terça-feira, 15 de junho de 2010

Grito de gol (texto)

Futebol é isso: 193 milhões torcendo, vibrando, querendo, de alguma forma, ver a bola no área do adversário. Um chute pro gol. O coração na mão. Não tem nada que (i)mobilize o país. Sem essa de a mesma empolgação em outras situações. Não dá. Não pode! Futebol é emoção, não é politicalha, politicagem, é bola no pé, é drible, é bola na rede, é o grito solto, é o passe bem feito, é o tombo do jogador, é o voo, é a parada no ar, é bola no peito, é a técnica, é o talento, é arte, é o menino dominando um país
Futebol é o coração batendo 90 minutos num ritmo só. O ritmo da bola correndo, futebol é alegria, energia. Nada se compara ao grito de gol. Goooooooooool (o percurso da bola, do pé do jogador à rede do adversário).
São milhões de técnicos e de jogadores num campo empurrando a bola com a alma. Não tem pra ninguém.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Em outras palavras...

O homem confunde fé com religião e amor com casamento.

Novas tendências em Análise do Discurso, São Longuinho e aquele medo de um texto que insiste em não ser texto (texto)

Hoje fiquei em casa para poder iniciar um texto que devo apresentar na sexta-feira sobre as "Novas tendências em análise do discuso". Não foi muito produtivo, porque ao mesmo tempo em que estou sentando diante deste computador pensando no trabalho (fazendo as leituras, escrevendo, relendo e reescrevendo-o), desejo tomar café, colocar a casa em ordem, atender o telefone, responder e enviar e-mails, passar no orkut, ou seja, me desconcentro muito. 
Às 14h eu ainda não havia almoçado e tb não havia escrito dois parágrafos desse texto que insiste em permanecer em silêncio.
Nem significante nem significado.
Parti da ideia de que o uso da preposição na expressão Em Análise do Discurso poderia provocar a suposição de uma homogeneidade e unidade em tais estudos. Depois caminhei na direção de que um nome próprio designando um campo de saber apaga as fortes diferenças teóricas que sustentam diferentes modos de conceber e analisar a língua, a produção de sentidos, a historicidade e o sujeito
E parei por aí. Estou num mato com cachorro, eu sei, mas sem pernas e olhos para encontrá-lo. Podia pedir a São Longuinho para encontrar esse texto, mas como encontrar alguma coisa que não foi perdida?

domingo, 13 de junho de 2010


União Civil em Mato Grosso do Sul (texto)

A Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul publicou, na terça-feira, dia 8 de junho, uma norma que regulamenta o registro da união estável em cartórios de pessoas homossexuais. Desta forma, casais do mesmo sexo poderão ir a qualquer cartório e registrar o documento.
De acordo com a publicação, a escritura da declaração de convivência de união será "realizada como instrumento para os casais homoafetivos que viviam uma relação de fato duradoura, em comunhão afetiva, com ou sem compromisso patrimonial, legitimarem o relacionamento e comprovarem seus direitos, disciplinando a convivência de acordo com seus interesses".
O registro pode ser usado como prova de dependência econômica para Previdência Social, Entidades públicas e privadas, Companhias de Seguro, Instituições Financeiras e Creditícias, entre outras.

sábado, 12 de junho de 2010

Virado pra Lua (texto)

Nem que eu quisesse daria para reclamar desta semana. Foi ótima. Não tem outro adjetivo para significá-la. 
Uns dias em Maringá num congresso (CIELLI) e o encontro com muitos amigos (Vanise, Silmara, Socorro, Edson, Bethania, Rosa, Eduardo, Luiza, entre outros) que estão espalhados pelo Brasil. Como se isso já não fosse suficiente, conheci pessoas incríveis, destaque para o Gabriel.
E se isso já não fosse o bastante, 3 grandes amigos apareceram  hoje aqui para me encontrar. Tem gente que nasce virado para a Lua, tem gente que nasce com a Lua lá dentro.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Beijo Sem - de Adriana Calcanhotto (Marisa Monte e Teresa Cristina)

Eu não sou mais
Quem você
Deixou
Amor (de ver)

Vou a lapa
Decotada
Bebo todas (viro outras)
Beijo bem

Madrugada
Sou da lira
Manhãzinha
De ninguém
Noite alta
É meu dia
E a orgia
É meu bem

Eu não sou mais
Quem você
Deixou
Amor (de ver)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Futebol e Carnaval (texto)

Sei que vão me massacrar (ou pelo menos, que  isso é uma possibilidade). Descobri, faz tempo, que chuva molha. E, definitivamente, não vim para agradar (por outro lado, tb não vim, exclusivamente, para desagradar, mas entre mim e o outro, me escolho).
Queria que o mundo parasse nos jogos do Brasil. Não sou daqueles que considera que o "destino do Brasil está nos pés dos jogadores" como tenho ouvindo em anúncios na televisão (de jeito nenhum!), mas, vejam vocês, adoro um jogo de futebol!!! E mais, gosto, quase sempre, de assisti-lo sozinho (tenho os meus rituais).
Minha mãe sempre foi uma boa companhia nessas horas. Ela, mais do que eu, quase morria do coração a cada bola na trave. Eu, apenas uns palavrões silenciosos.
Em 1998, até incenso de efeito moral era atirado para ver se o resultado (Brasil x França, não necessariamente nesta ordem) mudava. Um fiasco! Ricardo, Robson, eu (na sala) e Heloísa (sozinha no quarto) sofríamos com a derrota. O Canarinho descia morro abaixo.
Na casa, um silêncio mórbido. Como se um amigo acabasse de se despedir. Não sabíamos mais o que fazer diante daquilo que conseiderávamos impossível acontecer: 3 x 0 França.
Tudo outra vez, agora. Só que, como partimos do zero (nem tanto), uma esperançazinha de que nos dias 15, 20 e 25 (primeira fase) eu possa gritar: gooooooooooool (do Brasil, é mais do que claro).

domingo, 6 de junho de 2010

Minhas correspondências (texto)

Hoje, recebi três e-mails mais do que especiais (na verdade, dois e-mails e um comentário aqui no blog). O primeiro, de uma grande amiga que anda muito sumida, e, por isso, andei reclando um pouco da sua ausência. (um pouco porque a reclamção partiu de mim, né? a reclamação foi pesada!). Nele, ela me conta o porquê de não mais ter me procurado. A vida não é mesmo fácil para ninguém e supomos, às vezes, que a sorte só não bate as nossas portas
Fazemos escolhas equivocadas e elas produzem consequências. A vida é mesmo uma surpresa, ninguém sabe aonde ela vai dar em  cinco minutos.
O outro, de alguém que é muito mais do que uma amiga, é mais do que uma irmã, é um anjo da guarda. Nele, mais uma vez, encontro, um porto seguro. Descubro que a sensibilidade para perceber o mundo é química pura (rs).
O comentário veio, mais um vez, de uma outra amiga, sempre presente nesse último ano. E, sabiamente, em poucas palavras me sugere comportamentos.
Sou um homem de sorte. Tenho mulheres especiais sempre por perto. Obrigado, meninas!

Os últimos dias (texto)

Hoje enquanto esperava um amigo para almoçarmos juntos, fiquei pensando nos nossos (na verdade um "nosso" mais dos outros do que meu) últimos anos de vida. A morte sempre é certa, mas como nos afastamos cada vez mais de tudo o que diz respeito  a ela e vivemos como se fôssemos estar aqui pra sempre, não paramos muito para pensar sobre isso (agora o nós é includente).
O ano passado foi o último ano de muito momentos com a minha mãe sem que eu me desse conta de que aqueles dias, todos eles, eram os últimos da sua vida, das nossas vidas juntos.
Ela decidiu passar o seu aniversário comigo. Nunca tinha feito isso. Ficou do natal até a passagem do ano (dia do seu aniversário) em minha casa. Foram dias alegres, mas não aproveitei como devia (fico pensando nisso quase o tempo todo). Eu devia ter dito a ela muito mais do que eu disse, muito mais do que eu achava que devia dizer, porque não se tem mais nenhuma chance de voltar a atrás.
Tenho um amigo, o Erik, que sempre me dizia que essa história de que "nunca é tarde" é uma enganação total. Não há muitas vezes outra oportunidade. E mais, não se sabe se o Outro vai estar presente, disposto, perto, saudável para nos ouvir.
Tenho brigado muito no meu trabalho. Tenho cobrado de alguns colegas uma postura mais profissional. Mas não estou conseguindo fazer isso da forma como eu devia fazer: com calma, com respeito, com a tranquilidade necessária para não me arrepender. E aí se alguma coisa der errado nesse percurso, posso não conseguir refazer (me refazer tb). Preciso estar atento.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sandy, frio e dois dias para não fazer na-da (texto)

Estou feliz. Fazia tempo que não me sentia tão bem. Ainda que esteja frio, ainda que o vizinho esteja ouvindo Sandy, não desanimo. Muito bom estar perto dos amigos e saber que há história para relembrar, casos para rir, boa comida, caipirinha, música e mais dois dias para não fazer Na-da.

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a comp...