada como um aparelhinho para encurtar distâncias, aproximar os corações, nos fazer um pouco mais crentes no carinho do outro.
Obrigado pelo carinho! Fez muita diferença pra mim.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Como dois e dois (texto)

Estive neste fim de semana na casa de dois grandes amigos, estive tb com outros tantos neste fim de semana. Ri bastante, brinquei muito com eles, almoçamos e jantamos juntos, saí para um café com outros e tudo isso só me fez pensar um pouco mais no que estamos fazendo por aqui. Descobri nesses anos que a vida não tem muita explicação...sei, apenas, que se morre algum dia, da mesma forma como algum dia se nasce. Sem muito senão.
É claro que não é tão simples assim, mas é simples assim, como dois e dois...
Tenho pensando muito na morte...todos os dias penso de alguma forrma nela...minha mãe está morrendo e sei que no próximo ano ela não estará por aqui. O que não sei é a forma como esse resultado exato vai bater em mim. Fico pensando no que meu pai(drasto) vai fazer da vida, como é que vamos suportar o dia seguinte. Já nos acostumamos com a doença, com todas as dificuldades. Quando eu ligo ele sempre me diz que está tudo bem e que dá conta de cuidar de minha mãe. Será que tb vamos nos acostumar com a sua ausência?

sábado, 3 de outubro de 2009

Esses dias e noites (texto)

Por onde começar? Difícil me escrever. Sempre. Esses dias estão angustiantes. As noites? Igualmente complicadas. Durmo, mas continuo no processo do pensamento, ainda que às avessas, produzindo quase os mesmos sentidos das horas "conscientes": medo, tristeza, angústia, fuga, mais medo, solidão entre tantos outros sentimentos que me tomam intermitentemente.
Hoje liguei e ouvi um pouquinho do que minha mãe queria dizer. Sei que tudo a cada dia fica mais presente.
Minhas orações são, todas elas, para amenizar o seu sofrimento; são também para alguma iluminação; são para alguma compreensão, mesmo que eu tenha que repetir a cada dia todos esses pedidos.



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016 (texto)

O Rio foi a cidade escolhida para sediar as olimpíadas de 2016, em detrimento de Chicago, Tóqui e Madri. Mais do que uma vitória, acho que vencer pode, se os políticos, os cariocas, enfim, se a sociedade estiver unida, ser uma chance para o Rio de Janeiro repensar todas as suas recentes histórias de violência e exclusão social.
Soube agora da escolha e fiquei bastante empolgado com esses próximos anos de mudanças para a cidade maravilhosa.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...