quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

31 de Dezembro (texto)

Ainda que saibamos que o ano novo é um continuum, que a vida não recomeça, ou que começa do zero, o dia 31 é um dia especial porque cheio de esperança de melhores tempos, porque cheio de nas novidades que estão por vir, porque cheio de bons pensamentos e de desejos para o outro. Por isso, um dia especial para todos nós, cheinho de esperança acompanhada de muita sorte e realizações.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Da Série Contos Mínimos (texto)

Ela limpava casas, mas o seu trabalho mesmo era acalmar os corações, lavar almas, secar lágrimas, espanar as tristezas, passar o tempo sofrido e o entregar novinho em folha. Tudo pronto, partia para nova empreitada.

Quando cheguei ao Rio (texto)

Fui chegando aqui no Rio com flores, amarelas, porque a casa precisava de um pouco de alegria. Flores são alegres, sobretudo as amarelas.

Ainda os reencontros (textos)

Continuo, então, escrevendo e mostrando os amigos de tantos anos. Em Curitiba almoçamos juntos na Yumi, depois jantei no Márcio (ando um filão...). Tudo dão delicioso!!!
No sentindo horário: Sil e Rogério; Silvia e Yumi: eu, Fábio e Márcio.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Encontros (texto)

Final do ano temos finalmente (desculpem o trocadilho) tempo para reencontrar os amigos, né? Este ano não foi diferente. Desde que saí de Cascavel, de férias, estou reencontrando os grandes amigos que foram ficando, no decorrer do ano (especialmente neste), pelos subúrbios do coração: ou nos possíveis encontros virtuais ou nos quase impossíveis telefonemas (dos quais não sou nada fã) .
Aí fico pensando, quando estou junto de toda essa gente que me é tão cara, como é que tenho a coragem de escolher quase sempre o trabalho?! Não é escolha, é condição. Tudo bem, já me redimi.
Hoje foi mais uma noite especial, jantei com 2 amigas especiais: Zaíra e Nanci (acima) - esta vejo sempre, mas nunca é demais!) Rimos muitos, matamos um pouquinho a saudade que se acumulou, limpamos as teias, espanamos as poeiras.
Eu e Silvia (à esquerda); Rogério e Sandro (abaixo)

Primeiro Casamento Gay da América Latina (texto)

Ontem, dia 28 de dezembro de 2009, casaram-se, na cidade argentina de Ushuaia, Alex Freyre e José Maria Di Bello. Poderia ser uma noticiazinha de nada, uma daquelas notas de coluna social, mas não é. É história!
O Casamento foi registrado no cartório civil da cidade, capital da província da Terra do Fogo, no extremo sul do país.
A decisão foi baseada na igualdade jurídica garantida pela Constituição e na autorização prévia da união por uma juíza de Buenos Aires.
É importante lembrar que a Argentina foi o primeiro país da região a aprovar uniões civis de gays, em 2002.

A Importância da Cidade da Música - (in)coerência da Mídia (texto)

A imprensa é mesmo um lugar estranho para se querer encontrar coerência (ou talvez seja essa a coerência da mídia).
Estou aqui com O Globo nas mãos, o Segundo Caderno, meia página de um texto sobre a reforma do Tetro Municipal (aqui no Rio de Janeiro). Primeiro, o texto fica estacionado quase que totalmente nos espetáculos que não acontecerem aqui por conta das obras no teatro ou na precariedade das outras salas (alternativas para essa temporada de atraso na conclusão da reforma); depois, ressalta a importância da Cidade da Música, projeto do ex-prefeito da cidade, César Maia, não concluído no período previsto (na verdade, ainda em construção).
Mas o que me chamou a atenção não foi nem uma coisa e nem outra, mas a posição do jornal em torno da "importância" desse projeto.
Li nas páginas desse jornal durante os anos do ex-prefeito críticas de toda ordem em relação à Cidade da Música. Vi de tudo, desde o desvio de verbas até a inutilidade do projeto, a localização (distante do Centro), o grande elefante branco do Rio etc. e agora ressalta-se que seria, se estivesse pronta, a alternativa para o Grande Teatro em obras. Tem até uma observação quanto à frequência, ainda que longe do Centro, "os cariocas teriam que começar a criar o hábito de frequentá-la."

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Julie & Julia (Filme)

Acabamos de assistir (Nanci e eu) ao filme Julie & Julia. Ele intercala a vida de duas mulheres que, separadas pelo tempo e pelo espaço, querem realizar algo para dar sentido àquela vida de todo dia.
Algo pra olhar, se orgulhar e ficar feliz .... até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível.
A história real de Julie Powell (Amy Adams) que decide cozinhar, em um ano, as 524 receitas da renomada cozinheira Julia Child (Meryl Streep), do livro Mastering the Art of French Cooking (1961), e narrar suas experiências em um blog.
Supostamente, Julie e Julia colocaria a comida como a terceira personagem, mas há muito mais entre temperos, panelas e bon appétit.
Julia Child foi uma personalidade única na televisão norte-americana. Com 1,88 m e dona de uma voz parecida com a de um peru cantante, trouxe a culinária francesa para a mesa dos cozinheiros e cozinheiras ao lançar o livro e, posteriormente, com mais de uma dezena de programas de TV.
O filme é divertido, a trilha sonora é muito boa, as atrizes dão um show. Vale à pena ver outra vez. Ah, eu fiquei com vontade de aprender a cozinha e a Nanci de comer.

Os óculos do Drummond (texto)

A partir desta segunda-feira (28), a estátua de bronze do escritor Carlos Drummond de Andrade passa a ser monitorada 24 horas por câmeras da CET-Rio. O objetivo é tentar impedir ou ao menos flagrar atos de vandalismo que se tornaram recorrentes.
A escultura, que também ganhou óculos novos nesta segunda-feira, foi alvo de vândalos oito vezes desde 2007. Da última vez, além dos óculos, o braço direito foi danificado e está com uma rachadura, uma possível indicação de que alguém tentou arrancá-lo.
Em 2008, a estátua foi adotada por um fabricante das lentes para óculos, que pagou pelo conserto e pela instalação das câmeras de segurança. A escultura ganhou ainda duas placas de identificação, com informações sobre a vida do poeta e a empresa responsável pela adoção.
A reposição dos óculos custa R$ 3 mil em gastos com material e mão-de-obra. Na última vez que foi furtado, o acessório de bronze foi fixado com um pino e soldado na estátua.
Esses óculos vandalizados não têm nenhum valor monetário, até porque eles, quase que de forma geral, são apenas arrancados, quebrados e os pedaços ficam por ali mesmo no Posto 6 perto da estátua do poeta.
Uma pena que a gente ainda precise educar as pessoas para que elas entendam que o patrimônio é nosso. É para enfeitar a cidade e homenagear um dos nossos maiores poetas.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dormir (texto)

Dormir é o melhor do início das férias. Na verdade, dormir é bom sempre.
Este ano trabalhei muito. Tudo culpa do João (A Greice, a Helenita e a Cida tb têm culpa no cartório). Pensei, muitas vezes, que não daria conta do recado.
Alguns dias achei que minha cabeça ia explodir. O corpo estava jogado fora. E o trabalho não parava de chegar.
É claro que tb tive bons momentos, durante este ano de trabalho. Primeiro, a certeza de que trabalhar em equipe é muito bom (Rodrigo é um excelente companheiro e a tranquilidade do João sempre vinha em boa hora). Depois, que mesmo na tensão a gente ri.
No colegiado, tanto do mestrado quando da graduação, a equipe tb funcionou muito bem. A equipe de lingua portuguesa sempre está pronta pra tudo. Até para ouvir as reclamações pessoais.
Mas este ano trabalhei com o pessoal de inglês e espanhol com maior aproximação e o resultado não foi diferente.
Por tudo isso, mereço mesmo dormir muito. Até tarde. Dormir depois do almoço. E ir para cama cedo. Dormir andando e dormir no cinema, enfim, dormir até o corpo descansar.

Pequenos objetos - Parte II (texto)

Ainda nos meus pais, continuei mexendo agora nas minhas coisas, numa caixa de cartas antigas (nela foram guardadas cartas desde os meus tempos de criança.) Uma volta no tempo: cartões enviados à minha mãe, cartas dos amigos do ensino médio, ex-alunos, gente que eu nem faço ideia de quem seja, mas que fez parte da minha vida num momento.
Li cartas e cartões tão lindos. Cartas de amigos que estavam longe e outras de amigos que moravam tão perto, mas que por algum motivo, nos correspondíamos: uma saudade muito grande dessas pessoas que foram importantes num momento de minha vida.
Amigos da escola, do bairro, da universidade, amigos que se mudaram para outros estados ou países.
Encontrei por lá cartas de Robson, Cátia, Nanci (muitas), Wilson (muitas), Elpy, Fátima, Rômulo, Rosilda, Márcia Crepaldi, Gracinha, Ana Carla, Ana Maria, Luciana, Lucimara, Lúcia entre tantos outros.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Pequenos objetos (texto)

Estive na casa dos meus pais, primeira vez depois da morte de minha mãe. Foi muito grande a emoção de estar por lá e não encontrá-la. Estranho demais o que senti. Meu padrasto foi me encontrar no portão com os olhos cheios de lágrimas. Eu me segurei até onde foi possível. Mas ao mexer nos seus objetos pessoais, nas nossas fotografias, nas cartas recebidas e enviadas, nos cartões de natal que lhe enviei, nos bilhetes que guardei com brincadeiras ou lembranças para um de nossos dias, nas suas cartas de tarô, nos anéis, cordões, não deu para não me emocionar.
Nunca comemorávamos o natal com ceia, com a família reunida ou coisa parecida. Mas jantávamos juntos na véspera do natal e o almoço no dia 25 de dezembro era quase sagrado. Almoçamos apenas nós dois.
Muitas lembranças. Muita saudade. Mas a certeza de que ela agora está melhor do que estava. Sem sofrimento. E a gente vai levando...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Bibloteca Digital Mundial

O endereço estava no blog de um amigo (Pensamentos Negros) e aí, é claro, fiquei curioso e entrei para ver o material disponível. Incrível! Vale à pena entrar e explorar. Primeiro por continente, depois por países. Tem muito material interessante e impostante.
É é para todos nós!!!!

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia goz...